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Coube a Alexandre, bispo de Alexandria de 313 a 328, advertir
primeiramente ao presbítero Ário,seu subordinado, para depois
convocar um sínodo local com o fim de condenar as suas teorias. Das
primeiras cartas que ele escreveu em crítica às doutrinas de Ário
depreende-se um origenismo moderado.
Alexandre era acusado por Ário justamente por insistir na unidade da
Tríade, apesar dele manifestamente conceber o Verbo como "Pessoa"
(`hipóstase'), ou "Natureza" (em grego `fisis', sendo que
em seus escritos esta palavra tem um sentido equivalente ao de
`hipóstase', isto é, embora literalmente signifique
`essência', é usada como `ser individual'). Esta "Pessoa"
ou "Natureza" é distinta do Pai.
Em uma perspectiva claramente origenista, Alexandre descreve o verbo
como a única natureza que media entre Deus e a criação. Mas Ele
próprio não é uma criatura, sendo derivada do ser do Pai. Além
disso, o Filho, enquanto Filho, é co-eterno com o Pai, e para
explicar a sua co- eternidade, Alexandre faz pleno uso da concepção
origenista da geração eterna.
Referências:
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Alexandre de Alexandria : Epistola Enciclica, citada na História
Eclesiástica de Sócrates 1,6;
Idem : Epistola ad Alex. Byz., citada na História
Eclesiástica de Teodoreto 1,4.
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