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No mesmo ano em que a USAID concedia verbas
adicionais à IPPF para que esta estendesse suas atividades
principalmente na América Latina, a IPPF fundava sua
associada brasileira que ficou conhecida pelo nome de BENFAM.
Segundo as próprias palavras da entidade, "a
história do planejamento familiar no Brasil funde-se com
a própria história da BENFAM". Segundo ela própria, ainda,
"a Benfam sempre foi a entidade mais atuante na defesa
do direito inalienável das classes mais pobres à
aquisição de uma consciência eugênica da família".
A versão encontrada nos documentos da Benfam sobre
o seu surgimento súbito e seu crescimento tão rápido não
menciona nenhuma das coincidências acima apontadas. Sequer
menciona sua filiação à IPPF. Segundo os documentos da
Benfam, ela nasceu simplesmente
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"no final da XV Jornada Brasileira
de Obstetrícia e Ginecologia,
ocorrida no Rio de janeiro em
novembro de 1965, a qual contou
com a participação de 697
profissionais inscritos de 16
estados da federação. Nesta
Jornada, um instigante trabalho
sobre o aborto provocado denunciou
a existência de um grave problema
médico e social em nosso país, e
apontou o planejamento familiar
como a solução mais adequada para
os males decorrentes da situação.
Os números apresentados em 1965
foram suficientes para estimular
um grupo de médicos a trabalhar
com o planejamento familiar, na
linha da profilaxia do aborto
provocado".
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Mais adiante voltaremos a comentar o trabalho desta entidade
no Brasil.
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