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O Cardeal della Rovere foi, conforme se esperava, eleito Papa, tomando para si o
nome de Júlio II. Para o rumo que os fatos estavam tomando, foi uma escolha
providencial. O novo Papa possuía um temperamento tão forte que nem sequer César
Borgia com as suas tropas poderia intimidá-lo. Sarah Bradford, reunindo vários
testemunhos da época, descreveu Júlio II como
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"um homem que tinha a alma
de um Imperador,
cuja aparência era tão imperial
como imperioso era o seu temperamento.
Era um homem de temperamento vulcânico,
que nunca brincava
e que parecia continuamente absorvido
em profundos pensamentos.
Quando ele agia sempre o fazia
com uma grande energia.
Era dado a freqüentes explosões de cólera
e não tinha paciência de ouvir calmamente
qualquer coisa que lhe dissessem
nem de aceitar os homens
tais como ele os encontrava.
Ninguém conseguia ter qualquer tipo
de influência sobre ele,
nem se dava ao trabalho de consultar
quem quer que fosse.
Tudo o que ele pensava à noite
tinha que ser executado imediatamente
na manhã seguinte
e ele insistia em fazer tudo pessoalmente.
É praticamente impossível descrever a força,
a violência e a dificuldade
que eram necessárias
para lidar com este homem.
Tanto no corpo como na alma
tinha a estatura de um gigante".
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