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A Epístola aos Romanos é o mais extenso e o mais importante de
todos os escritos de São Paulo. Indiscutivelmente é um dos livros
mais importantes do cânon sagrado. Seria muitíssimo desejável que
todos os cristãos, assim como todos aqueles que estão se aproximando
do estudo das Sagradas Escrituras, a lessem diversas vezes e com
bastante atenção, procurando entender bem aquilo que São Paulo
através dela nos quer transmitir.
Infelizmente, porém, as cartas de São Paulo não são fáceis de
se entenderem. Ao contrário de muitos outros livros das Escrituras,
elas não contém histórias, mas apenas puro ensinamento. E são
ensinamentos de um santo que, antes de se converter ao Cristianismo,
havia passado longos anos estudando, sob a orientação dos rabinos
judeus, os livros do Antigo Testamento. Sua conversão não o fêz
abandonar o estudo das Sagradas Escrituras; ao contrário, com o
auxílio dos dons do Espírito Santo, aprofundou-o num grau de que
é impossível tentar mostrar a extensão nestas aulas. Até mesmo os
outros apóstolos afirmavam que nem sempre as cartas de São Paulo
eram de fácil leitura; na Segunda Epístola de São Pedro, de
fato, temos o seguinte testemunho:
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"Crede, caríssimos,
que a paciência de Nosso Senhor
é para a vossa salvação,
conforme também nosso caríssimo irmão Paulo
vos escreveu,
segundo a sabedoria que lhe foi dada,
como também o faz em todas as suas cartas
em que fala disto,
nas quais há algumas coisas difíceis de entender,
que as pessoas de pouco conhecimento
e inconstantes na fé adulteram
para a sua própria perdição.
Vós, pois, irmãos,
estando prevenidos,
acautelai-vos para que
não caiais da vossa firmeza,
levados pelos erros dos insensatos,
mas crescei na graça e no conhecimento
de Nosso Senhor e salvador Jesus Cristo".
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É, portanto, para facilitar o acesso à leitura de um texto
verdadeiramente difícil como é a Epístola aos Romanos que redigimos
um resumo sobre o seu conteúdo que apresentamos logo a seguir.
A Epístola aos Romanos trata principalmente dos efeitos da fé sobre
aqueles que crêem; explica como, através da fé, o homem recebe uma
força do alto que o torna capaz de evitar o pecado, de superar a vida
da carne e de viver inteiramente voltado para as coisas do alto. Sem a
fé, porém, nada disso é possível e o homem, por mais boa vontade
que tenha, continua o escravo de suas paixões que sempre foi, ainda
que seja filósofo, como os gregos, ou versado nas Escrituras, como
os judeus.
Este resumo, porém, não deve servir para substituir a leitura
individual do próprio texto da epístola; ele foi preparado de tal
modo que seria de se supor que, após a sua leitura, se tornasse bem
mais fácil a leitura do original.
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