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Platão escreveu uma série de mais de duas dezenas de diálogos, dos quais existem ainda
hoje todos eles.
Chamam-se Diálogos porque neles Platão não expõe seus ensinamentos por meio de
uma exposição direta, mas sim através do artifício em que é contada uma história na
qual sempre se encontram diversas pessoas que iniciam um diálogo. A narrativa do
diálogo passa a ser então a parte principal de cada uma das mais de duas dezenas
destas obras de Platão; o diálogo é narrado em toda a vivacidade dos detalhes com que
ocorreu, mas, se o leitor acompanhar atentamente o diálogo como se estivesse
participando dele, passará, logo em seguida, a participar da discussão dos temas
filosóficos nele propostos por Platão.
Com a exceção do último diálogo, chamado As Leis, em todos os outros Sócrates é um
dos personagens, e na maioria deles é o personagem principal.
Existe uma controvérsia entre os estudiosos a respeito de quais são os diálogos em que
Platão reproduz um diálogo realmente ocorrido em que Sócrates se aproveitou da
ocasião para expor suas doutrinas e quais são os diálogos imaginados por Platão em
que, apresentando Sócrates como um dos dialogantes, está na realidade contando uma
situação fictícia e expondo não as doutrinas de Sócrates, mas as suas.
De qualquer maneira, é evidente que muitos diálogos e muitas passagens dos Diálogos
são relatos de fatos historicamente ocorridos e uma das principais fontes para o
conhecimento da pessoa de Sócrates.
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