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Os novos reis da Europa, os da França, do Sacro Império e outros ainda que havia, não
tinham mais a força militar de Carlos Magno. Eram reis fracos e débeis.
Para piorar a situação, chegou então à Europa uma nova leva de bárbaros, muito mais
selvagem do que as anteriores, que assolou o continente durante muitas décadas.
Vendo que os reis não estavam em condições militares de defenderem os súditos, estes
se associaram aos senhores das terras em que viviam para poderem defender-se das
incursões bárbaras. Passaram em conseqüência a prestar obediência e vassalagem ao
senhor feudal que passou a dar proteção aos habitantes do feudo em troca de seus
serviços. Assim, aconteceu que aos poucos os súditos passaram a não mais se
considerarem súditos do rei, de quem nada esperavam, mas do senhor do feudo em que
viviam.
Embora o senhor feudal prestasse vassalagem ao rei, como o rei não tinha senão
pouquíssima autoridade, na prática a Europa inteira tornou-se uma multidão de feudos
vivendo independentemente um do outro, sem quase comunicação alguma entre eles e
de um modo em que em cada feudo a ordem era a vontade do senhor feudal.
No leste, naquela que era a maior nação da época, o Sacro Império Romano
Germânico, para piorar esta situação o cargo de Imperador não era hereditário, mas
cada sucessor do Imperador era eleito por uma votação não do povo, mas dos próprios
senhores feudais, coisa que apenas servia, nas circunstâncias daquele momento, para
diminuir ainda mais a autoridade que o Imperador poderia ter.
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