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Corramos, portanto, não pelos passos do corpo, mas pelos afetos e desejos
da mente, já que não são apenas os anjos, mas também o Criador dos anjos quem nos espera.
Portanto, já que toda a cúria celeste nos espera e nos deseja, desejemo-la o quanto
possamos. Com grande confusão e vergonha chegará a ela quem com grande veemência não a
desejar contemplar. Quem, entretanto, pela oração ininterrupta e pelo pensamento constante
tiver nela a sua conversação, nela entrará com segurança e nela será recebido com grande
alegria.
Onde quer que, por conseguinte, estiveres, ora dentro de ti mesmo. Se
estiveres longe do oratório, não queiras buscar um lugar, porque tu mesmo serás o lugar. Se
estiveres no leito ou em qualquer outro lugar, ora, e ali será o templo. Que a oração seja
freqüente e, inclinado o corpo, que a mente se eleve até Deus. Assim como não existe
nenhum momento em que o homem não use ou frua da bondade e da misericórdia de Deus,
assim também não deve haver nenhum momento em que não o tenha presente na MEMÓRIA.
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