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Poucos dias depois divulgação, que repercutiu no
mundo inteiro, da notícia da absolvição de Suzanne van de
Put, a polícia belga prendia uma mãe que havia matado sua
criança retardada mental de três anos. E a sociedade que
tinha se movido para aceitar a violação do direito à vida de
uma criança já nascida estava ainda mais fortemente motivada
para duvidar do direito à vida de uma criança não nascida.
Esta foi, de modo geral, o impacto deixado pela tragédia da
talidomida no processo de implantação do aborto.
Na Inglaterra, porém, a ALRA não fêz praticamente
nada durante os anos de 1962 e 1963 para capitalizar a
experiência da talidomida. Ocorria que todos os principais
fundadores da ALRA por esta época já tinham falecido, com
exceção de Alice Jenkins, que se aposentou em 1962. A ALRA
tinha-se transformado em uma organização sem entusiasmo. Como
esta situação reverteu-se repentina e inesperadamente será o
assunto do próximo ítem, cujo relato baseia-se diretamente em
um texto oficial da própria ALRA.
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