|
Para explicarem como uma única substância pode estar simultaneamente
presente em três Pessoas os Capadócios fazem uso da analogia do
universal e seus particulares.
São Basílio escreve que
|
"`Ousia' e `hipóstase' se diferenciam
exatamente como universal e particular,
isto é, como animal e um homem em particular".
|
|
Neste sentido, cada uma das Hipóstases divinas é a `ousia' ou a
essência da Divindade determinada por suas características
particularizantes apropriadas. Para Basílio estas características
particularizantes são a "paternidade", a "filiação" e a
"potência santificadora" ou "santificação". Os outros
Capadócios as definem de uma maneira mais precisa como "não ser
gerado", "geração" e "missão" ou "processão".
Assim, a distinção das Pessoas é baseada nas suas origens e
relações mútuas.
Anfilóquio de Icônio, primo de São Gregório Nazianzeno e, por
intervenção de São Basílio, bispo de Icônio, sugere que os
nomes Pai, Filho e Espírito Santo não denotam essência ou ser,
mas
|
"um modo de existência ou relação",
|
|
e o Pseudo Basílio argumenta que o termo "não gerado" não
representa a essência divina, mas simplesmente o "modo de
existência" do Pai.
Destas considerações pode-se perceber como os Padres Capadócios
analisaram a concepção de hipóstase muito mais plenamente do que
Santo Atanásio.
Referências:
|
São Basílio :Epistola 38,5; 214,4; 236,6;
Idem : Contra Eunomio 4 (PG 29, 681);
São Gregório Nazianzeno : Oratio 25,16; 26,19; 29,2;
Anfilóquio de Icônio : Frag. 15 (PG 39, 112).
|
|
|
|