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Pio XII foi um dos mais importantes pontífices que a Igreja teve
em sua história. Eleito pouco antes do início da Segunda Guerra
Mundial, governou a Igreja durante esta guerra e após o seu
término, até 1958. Para os observadores pouco atentos sua vida
parecia consistir apenas em uma carreira dedicada à diplomacia e à
política do Vaticano. Foi, de fato, diplomata da Santa Sé e
depois Secretário de Estado do Vaticano antes de ser elevado ao
pontificado. Mas, depois de eleito, escreveu várias encíclicas que
são na realidade notabilíssimos trabalhos de Teologia. Entre elas
as mais importantes são a encíclica Mediator Dei sobre a liturgia e
a natureza do sacrifício da missa e a encíclica Mystici Corpori
Christi, sobre o mistério da Igreja, esta última sendo um
aprofundamento de uma outra encíclica mais antiga, a Satis
Cognitum, escrita em 1896 por Leão XIII, sobre o mesmo
assunto. Não foi uma simples coincidência o fato de que, depois do
término do pontificado de Pio XII, quando os papas João
XXIII e Paulo VI, entre os anos de 1962 e 1965,
convocaram e conduziram o Concílio Vaticano II, a liturgia, a
missa e o mistério da Igreja estiveram entre os assuntos mais
importantes de seus documentos.
Pio XII é uma personalidade recente. Antes de ser papa, visitou
o Brasil e esteve no Rio de Janeiro, no alto do Corcovado. Ainda
hoje, na sacristia da Basílica do Carmo, no bairro da Bela
Vista, em São Paulo, conservam-se em uma vitrine os trajes que
ele usou durante o seu pontificado.
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