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Na controvérsia ariana a questão que agitava as mentes dos homens foi
a da plena divindade do Filho. Embora esta fosse um constituinte
essencial da Trindade, a questão da divindade do Espírito Santo e
a Trindade propriamente dita estavam colocadas num segundo plano.
O Credo do Concílio de Nicéia apenas afirmou a crença no
"Espírito Santo", e muitos anos se passaram antes que houvesse
alguma controvérsia a respeito de sua posição na Divindade. O
mesmo pode ser dito quanto à Trindade.
Os teólogos responsáveis pela formulação da ortodoxia trinitária
foram, no Oriente, os Padres Capadócios, isto é, São
Basílio de Cesaréia, São Gregório de Nazianzo e São
Gregório de Nissa; no Ocidente, Santo Agostinho.
Antes, porém, da Igreja chegar à formulação madura da doutrina
Trinitária, foi necessário que emergisse o interesse acerca da
condição do Espírito Santo, culminando com o seu reconhecimento
como plenamente pessoal e consubstancial (`homoousios') com o Pai e
o Filho.
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