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Nesta passagem, quando Hugo de São Vitor se refere à
contemplação como a uma atividade da inteligência humana que se
estende
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“à compreensão de muitas
ou também de todas as coisas”,
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percebe-se claramente que esta é a atividade fundamental, por
exemplo, que está na base das grandes sínteses filosóficas. E não
apenas na base das grandes sínteses filosóficas, mas deveria estar
também em outras atividades tão vividamente exigidas nos dias de hoje
como a correta orientação política de uma nação e até mesmo o
ordenamento plenamente consciente de um sistema educacional. Como
valor individual, ademais, a capacidade de contemplação foi colocada
pelos principais filósofos gregos como o mais significativo elemento de
enobrecimento da mente humana, e a experiência religiosa dos primeiros
Santos Padres do Cristianismo apontou esta capacidade como elemento
fundamental para a compreensão profunda das grandes verdades do
cristianismo apesar de, e isto é significativo, em nenhuma parte das
Sagradas Escrituras esta capacidade ter sido descrita nos termos
empregados por Hugo de São Vítor.
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