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No movimento animal temos o sentido e o apetite.
Todo apetite natural encontra nas coisas o modo de satisfazer-se, e
não há afeto ordenado que não possa alcançar o seu efeito. Em
outras palavras: têm fome os animais, encontram o que comer; têm
sede, encontram o que beber; têm frio, encontram com que
aquecer-se. É claro, pois, que lhes precedeu a providência, por
cujo conselho as coisas vêm em auxílio dos que as necessitam, e que
aquele que instituiu o apetite, também lhes preparou os alimentos.
Em tudo quanto existe os afetos têm os seus efeitos que lhes
respondem, algo que de modo algum poderia ter sido feito se os eventos
das coisas se dessem ao acaso.
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