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A. Não existe caminho fácil para o controle
populacional.
B. Como pode ser visto na tabela apresentada,
os programas de planejamento familiar não
são desfavoráveis quando comparados com
outras propostas. De fato, se os programas
de planejamento familiar não existissem, eles
teriam que ser inventados.
C. A maioria das idéias propostas não são
novas. Elas estiveram por aí durante algum
tempo. Assim, se elas não foram postas em
prática, não se deve ao seu desconhecimento,
mas porque elas não eram aceitas. Sua
praticabilidade política, econômica,
administrativa é problemática.
D. As propostas em si mesmas não são
geralmente aprovadas pelo conjunto dos
proponentes, tomados em conjunto.
E. Em linhas gerais, parece existir uma
progressão nos esforços nacionais para
tratar com os problemas de controle
populacional. O primeiro passo é o
reconhecimento teórico de que o crescimento
populacional pode ter alguma coisa a ver com
as perspectivas de desenvolvimento econômico.
Então, tipicamente, surge uma comissão de
peritos vinda do estrangeiro para fazer um
levantamento e redigir um relatório ao
governo, como tem ocorrido na Índia,
Paquistão, Coréia do Sul, Turquia, Iran,
Tunísia, Marrocos e Kenia, dentre outros. O
primeiro programa de ação é o planejamento
familiar, e a maioria dos esforços ainda
estão lá situados. Para além do mesmo,
aparentemente ocorrem:
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1. Algum degrau de desencorajamento
para o progresso para além do
planejamento familiar.
2. Uma consciência mais firme da
seriedade do problema de se deslocar
os esforços para mais além.
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Finalmente, deve ser notado que as
propostas mais extremas e controversas
tendem a legitimar os avanços mais
moderados, pelo fato de alargarem as
fronteiras da discussão.
F. As propostas devem ser especificadas.
Propostas tanto para esquemas de ação como
para pesquisa posterior.
G. Assim como não existe caminho fácil, não
existe caminho único. Pode ser que algumas
destas propostas viriam a ser tanto
praticáveis como eficazes. Muitos
observadores, quinze anos atrás, pensavam que
os programas de planejamento familiar não
seriam nem um nem outro. Esforços genuínos
necessitam ser realizados nos próximos anos,
onde quer que seja possível, para fazer as
experiências e as demonstrações necessárias.
As medidas `pesadas' podem ser colocadas de
lado por enquanto, senão para sempre.
H. Em última análise, o que quer que seja
cientificamente disponível, politicamente
aceitável, administrativamente
praticável, economicamente justificável e
moralmente tolerado depende da percepção
das pessoas em relação às conseqüências. O
fato é que ainda não existe nos últimos
esforços uma convicção informada, firme e
constante de que este é um assunto com
conseqüências verdadeiramente grandes para o
bem estar humano. Daqui concluiríamos
também que parece que os demógrafos e
economistas não exerceram suficientemente
o seu papel junto às elites mundiais, ou
que, se o fizeram, o assunto não foi
suficientemente levantado perante as suas
atenções ou reconhecido por elas.
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