|
Assim, em comparação com suas colocações sobre o Verbo, os
Apologistas foram extremamente vagos quanto à posição e função do
Espírito Santo.
Aos seus olhos, a função essencial do espírito Santo seria a de
inspirar os profetas. Mesmo assim, entretanto, há passagens nos
escritos de São Justino onde ele atribui a inspiração dos profetas
ao Verbo; e Teófilo também sugere que foi o verbo quem, sendo
espírito divino, iluminou a mente dos profetas; não há dúvida que
aqui o pensamento dos Apologistas é bastante confuso.
Também vimos (V/2, 3c) que Justino interpretou os textos do
Antigo Testamento que falam da Sabedoria pré existente como se
referindo ao Verbo; mas neste ponto Teófilo, separando-se de
Justino, identificou a Sabedoria com o Espírito Santo. De acordo
com Taciano,
|
"o Espírito de Deus não está
presente em todos,
mas descendo sobre aqueles
que vivem como justos,
une-se às suas almas,
e pelas suas predições
anunciou o futuro escondido
às almas".
|
|
Atenágoras definiu o Espírito Santo como uma
|
"efluência de Deus,
fluindo dEle
e a Ele retornando
como um raio de Sol".
|
|
Referências:
|
Justino: 1 Apol. 33,9; 36,1;
Teófilo : Ad Autol. 2,10; 1,7; 2,18;
Taciano: Oratio 13,3;
Atenágoras : Supplic. 7,2; 9,1.
|
|
|
|