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O primeiro teólogo que formalmente colocou as posições
monarquianistas foi Noeto de Esmirna. Embora condenado em suas
teorias pelos presbíteros de sua cidade, que as confrontaram, com as
regras da fé da Igreja, um dos discípulos de Noeto trouxe suas
idéias até Roma, onde se difundiram.
O monarquianismo, ao contrário do adocionismo, estava firmemente
convencido tanto da unidade de Deus como da plena divindade de
Cristo. Esta teoria começou a ganhar simpatizantes em Roma quando
alguns teólogos, alguns dos quais já mencionados neste texto,
começaram a representar a divindade como tendo se revelado na economia
como tri- personal. Para os monarquianistas, qualquer sugestão de
que o Verbo ou o Espírito pudessem ser um outro ou uma pessoa
distinta do Pai seria uma afirmação da existência de dois deuses.
Para, entretanto, não negarem que Cristo era Deus, afirmaram que
havia apenas um único Deus, o Pai. Se Cristo é Deus, então
ele deve ser idêntico ao Pai, senão ele não seria Deus.
Portanto, é o próprio Pai que sofreu e passou pelas experiências
humanas do Cristo. Por isto, tal doutrina passou a conhecer-se como
patripassianismo. Os monarquianistas rejeitaram a doutrina do Verbo,
afirmando que o prólogo do Evangelho de São João deveria ser
interpretado alegoricamente.
Os monarquianistas acreditavam em uma única e idêntica divindade,
que podia ser designada indiferentemente como Pai ou Filho; estes
termos diferentes não implicariam distinções reais, mas seriam
apenas nomes aplicáveis em tempos diferentes.
Referências:
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Hipólito : Contra Noetus 2; 6; 15;
Idem : Refutatio 9,10;
Epifânio : Haereses 57.
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