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Devido à sua própria história, a IPPF sempre teve
como um de seus propósitos básicos o de persuadir os governos
dos países onde ela atuasse a tomar uma ação enérgica em
escala nacional. Este objetivo foi sempre considerado como
fundamental, porque a enorme quantidade de trabalho a ser
feito não poderia ser convenientemente realizado até que este
passo pudesse ser dado.
Na Sexta Conferência Internacional em Nova Delhi
os representantes das organizações de 15 países asiáticos
subscreveram uma resolução dirigindo a atenção de seus
respectivos governos aos esforços que estavam sendo feitos
para aumentar os níveis de vida de seus respectivos povos e
as dificuldades existentes para se alcançarem tais objetivos
em vista das já elevadas e continuamente crescentes taxas de
crescimento populacional. Sugestivamente, alguns meses mais
tarde, a ECAFE, Comissão Econômica para a Àsia e Extremo
Oriente da ONU, decide patrocinar uma conferência regional
sobre o problema, uma conferência que, segundo o relatório da
15a. sessão da ECAFE, "não se deveria limitar a discussões
teóricas, mas deveria procurar soluções práticas para o
problema populacional".
Entretanto, a partir da Sexta Conferência
Internacional as grandes Conferências Mundiais da IPPF foram
cedendo lugar a Conferências menores, de nível regional ou
mesmo nacional, de cunho mais especializado. Mas isto não
significou que as primeiras deixariam de existir e assim, em
1963 realizou-se a Sétima Conferência em Singapore, em um
clima de pronunciado interesse mundial que prenunciava os
acontecimentos que se seguiriam na metade da década de 60.
Esta Conferência foi particularmente significativa
porque embora se tivesse aumentado a ênfase sobre o problema
do crescimento populacional, definiu-se também que dali em
diante a linha prioritária de ação da IPPF deveria ser o
planejamento familiar como direito humano fundamental.
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