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A esta descrição de Pastor junta-se a avaliação de Will Durant, encontrada em seu livro
sobre a Renascença:
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"A homossexualidade tornou-se
quase que uma parte obrigatória
do Renascimento
pelo interesse dos clássicos antigos.
Os humanistas escreveram sobre esta prática
com afeto estudantil,
e Ariosto inclusive deixou escrito
que todos eles estavam nela envolvidos.
Arretino descreveu a aberração
como sendo bastante popular
na cidade de Roma,
e ele próprio,
entre uma mulher e outra,
pediu ao Duque de Mântua
que lhe enviasse um belo rapaz.
Em 1455 o Conselho dos Dez de Veneza
redigiu uma nota oficial sobre como
`o abominável vício da sodomia
está se multiplicando nesta cidade',
e, para evitar `o castigo de Deus',
designou dois homens em cada bairro de Veneza
encarregados de extirpar a prática.
O Conselho ademais notou
que já havia homens em Veneza
que se trajavam como mulheres e vice versa.
Podemos ter certeza que a homossexualidade
estava mais do que normalmente presente
na Itália Renascentista.
A mesma coisa pode-se dizer
da prostituição.
De acordo com Infessura,
em Roma, cuja população era
de noventa mil almas,
havia pelo menos
seis mil e oitocentos prostitutas.
Em Veneza o censo de 1508
reportava quase doze mil prostitutas
em uma população de trezentas mil pessoas.
Logo nos primeiros tempos da imprensa,
um editor veneziano publicou
um catálogo de nomes, endereços
e preços das principais cortesãs de Veneza".
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