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Orígenes afirmou que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são
três Pessoas, a palavra empregada por ele para significar Pessoa
sendo o termo grego "Hipóstase".
Já vimos anteriormente que Tertuliano e Hipólito se referem às
"Pessoas" da Trindade; o primeiro utilizou o termo latino
"Persona", e o segundo o termo grego "Prosopon".
O termo que Orígenes emprega, "Hipóstase", originalmente é
sinônimo de "Ousia". Ambos significam "Essência", ou aquilo
que uma coisa é, e não a substância individual. Em Orígenes,
entretanto, embora "Hipóstase" seja empregado às vezes com o
significado de essência, o mais freqüente é que ele lhe dê o
sentido de subsistência individual.
Orígenes afirma que o êrro do monarquianismo está em tratar os
Três como numericamente indistintos, separáveis somente pela
razão,
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"não um só na essência,
mas também na subsistência".
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A doutrina verdadeira, na opinião de Orígenes, é que o Filho
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"é outro em subsistência além do Pai,
mas um só em unanimidade,
harmonia e identidade da vontade".
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Assim, enquanto realmente distintos, os Três são de um outro ponto
de vista um só; conforme Orígenes se expressa,
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"nós não temos receio de falar
em um sentido de dois Deuses,
em outro sentido de um Deus".
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Referências:
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Orígenes : In Johan. 2,10,75; 10,37,246; 2,2,16;
Idem : In Matth. 17,14;
Idem :De Orat. 15,1;
Idem : Contra Celsum 8,12;
Idem :Dial. Heracl. 2.
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