CAPÍTULO 38

A mesma coisa não vale para as administrações estaduais.

A partir de 1920 a febre do otimismo pedagógico começou a tomar conta dos principais governos estaduais do Brasil, o que provocou uma série de reformas de ensino em vários estados da União. Embora, porém, cada Estado pudesse organizar um sistema completo de ensino desde o primário até o superior, tais reformas se limitaram sempre à estrutura do ensino primário e normal, porque todo o ensino superior estava na época no âmbito do Governo Federal, e o ensino secundário, por não ser obrigatório para a admissão aos cursos superiores, não passava de uma rede de cursos preparatórios, com exceção do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, que com a República havia mudado de nome para Ginásio Nacional, e alguns colégios religiosos. Mesmo estes, na prática, não podiam fugir do espírito dos preparatórios.