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Os que se dedicam ao estudo devem primar simultâneamente pelo engenho
e pela memória, ambos os quais em todo estudo estão de tal modo
unidos entre si que, faltando um, o outro não poderá conduzir
ninguém à perfeição, assim como de nada aproveitam os lucros onde
faltam os vigilantes, e em vão se fortificam os tesouros quando não
se tem o que neles guardar.
O engenho é um certo vigor naturalmente existente na alma, importante
em si mesmo.
A memória é a firmíssima percepção das coisas, das palavras, das
sentenças e dos significados por parte da alma ou da mente.
O que o engenho encontra, a memória custodia.
O engenho provém da natureza, é auxiliado pelo uso, é embotado
pelo trabalho imoderado e aguçado pelo exercício moderado.
A memória é principalmente ajudada e fortificada pelo exercício de
reter e de meditar assiduamente.
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