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A experiência nos mostra que, geralmente falando, somente prestam à
Igreja grande bem aqueles que professam a perfeita castidade: os
sacerdotes e as religiosas, as jovens que ingressam nas Sagradas
Congregações, os santos leigos que se põem ao trabalho da
promoção das boas obras.
De maneira que farão bem os confessores que são imbuídos pelo zelo
da religião em usar de sua diligência para ensinar aos jovens de ambos
os sexos que cultivam a piedade e levam com docilidade uma vida fiel aos
mandamentos divinos quão grande bem é a perfeita castidade.
Exortem-nos à observância da castidade perfeita, se a tanto os
virem inclinados, pois alcançarão mais facilmente a perfeição
cristã e servirão com maior fruto ao bem da religião.
Isto porém os confessores não conseguirão realizar a não ser que,
depostos por completo todos os preconceitos que o vulgo tem contra esta
virtude, contemplarem o zelo que os Santos Padres da Igreja usaram
para promoverem a perfeita castidade, a tal ponto que praticamente
todos escreveram livros a este respeito; e, ademais, a não ser que
também estes mesmos confessores busquem eles próprios esta virtude com
grande amor, e se esforcem por levar uma vida inteiramente angélica.
A carne gera a carne; o espírito, espírito; os anjos não se
procriam senão a partir dos anjos.
Ora, por ser isto coisa de imensa importância para a glória de Deus
e para a santificação das almas; e porque também por parte de alguns
confessores existem preconceitos danosíssimos nesta matéria, quero
reproduzir aqui uma carta que publiquei em outra ocasião sobre o
celibato.
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