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Hipólito e Tertuliano situam-se quanto à Santíssima Trindade
mais ou menos na mesma linha dos apologistas e Irineu. Ambos
pertencem ao início do século III, sendo Hipólito de Roma e
Tertuliano do norte da África.
Assim como no caso de Irineu, a chave para a sua doutrina é
abordá-la simultaneamente de duas direções opostas, considerando
Deus
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A. Enquanto Ele existe em Seu ser eterno;
B. Enquanto Ele se revela no processo da Criação e da Redenção.
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Embora sigam a linha dos apologistas e de Irineu, sua doutrina é
mais explícita do que a destes (em geral), (e, em particular,
nos) seguintes pontos:
(Provavelmente por causa da tendência da Igreja Ocidental), (da
qual faziam parte), (de acentuar a unidade da divindade),
Hipólito e Tertuliano procuram tornar mais explícito como a
Trindade revelada na economia não é incompatível com a unidade
essencial de Deus.
Ao descreverem o Pai, o Filho e o Espírito Santo, usam o termo
`Pessoa' (`Prosopon', no caso de Hipólito, um dos últimos
escritores de língua grega no Ocidente; `Persona', no caso de
Tertuliano). O termo `Pessoa' é aplicado por Hipólito ao Pai
e ao Filho; e por Tertuliano ao Pai, ao Filho e ao Espírito
Santo. Porém aplicam-lhes o termo `Pessoa' somente enquanto
manifestados na ordem da Revelação. O termo `Pessoa' só mais
tarde começou a ser aplicado ao Filho e ao Espírito Santo enquanto
imanentes no ser eterno de Deus.
Nos escritos de Tertuliano surge pela primeira vez a expressão
`Trindade'. Em uma passagem da obra Adversus Praxean, ele afirma
que o Espírito Santo também é uma "Pessoa", de modo que a
Divindade é uma "Trindade".
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