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"Na investigação da verdade",
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pergunta Hugo de S. Vitor,
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"a razão natural pode alguma coisa
sem a ajuda da graça?"
"Dizem alguns",
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responde ele,
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"que a razão natural muito pode por si mesma,
sem necessidade da graça,
como é evidente nos filósofos gregos,
que confiando apenas na razão
conseguiram tanta coisa não apenas
no que se refere à compreesão da verdade
sobre as criaturas,
mas também no que se refere ao Criador.
De fato, eles descobriram
que Deus existe e que é uno,
e vislumbraram também algo
sobre a sua trindade.
Porém, deve-se dizer melhor
que não parece ser possível
que tivessem chegado a tanto
se não contassem com o auxílio da graça.
Por isso é que no primeiro capítulo
da Epístola aos Romanos,
quando São Paulo diz:
'O que de Deus é conhecido
é-lhes manifesto',
logo em seguida acrescenta:
'Deus, de fato, lhos manifestou'."
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