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Durante a Revolução Francesa Condorcet foi
condenado à morte em um julgamento ao qual ele não esteve
presente. Em vez de fugir, escondeu-se em uma casa de
estudantes em Paris e, durante seis meses, enquanto os
soldados passeavam de um lado para outro debaixo de sua
janela, escreveu o "Esboço de um Esquema Histórico do
Progresso do Espírito Humano", que ia desde as suas mais
remotas origens até o iminente ponto culminante da perfeição
humana.
Todas as desigualdades de saúde, educação e
oportunidade desapareceriam dentro em breve. Não mais haveria
inimizades entre nações e raças. Todos falariam a mesma
língua. A terra inteira se tornaria sem fronteiras. Todas as
doenças seriam conquistadas e, se o homem não se tornasse
imortal, pelo menos não mais se poderia colocar à duração de
sua vida um limite superior. O problema de se resolver se
existiria algum limite populacional para o qual seria
possível ainda fornecer alimentação não teria mais sentido,
porque o homem estava prestes a adquirir novos tipos de
conhecimentos até então inimagináveis.
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