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Mas para Parmênides a identidade entre o ser e o pensar não era apenas uma
generalização da experiência, e sim um princípio cuja evidência ele via à luz da
inteligência. Parmênides era capaz de contemplar claramente a verdade deste princípio
em si mesmo considerado tal como ele se apresentava no mundo da inteligência, sem
precisar fazer continuamente comparações com a realidade. A experiência com o
mundo real, que segundo os pré socráticos participa da natureza racional, pode
justamente por causa desta participação auxiliar no início da investigação deste
princípio, mas depois Parmênides e os demais filósofos perceberam que um tal
princípio não era uma generalização da experiência, mas uma verdade evidente em si
mesma. A sua evidência era tão clara na inteligência de Parmênides que ele não teve
dúvidas em afirmar que se algum dia fosse visto, ouvido ou manipulado um ser que
fosse uma contradição para a inteligência, tal ser não passaria de uma ilusão.
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