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A Teologia, às vezes chamada de Ciência Sagrada, é o estudo de
Deus e de tudo aquilo que diz respeito a Deus.
No prólogo à Summa Teológica, S. Tomás de Aquino afirma que
a Teologia consiste no estudo de Deus considerado em si mesmo, do
homem na medida em que se ordena a Deus, e do caminho pelo qual o
homem pode alcançar a Deus, que é Cristo.
Também Hugo de S. Vitor, em Os Mistérios da Fé Cristã,
diz que a Teologia é um estudo ordenado dos ensinamentos contidos nas
Sagradas Escrituras, que consistem essencialmente na obra da
restauração humana realizada por Cristo.
O estudo da Teologia, suposta sempre a humildade, sem a qual,
segundo Hugo de S. Vitor, nenhum verdadeiro aprendizado é
possível, quando acompanhado por uma vida de virtude, se realizado
sobre as obras daqueles cujas vidas foram marcadas por uma santidade
eminente e em cujos escritos nota-se, dentre os dons do Espírito
Santo, uma clara influência do dom de entendimento, é um
instrumento para uma compreensão mais profunda do Evangelho e para o
crescimento das virtudes da fé, da esperança e da caridade, as
chamadas virtudes teologais, através das quais a graça opera a
santificação dos homens.
A Igreja, em seus dois mil anos de existência, foi riquíssima pelo
número de teólogos que despontaram em seu meio, eminentes em
santidade e sabedoria. Fazer uma lista de todos seria uma
extensíssima tarefa, pelo que, a seguir, citaremos apenas alguns
dentre os principais, os quais, pelo exemplo de suas vidas e pela
pureza de seus ensinamentos merecem que nos sejam particularmente
queridos, pois a familiaridade com os seus escritos nos permite
compreender mais facilmente a profundidade dos ensinamentos de Jesus.
O estudo das obras dos teólogos aqui enumerados pressupõe, além da
prática da vida cristã, um conhecimento razoável das Sagradas
Escrituras e uma noção da História da Igreja. O das obras de
Santo Tomás de Aquino, em particular, além destes requisitos,
pressupõe também uma noção da História da Filosofia e o
conhecimento dos seus Comentários a Aristóteles.
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