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O trabalho manual era a única coisa em que, apesar de sua boa
vontade, Bernardo não conseguia igualar-se aos seus irmãos. A sua
força revelou-se insuficiente para os pesados trabalhos do campo.
Mas havia uma outra espécie de trabalho a que se dedicavam os monges
de Cister durante o ano de noviciado de Bernardo. Santo Estêvão,
conforme já dissemos, era um homem culto, dos mais cultos de sua
época. Logo que foi nomeado abade empreendeu uma tarefa que lhe valeu
a admiração de todos os estudantes de gerações posteriores. A
existência de inúmeras variações nos códices das Sagradas
Escrituras sugeriu-lhe a idéia de elaborar uma nova edição revista
para a utilização dos monges. Constituía um empreendimento que
implicava a compilação de versões em diversas línguas, a fim de
obter a melhor leitura possível. A obra traduziu- se num amplo
sucesso e ainda hoje é de grande importância. Em seguida Estêvão
dedicou-se ao Missal fazendo com este e com vários outros textos
litúrgicos e até com a Regra de São Bento e o calendário o que
já havia feito com a Bíblia.
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