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Júlio II foi sucedido no trono pontifício pelo Papa Leão X, aquele menino de treze
anos da família dos Medicis, governantes de Florença, que Inocêncio VIII havia feito
cardeal.
Após receber o cardinalato sua família proporcionou-lhe uma educação digna de um
príncipe e do cargo de cardeal que ele deveria assumir. Tornou-se um homem
instruído, amável e muito alegre. Agora, quando com quase quarenta anos era eleito
Papa, uma das primeiras medidas que tomou foi a promulgação de um edito contendo
disposições para profundas reformas na Igreja.
Novamente, porém, apenas a letra da lei não viria a ser suficiente. Agora que os
Estados Pontifícios, graças a Júlio II, gozavam de uma boa e estável ordem política,
seria necessária ainda a mesma têmpera de Júlio II para fazer valer as disposições do
edito, e a amabilidade de Leão X revelou-se insuficiente para tanto.
Assistiu-se mais uma vez, deste modo, a outro projeto de reforma da Igreja que não
conduziria aos resultados que eram anunciados.
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