Carta sobre

O CELIBATO

escrita por
José Frassinetti

1804 - 1868

Prior de Santa Sabina em Gênova

Irmão e Colaborador de Santa Paula Frassinetti

na fundação do Instituto de Santa Dorotéia

Sacerdote, segundo breve
de Pio IX de 1863,
"Spectatae Doctrinae et Virtutis"


PRÓLOGO

A experiência nos mostra que, geralmente falando, somente prestam à Igreja grande bem aqueles que professam a perfeita castidade: os sacerdotes e as religiosas, as jovens que ingressam nas Sagradas Congregações, os santos leigos que se põem ao trabalho da promoção das boas obras.

De maneira que farão bem os confessores que são imbuídos pelo zelo da religião em usar de sua diligência para ensinar aos jovens de ambos os sexos que cultivam a piedade e levam com docilidade uma vida fiel aos mandamentos divinos quão grande bem é a perfeita castidade. Exortem-nos à observância da castidade perfeita, se a tanto os virem inclinados, pois alcançarão mais facilmente a perfeição cristã e servirão com maior fruto ao bem da religião.

Isto porém os confessores não conseguirão realizar a não ser que, depostos por completo todos os preconceitos que o vulgo tem contra esta virtude, contemplarem o zelo que os Santos Padres da Igreja usaram para promoverem a perfeita castidade, a tal ponto que praticamente todos escreveram livros a este respeito; e, ademais, a não ser que também estes mesmos confessores busquem eles próprios esta virtude com grande amor, e se esforcem por levar uma vida inteiramente angélica.

A carne gera a carne; o espírito, espírito; os anjos não se procriam senão a partir dos anjos.

Ora, por ser isto coisa de imensa importância para a glória de Deus e para a santificação das almas; e porque também por parte de alguns confessores existem preconceitos danosíssimos nesta matéria, quero reproduzir aqui uma carta que publiquei em outra ocasião sobre o celibato.



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