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Devemos examinar ademais se isto não parece indicar que assim como no
Deuteronômio se declara uma legislação mais evidente e mais
manifesta do que a que havia sido escrita antes, assim também não se
indica que ao primeiro advento do Salvador que se realizou na humildade
quando assumiu a forma de servo não se sucederá aquele segundo mais
resplandecente e glorioso na glória do Pai, nisto se plenificando a
forma do Deuteronômio, quando no reino dos céus todos os santos
viverem das leis daquele evangelho eterno. Deste mesmo modo. como
Cristo agora, pelo seu primeiro advento, plenifica a lei que contém
a sombra dos bens futuros, assim também pelo seu segundo e glorioso
advento, plenificará e conduzirá à perfeição a sombra deste seu
primeiro advento. Foi assim que, efetivamente, disse dele o
profeta:
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"O sopro de nossa boca,
ó Cristo Senhor,
foi preso em nossos pecados,
a quem dissemos:
Na tua sombra viveremos
entre as nações",
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quando todos os santos forem transferidos do evangelho temporal ao mais
digno evangelho eterno, segundo no-lo é assinalado sobre o Evangelho
eterno por João no Apocalipse (Ap. 14, 6).
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