3. A unidade divina.

A unidade da `ousia', ou Divindade, segue-se da unidade da ação divina que é observada na Revelação:

"Se nós observamos",

escreve S. Gregório de Nissa,

"uma única atividade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, somos obrigados a inferir a unidade da natureza pela identidade da atividade; pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo cooperam na santificação, vivificação, conciliação e assim por diante".

O Pseudo Basílio nota que

"aqueles cujas operações são idênticas têm uma única substância. Ora, existe uma única operação do Pai e do Filho, conforme é mostrado pela passagem

`Façamos o homem à nossa imagem e semelhança',

ou

`Tudo o que o Pai faz, o Filho também faz'.

Portanto, existe uma única substância do Pai e do Filho".

Gregório de Nissa também argumenta que, enquanto os homens devem ser considerados como muitos porque cada um deles atua independentemente, a Divindade é una porque a Pai nunca age independentemente do Filho, nem o Filho do Espírito.

Referências:

São Basílio : Contra Eunomio 4 (PG 29, 676);
São Gregório de Nissa :Quod non sint tres (PG 45, 125).