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Fala Reinaldo Porchat:
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“A causa do insucesso das repetidas reformas
do ensino secundário
está no Congresso Nacional que,
sem orientação, sem sistema, sem uniformidade,
e sem mesmo visar o bem do ensino,
leva a fazer leis fragmentárias
para servir a interesses inferiores,
partidários e particulares,
perturbando e deturpando
os planos das reformas gerais.
O Congresso foge às responsabilidades
de elaborar uma Lei Geral de Ensino,
e delega sua competência ao Poder Executivo,
e os respectivos Ministros do Interior
operam as reformas
segundo as escolas que adotam.
Cada ministro tem seu plano,
sua orientação, seu ponto de vista novo.
Um simples exame das últimas reformas havidas
basta para mostrar como não é possível sucesso no ensino
em face de reformas tão repetidas e tão divergentes.
A de Carlos Maximiliano,
que consideram a melhor,
teve ainda contra si os golpes
vibrados pelo Congresso Nacional,
a alma mãe dos males do ensino,
que além de a deturpar com leis especiais
de proteção a amigos e correligionários,
não se pejou de afrontar o pudor da nação
aceitando a “lei da gripe”,
pela qual se concedeu aprovação em exames
a pessoas que nunca prestaram exames.
Essa vergonha,
com a qual se ofendeu a verdade
e se enganou aos governos estrangeiros
que acreditam na seriedade dos certificados de aprovação obtidos no Brasil,
ainda perdura para mostrar o que tem sido
a ação do Congresso na História do Ensino na República”.
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