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Devido à desorganização que Santo Hilário vinha causando ao
movimento ariano na Gália, atual sul da França, no ano 356 os
arianos franceses conseguiram obter o exílio de Hilário para o
Oriente. Exilado na Ásia Menor, e pela primeira vez em contato com
o debate teológico da Igreja Oriental, Hilário percebeu que a
distância existente entre os `homoeouseanos' e os defensores do
Concílio de Nicéia era extremamente pequena, e que não seria
difícil estabelecer uma aproximação entre ambos.
Em um livro intitulado "De Synodis seu de Fide Orientalium"
admitiu que o `homoousios', a menos que fosse salvaguardado por uma
adequada distinção entre as Pessoas, levaria a uma interpretação
sabeliana. Quanto ao termo `homoeousios', considerando-se que os
seus defensores já enfatizavam corretamente a doutrina das três
Pessoas, deveria ser interpretado no sentido de uma perfeita igualdade
o que, estritamente falando, significaria a unidade da natureza.
Sua conclusão foi que, já que os Católicos, ou seja, os
Nicenos, reconheciam a distinção das Pessoas, não poderiam negar
o `homoeousios', enquanto que os `homoeouseanos', por outro lado,
eram obrigados a reconhecer a unidade da substância se eles acreditavam
seriamente na perfeita semelhança da substância.
Depois de passar três anos exilado na Ásia, a pedido dos arianos
orientais, que o descreviam como "agitador do Oriente", foi-lhe
permitido voltar à França. De regresso à pátria, Hilário
articulou o desmoronamento definitivo do arianismo no Ocidente.
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