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Antes de iniciarmos nosso estudo de Filosofia e História da Educação temos
primeiro que tentar compreender, ainda que resumidamente, a situação do mundo em que se
iniciou a obra dos primeiros filósofos e educadores, porque é sobre a obra destes homens
que se desenvolveu posteriormente a educação existente e porque, além disso, o mundo em
que eles viveram foi em muitos aspectos bastante diferente do nosso, e não se pode
compreender corretamente o que estes homens pensaram em fizeram sem compreender as
situações que eles viveram.
Ora, a civilização em que atualmente vivemos, e a educação que nela
desenvolvemos é apenas uma entre muitas que existiram e ainda existem. A civilização em
que vivemos, porém, teve sua origem na fusao de três outras que houve na Antiguidade, que
foram a civilização hebraica, a grega e a romana. Cada uma destas três civilizações teve
origem independente da outra, mas, devido a um processo histórico que começou por volta
do ano 2.000 AC e foi até a época do surgimento do cristianismo, acabaram se fundindo e
formando a nossa civilização atual, dentro da qual se desenvolveu a educação que temos
hoje.
Das três civilizações que deram origem à nossa, a mais antiga é a hebraica,
que inicia sua história em 2.000 AC. A seguinte a aparecer foi a grega,cujas origens datam
de 1.200 AC. Finalmente, a última, a Romana, iniciou sua história, segundo sua tradição, no
ano 753 AC.
Vamos a seguir examinar sucintamente como elas nasceram, se
desenvolveram e se integraram, e como dentre delas surgiu a filosofia. Não pretendemos
fazer um relato completo, pretendemos apenas traçar um quadro dentro do qual se encaixará
a seqüência das aulas que virão posteriormente, de tal maneira que, depois, ao estudarmos
os fatos em detalhes, os fatos que realmente interessarão ao estudo da filosofia e da
educação, os alunos saibam situá-los sem muita dificuldade no tempo e no espaço, e
consigam dar-lhes uma primeira avaliação de suas importâncias no contexto dos
acontecimentos da época.
Vamos examinar primeiro a civilização hebraica, até a página sétima destas
notas. Depois, a grega, até a décima segunda. Finalmente, a romana da décima terceira à
vigésima quarta.
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