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Na segunda parte mostramos o reverso da medalha.
Foi mostrado como na mesma época em que o feudalismo fêz uma devastação na
Igreja, fêz outra devastação no poder temporal dos reis, e como a Europa ficou
reduzida àquela multidão de feudos onde cada um era só por si.
Assim como a Igreja durante esta época tentou emancipar-se da organização feudal,
assim também o poder civil o tentou. Comentamos as estratégias de que o poder civil
se utilizou para tanto e como, inclusive, assim como a Igreja apoiou o desenvolvimento
das Universidades em que predominava o estudo da Teologia, assim também o poder
civil se apoiou nas Universidades em que predominava o estudo do Direito.
Mas, quando a série dos Concílios que vão do Nono ao Décimo Nono chegou à sua
metade, quando a Igreja estava a caminho de sua reforma e o poder civil estava
alcançando uma organização mais eficiente no âmbito das nações então emergentes,
ambas estas organizações entraram em choque. Foi a época do Concílio de Viena, do
Cisma que houve na Igreja, da Peste Negra e da época conhecida como o
Renascimento que veio logo a seguir, justamente às portas da qual demos por
encerrada a segunda parte desta introdução.
Esta terceira parte, portanto, reinicia precisamente neste ponto.
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