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Foi Santo Agostinho quem deu à tradição ocidental a sua expressão
madura e final acerca da Trindade. Durante toda a sua vida como
cristão meditou sobre a Santíssima Trindade, explicando a doutrina
da Igreja aos interessados e defendendo-a contra os ataques dos
opositores. Não obstante ser Santo Agostinho mais conhecido
através de obras como "As Confissões" ou "A Cidade de Deus",
provavelmente sua obra prima é o tratado conhecido por "De
Trinitate", que ele demorou dezesseis anos para redigir. Conforme
suas palavras:
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"Sobre a Trindade,
que é o Deus Sumo e Verdadeiro,
principiei alguns livros quando jovem,
editei-os quando velho".
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Santo Agostinho aceita sem discussão a verdade que existe um só
Deus que é Trindade, e que o Pai, o Filho e o Espírito Santo
são simultaneamente distintos e co-essenciais, numericamente um
quanto à substância; e seus escritos estão repletos de declarações
detalhadas quanto a isto.
Caracteristicamente, em nenhum lugar Agostinho tenta demonstrar estas
afirmações. Trata-se de um dado da Revelação que, segundo ele,
a Escritura proclama em quase toda a página e que a "fé católica"
transmite aos que crêem. Seu imenso esforço teológico é uma
tentativa de compreensão, o exemplo supremo de seu princípio de que a
fé deve preceder o entendimento.
Referências:
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Santo Agostinho :Epistola 174; 120,17;
Idem : De Fide et Symb. 16;
Idem : De Doctrina Christ. 1,5;
Idem : De Trinitate 1,7; 15,2;
Idem : Sermo 7,4; 118,1;
Idem : Iohan. Tract. 74,1.
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