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Na Igreja Ocidental o problema era colocado numa ótica onde se
percebia a influência do monarquianismo. Os teólogos do ocidente
procuravam enfatizar a unidade divina sentindo mais profundamente o
caráter misterioso das distinções dentro da Divindade.
Na Igreja Oriental, a influência dominante era a proveniente de
Orígenes. Os orientais não tinham tantas dificuldades em descrever
a distinção das pessoas dentro da Trindade; ao mesmo tempo,
porém, havia uma divisão entre eles quanto ao modo de explicarem como
esta distinção de pessoas não contradizia a unidade divina. De modo
geral, antes do aparecimento do Arianismo, havia na Igreja Oriental
duas posições derivadas de Orígenes: uma, mas moderada, insistia
claramente na unidade existente entre as pessoas divinas e colocava que
o Filho não era uma criatura; outra, mais radical, acentuou
demasiadamente a tendência subordinacionista de Orígenes. Veremos a
seguir as posições de alguns representantes destas tendências.
O Arianismo representou, mais tarde, uma posição muito mais
radical que a dos origenistas mais extremos, praticamente impossível
de vir a tornar-se aceita no Oriente, muito menos no Ocidente. A
grande propaganda que teve esta heresia, entretanto, acabou por
obrigar a Igreja universal a tomar uma posição oficial em Nicéia.
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