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Possuímos poucas ou nenhumas evidências de primeira mão e respeito
das razões que animavam os padres conciliares na sua condenação do
Arianismo.
Provavelmente compartilhavam a convicção do bispo Alexandre de que a
Escritura e a Tradição atestavam a divindade e a imutabilidade do
Verbo.
Mais tarde Santo Atanásio iria desdobrar, em seus tratados
anti-arianos, as seguintes considerações, que provavelmente podem
ter tido peso no Concílio:
Primeiro, o Arianismo destruía a doutrina cristã de Deus,
colocando que a tríade divina não é eterna e virtualmente re-
introduzindo o politeísmo;
Segundo, o Arianismo tornava sem sentido os costumes litúrgicos e
estabelecidos na Igreja de batizar em nome do Filho assim como do
Pai, assim como a prática de dirigir orações ao Filho;
Terceiro, e talvez esta fosse para Santo Atanásio a mais
importante, o Arianismo destruía a idéia cristã da Redenção em
Cristo, já que somente se o mediador fosse ele próprio divino o
homem poderia ter reestabelecido a comunhão com Deus.
Referências:
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Santo Atanásio : Contra Arianos 1,17; 1,20; 3,15;
2,41; 2,67; 2,70.
Idem : Ep. ad Episc. Aeg. et Lib. 4.
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