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Na vida corrente das pessoas os atributos fundamentais da inteligência
costumam ser tomados de outro modo bastante diverso. As pessoas
costumam supor que a inteligência é, por exemplo:
A capacidade de repetir em uma prova o que se disse em sala de aula ou
se leu em um livro. Este é, admita-se explicitamente ou não, a
suposição por trás do sistema de avaliação da maioria das escolas.
Mas esta capacidade não define inteligência no que ela tem de
essencial.
A capacidade de fazer cálculos ou projetos complexos rapidamente e com
precisão. Se isto fosse inteligência, um computador teria ou
poderia vir a ter num futuro muito próximo uma inteligência
extraordinária, quando na realidade a inteligência de tais
dispositivos é exatamente nula.
A capacidade de desembaraçar-se em situações difíceis, de
organizar e dirigir uma empresa, de falar em público com erudição e
eloqüência, o possuir uma memória prodigiosa capaz de evocar fatos e
dados rapidamente em respostas prontas e bem colocadas, o saber tirar
proveito de qualquer situação em benefício próprio.
Inteligência, porém, é a faculdade ou a capacidade de perceber
clara e limpidamente a verdade com evidência, aquela evidência que,
quando experimentada, os homens espontaneamente tendem a compará-la
com a luz.
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