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Nesta Terceira Parte da presente Introdução Histórica já tivemos a oportunidade de
comentar como o ensino da época de Hugo de São Vitor e Santo Tomás de Aquino foi
uma evolução longa e gradual a partir das orientações que haviam sido deixadas por
Santo Agostinho. Num certo sentido, o ensino desenvolvido nesta época é, no plano
pedagógico, o próprio itinerário espiritual pelo qual passou Santo Agostinho.
Os que conhecem a vida de Santo Agostinho sabem como por meio deste itinerário a
graça divina conduziu um homem completamente imerso na lama da luxúria à
sabedoria e à santidade. Com isto, nos anos 1100 DC, sem ao que parece terem disto
uma consciência muito explícita, as escolas estavam como que tentando reproduzir no
aluno o itinerário pelo qual havia passado séculos antes Santo Agostinho.
Já nos anos 1500 DC o que as escolas estavam tentando fazer, agora mais
explicitamente, era a reprodução nos alunos do itinerário de Quintiliano.
A diferença dos planos de perspectiva nestes dois casos é bastante evidente, e esta
diferença de perspectiva dos educadores corresponderia a uma futura diferença de
perspectiva dos homens assim educados.
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