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E é precisamente isto o que vemos acontecer durante o período renascentista, como se o
opúsculo escrito por Hugo de São Vitor tivesse sido uma profecia.
Em todas as classes sociais, mas principalmente entre as superiores e mais próximas
ao poder, assistiu-se a um alastramento geral da imoralidade.
Porém, mais do que isso, este alastramento foi acompanhado por um fato novo na
história. As novas classes intelectuais, a nova elite pensante, conhecida genericamente
como os humanistas, da qual ainda não falamos como se formou, como era educada e
quais os interesses que a moviam, sustentada pelos novos governantes, veio a
empenhar-se propositalmente na difusão da imoralidade, na sua justificação e na sua
glorificação.
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