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Viste portanto como subindo por estes degraus se chega à perfeição,
de modo que aquele que permanecer no inferior não poderá ser
perfeito.
Nosso propósito deverá ser, portanto, subir sempre; mas como a
instabilidade de nossa vida é tanta, de modo que não podemos
permanecer sempre no mesmo, somos freqüentemente obrigados a rever
aquilo que fazemos e, para que não percamos aquilo em que já
estamos, repetimos às vezes aquilo pelo qual passamos.
Em outras palavras, aquele que é vigoroso na obra, ora para que não
desfaleça. Aquele que insiste nas preces, medita no que deve orar
para que não ofenda ao orar. E aquele que às vezes confia menos no
próprio conselho, consulta a leitura.
Assim ocorre que, embora seja a nossa vontade sempre a de subir, a
necessidade nos força às vezes a descer, mas de tal maneira que nosso
propósito consista na vontade, e não na necessidade. Seja nosso
propósito o subir; o descer seja-lhe alheio, pois não este, e sim
aquele, deve ser o principal.
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