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No ano de 325 reuniu-se em Nicéia o primeiro Concílio
Ecumênico da história para uma toma de posição da Igreja
Universal frente à heresia Ariana. Embora dificuldades de ordem
material tivessem impedido muitos de se apresentarem, foram convocados
todos os bispos da Igreja, comparecendo no total cerca de trezentos,
a maioria dos quais do Oriente, das regiões da Ásia Menor,
Síria, Palestina e Egito, e alguns poucos do Ocidente. O Papa
São Silvestre enviou em seu lugar dois sacerdotes como
representantes.
Podemos agrupar os participantes do Concílio de Nicéia em quatro
grupos, dois dos quais bastante minoritários:
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A. Os arianos declarados, pequeníssima minoria;
B. Um número muito grande de tradição origenista mais radical, aos
quais se associavam vários outros participantes inseguros, hostis a
qualquer fórmula nova e partidários do uso de uma terminologia
estritamente bíblica;
C. Outro grande grupo dos que souberam denunciar claramente o perigo do
Arianismo, entre os quais estava Alexandre de Alexandria juntamente
com um de seus diáconos, de nome Atanásio, que viria a ser seu
sucessor na sede episcopal e um dos mais intrépidos defensores das
resoluções do Concílio;
D. Uma pequena minoria cuja tendência anti-ariana era tão acentuada a
ponto de cair no erro oposto do Monarquianismo ou Sabelianismo.
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Assim, configurou-se sem dificuldade uma vigorosa maioria que
reprovou os êrros de Ário. Apenas dois bispos, amigos de Ário,
recusaram-se a aceitar as decisões do Concílio e foram exilados
juntamente com Ário.
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