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Na Alemanha Nazista o aborto inspirou-se na mesma
fonte que inspirou o regime nazista em seu todo. A batalha
começou por volta de 1920 e em 1930 foi aprovada a "Lei para
a Prevenção das Doenças Hereditárias pela Posteridade".
O programa foi posteriormente desenvolvido pelos médicos até
se transformar em um programa de eutanásia de grande escala,
envolvendo o assassinato de pacientes mentais e de diversos
outros, inclusive soldados alemães mutilados durante a
guerra. Milhares de crianças alemãs não judias foram
enquadradas dentro do programa de eutanásia, muitos por
razões sociais ao invés de defeitos físicos. As mortes eram
provocadas sob a supervisão e com a colaboração de médicos
psiquiatras e pediatras. As decisões de se praticar a
eutanásia tinham que ser analisadas previamente por uma junta
médica de consultoria tais como aquelas que haviam sido
introduzidas na lei de 1933 para aprovar os casos de aborto.
A morte das crianças eram realizadas principalmente pela fome
ou por uma alta dose de drogas. Nos primeiros anos de
vigência do programa somente crianças portadoras de sérios
defeitos congênitos foram mortas, mas à medida em que o tempo
foi passando a idade das crianças submetidas à eutanásia foi
aumentando e as indicações para as quais esta era recomendada
foram se ampliando. Foram mortas crianças por apresentarem
orelhas deformadas, por urinarem na cama e outras enquadradas
como "difíceis de educar". O auge do programa de eutanásia
coincidiu com a segunda guerra mundial, embora este programa
não teve apoio nem iniciativa oficial, sendo de origem e de
inspiração médica.
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