CAPÍTULO 9

Já descrevemos como o processo havia começado.

Nos anos 300 DC o Imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano para Constantinopla. Logo em seguida vieram as invasões bárbaras que tomaram conta de toda a região ocidental do Império Romano. A parte oriental do Império Romano, que depois viria a ser conhecida como Império Bizantino, perdeu completamente o controle sobre toda a região ocidental do Império Romano. Não podendo fazer nada, o Imperador em Constantinopla concedeu aos bárbaros o título de "auxiliares perpétuos" do Imperador, título que, porém, para os reis bárbaros invasores nada significava. Oficialmente, para Constantinopla, só havia um único Império Romano, cujo governo da parte ocidental estava temporariamente comissionado aos reis bárbaros. Mas de fato a situação era bem outra. Do ponto de vista dos fatos o Império Romano agora só existia no Oriente.

Cerca de 400 anos depois do início das invasões bárbaras, o rei dos Francos, a tribo bárbara que havia se estabelecido nas Gálias, tornou-se senhor de praticamente toda a Europa Ocidental. Seu nome era Carlos Magno. Reconhecendo o fato consumado, na noite de Natal do ano 800 DC o Papa Leão III coroou Carlos Magno Imperador dos Romanos. A partir daí o Império Romano passou a estar oficialmente dividido em dois Impérios, o Carolíngeo e o Bizantino.

Após a morte de Carlos Magno seus domínios se dividiram em três, dos quais apenas dois prosperaram, a França a oeste e a Germânia a leste, esta última pouco depois tendo vindo a se transformar no Sacro Império Romano Germânico.

Foi então que se iniciou o feudalismo.