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Nas notas anteriores falamos de Parmênides, um filósofo que inicialmente havia sido
discípulo dos filósofos pitagóricos. Começamos a examinar os fragmentos do poema
que Parmênides escreveu e que foram conservados até os nossos dias, preservados
como citações mais ou menos extensas em livros de outros filósofos que viveram
posteriormente e que haviam lido a obra de Parmênides e comentado sobre ela. Vimos
como no início de seu poema Parmênides descreve em uma linguagem figurada estar
sendo transportado em uma carruagem até a morada dos deuses onde foi saudado e
instruído acerca dos princípios da Filosofia. Lá ele ouviu que era preciso que se
instruísse para que fosse capaz de distinguir bem entre
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"o âmago inabalável da verdade
e as opiniões dos mortais".
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E a primeira verdade que Parmênides coloca em evidência, tirada da contemplação da
natureza que vinha sendo conduzida há muitos anos por ele e por outros filósofos, foi a
constatação de que o ser e o pensar são o mesmo.
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