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Quanto à Cúria Romana, logo no início de seu pontificado Sixto IV deu ordem para
que fosse elaborada uma bula contendo disposições para uma reforma completa.
Neste documento, diz o historiador L. Pastor,
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"sem nenhuma condescendência
estavam colocados em clara luz
todos os abusos introduzidos
especialmente entre os cardeais
e são dadas disposições
que se tivessem sido executadas
teriam provocado a mudança de aspecto
tanto do colégio cardinalício
como de toda a Cúria Romana".
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Entretanto, Pastor cita uma carta de Pedro Barroci datada de 1481 em que se lê
expressamente que
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"Sixto IV queria opor-se a estes males,
e nomeou uma comissão para a reforma,
mas a maioria dos cardeais se declarou
contrária à propostas dos que melhor pensavam".
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Para este resultado, acrescenta Pastor, muito contribuíu o fato de que os cardeais que
melhor teriam apoiado as idéias de Sixto IV eram justamente os que haviam falecido
durante o pontificado de Paulo II.
A bula sequer chegou a ser publicada, diz Pastor. Quem quisesse saber os motivos,
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"mais do que no Papa,
deveria procurá-los naqueles
que o circundavam".
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Não se deve negar, continua Pastor, que Sixto IV teria podido fazer muito mais pela
reforma da Igreja, tal como havia feito entre os franciscanos, se a corrupção não fosse
tão grande, especialmente em certas partes da Itália.
Sixto IV então percebeu que estava circundado de
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"prelados espertos em todos os sentidos,
muito influentes e hábeis,
os quais esperavam dele na verdade
um instrumento para seus objetivos egoístas".
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Para poder levar adiante seus objetivos, portanto, Sixto IV percebeu que necessitava
do apoio de executores em quem pudesse confiar.
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