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Gregório de Nazianzo descreve como São Basílio, ao pregar no ano
372, absteve-se propositalmente de falar de modo aberto sobre a
divindade do Espírito Santo, contentando-se com o critério
negativo de aceitar que o Espírito Santo não é criatura. Segundo
Gregório, Basílio tinha razão em agir com prudência, para não
exaltar os arianos, então muito poderosos; do contrário, Basílio
teria sido expulso e sua sede metropolitana, importante para a
Igreja, ficaria perdida para a ortodoxia.
Posteriormente, porém, os fatos o obrigaram a ser mais claro. Numa
profissão de fé que no ano seguinte submeteu ao bispo Eustatius,
afirmava Basílio que o Espírito Santo deve ser reconhecido como
intrinsecamente sagrado, uno com a "natureza divina e bendita" e
inseparável, como a fórmula batismal implica, do Pai e do Filho.
Dois anos depois, no tratado `De Spiritu Sancto', deu um passo a
mais, afirmando que ao Espírito Santo deve ser concedida a mesma
glória, honra e culto que ao Pai e ao Filho, e que Ele deve ser
"estimado com" e não "estimado abaixo" dEles.
Basílio não foi mais longe do que isso. Em nenhum lugar chama Deus
ao Espírito Santo, embora coloque claro que
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"nós glorificamos o Espírito
com o Pai e o Filho
porque nós acreditamos que Ele
não é alheio à natureza divina".
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Referências:
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S. Gregório Nazianzo :Epistola 58.
São Basílio :Epistola 113; 114; 125,3; 159,2.
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