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Foi com a eleição de Calixto III que Rodrigo Borgia, o futuro Alexandre VI, entrou a
serviço da Igreja.
Ele era, conforme vimos, sobrinho de Calixto III. Havia estudado Direito na
Universidade de Bolonha e, depois de cerca de um ano de pontificado, seu tio nomeou-
o cardeal.
Ao ser nomeado cardeal Rodrigo Borgia ainda não era sacerdote, mas naquela época
não era incomum um cardeal da Igreja não ser sacerdote, já que o cardinalato
considerado em si mesmo não é uma ordem sacra, os cardeais sendo pessoas
nomeadas, enquanto tais, apenas para auxiliar o Papa no governo da Igreja. Embora
atualmente a prática eclesiástica seja nomear cardeais apenas a pessoas constituídas
em ordens sacras, ainda recentemente, logo após o Concílio Vaticano II, o Papa Paulo
VI chegou a convidar um leigo, o filósofo católico Jacques Maritain, a aceitar o
cardinalato.
Bem pouco antes de sua morte Calixto III nomeou o cardeal Borgia vice chanceler da
Igreja, na época o posto mais importante na administração eclesiástica depois do
próprio Papa. O cardeal Rodrigo Borgia continuaria no posto de Vice Chanceler
durante os pontificados de Pio II, Paulo II, Sixto IV e Inocêncio VIII, desempenhando o
cargo com rara competência. Durante o pontificado de Paulo II Rodrigo Borgia
recebeu também o sacramento da Ordem.
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