CAPÍTULO 172

Júlio II foi sucedido no trono pontifício pelo Papa Leão X, aquele menino de treze anos da família dos Medicis, governantes de Florença, que Inocêncio VIII havia feito cardeal.

Após receber o cardinalato sua família proporcionou-lhe uma educação digna de um príncipe e do cargo de cardeal que ele deveria assumir. Tornou-se um homem instruído, amável e muito alegre. Agora, quando com quase quarenta anos era eleito Papa, uma das primeiras medidas que tomou foi a promulgação de um edito contendo disposições para profundas reformas na Igreja.

Novamente, porém, apenas a letra da lei não viria a ser suficiente. Agora que os Estados Pontifícios, graças a Júlio II, gozavam de uma boa e estável ordem política, seria necessária ainda a mesma têmpera de Júlio II para fazer valer as disposições do edito, e a amabilidade de Leão X revelou-se insuficiente para tanto.

Assistiu-se mais uma vez, deste modo, a outro projeto de reforma da Igreja que não conduziria aos resultados que eram anunciados.