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Às mesas dos irmãos não deve faltar a leitura; não deve ler aí
quem quer que, por acaso, se apodere do livro, mas sim o que vai ler
durante toda a semana, a começar do domingo. Depois da missa e da
comunhão, peça a todos que orem por ele para que Deus afaste dele o
espirito de soberba. No oratório, recitem todos, por três vezes,
o seguinte versículo, iniciando-o o próprio leitor:
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"Abri, Senhor, os meus lábios,
e minha boca anunciará vosso louvor";
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e, tendo assim recebido a bênção, entre a ler. Faça-se o
máximo silêncio, de modo que não se ouça nenhum cochicho ou voz, a
não ser a do que está lendo. Quanto às coisas que são necessárias
aos que estão comendo e bebendo, sirvam-se mutuamente os irmãos, de
tal modo que ninguém precise pedir coisa alguma. Se, porém , se
precisar de qualquer coisa, seja antes pedida por algum som ou sinal do
que por palavra. Nem ouse alguém fazer alguma pergunta sobre a
leitura, ou outro assunto qualquer, para que se não dê ocasião, a
não ser que o superior, porventura, queira dizer, brevemente,
alguma coisa, para edificação. O leitor semanário, antes de
começar a ler, recebe o `misto', por causa da Comunhão e para que
não aconteça ser-lhe pesado suportar o jejum; faça, porém,
depois, a refeição com os semanários da cozinha e os serventes.
Não leiam nem cantem os irmãos segundo a ordem da comunidade, mas
façam-no aqueles que edificam os ouvintes.
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