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No Evangelho há mais de uma passagem onde Jesus compara sua obra a
um banquete em que todos são convidados, embora poucos atendam a este
chamado.
Ao Jesus dizer isto, estava cumprindo uma profecia escrita seiscentos
anos antes pelo profeta Isaías, em que este profetizava a respeito do
monte Sião, o monte sobre o qual estava construída Jerusalém,
ou, literalmente, a cidade da paz:
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"Sobre este monte,
o Senhor preparará
para todos os povos
um banquete de seletos manjares,
um festim de vinhos generosos.
Neste monte tirará o véu
que encobria os povos todos,
e a coberta que se estende
sobre todas as gentes.
Aniquilará para sempre a morte,
e o Senhor Deus enxugará
as lágrimas de todas as faces".
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No Evangelho, na plenitude de sua essência, encontramos este
banquete, preparado para todos os povos, de seletos manjares. O mais
belo de todos os convites que Deus já dirigiu à humanidade consiste
exatamente em convidá-los para este banquete, em que as faculdades
espirituais do homem são elevadas até que ele possa compreender e
participar desta plenitude.
Dizemos compreender, porque na última ceia o próprio Jesus o
disse, dirigindo-se aos seus discípulos:
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"Já não vos chamo de servos,
porque o servo não sabe
o que faz o seu senhor;
chamo-vos de amigos,
porque vos dei a conhecer
tudo aquilo que ouvi de meu Pai".
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Dissemos também participar, porque o Evangelho também assim o
disse:
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"A quantos o receberam,
deu-lhes o poder de se tornarem
filhos de Deus,
aos que crêem no seu nome,
e que não pelo sangue,
nem pela vontade humana,
mas de Deus nasceram.
De sua plenitude todos nós recebemos,
graça sobre graça".
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Através dos textos encontrados nesta biblioteca desejamos responder a
estas perguntas:
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O que vem a ser o Cristianismo?
O que ele quer?
Quais são os serviços que ele
presta à humanidade?
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São as mesmas perguntas que se fêz Michael Schmaus. Porém o
Evangelho é algo tão imenso e tão profundo que será impossível
responder a estas perguntas, assim formuladas, nos textos desta
biblioteca que empreendemos iniciar. Por causa disso o que iremos
fazer será acender uma fagulha, um pequeno luzeiro, mas de maneira
que, embora seja uma parte bem pequena da resposta, o seja de tal
maneira que permita ter um vislumbre bem mais distante, que permita ter
uma idéia mais sólida da ordem de coisas a que se refere o Evangelho
e que possa servir como ponto de referência para cada um de nós no
futuro.
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