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Estas instituições visavam apenas a formação de profissionais de
nível superior nas áreas de Engenharia, Medicina, Química e
Agricultura. Dom João VI não fundou nenhuma escola de Direito
no Brasil, não tomou iniciativa alguma quanto à organização do
ensino primário nem do secundário, que continuaram existindo sob a
forma das aulas régias instituídas pelo Marquês de Pombal.
Tampouco fundou institutos de pesquisa ou de ensino de disciplinas de
interesse cultural, nem tentou organizar uma Universidade no Brasil,
embora estas instituições fossem já comuns na Europa e mesmo nas
demais colônias da América Espanhola. Em outras palavras, Dom
João quis resolver apenas o problema da falta de um certo número de
engenheiros, médicos e agrônomos no Brasil, e não o problema da
educação do povo brasileiro. Mas, mesmo ao fazer apenas isto,
iniciou um processo que ele sabia que não poderia mais voltar atrás.
Anos mais tarde, ao retornar para Portugal, já previa que a
Independência do Brasil estava próxima e aconselhou seu filho que
ficou como regente em seu lugar a pôr a coroa sobre a sua cabeça antes
que algum bandoleiro qualquer lhe tomasse a iniciativa.
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