CAPÍTULO 22

Na Germânia, a região mais oriental em que se dividiu o Império Carolíngeo, durante algum tempo o poder foi hereditário. Mas por volta do ano 900 DC a escolha do rei passou a ser feita por eleição dos governantes dos ducados e condados em que se dividiu o reino da Germânia. Eram estes duques e condes que elegiam o sucessor de cada rei.

Mas por volta do ano 950 DC o Papa necessitou do auxílio militar do rei da Germânia. Prestado o auxílio, em reconhecimento o Papa coroou o rei da Germânia como Imperador do Sacro Império Romano Germânico, nome com que passou a ser conhecido o Reino da Germânia.

O Sacro Império Romano Germânico tinha características singulares entre todos os estados da Europa. Durou até à época moderna, tendo sido dissolvido nos anos 1800 por Napoleão Bonaparte. Era o maior de todos os reinos europeus em extensão territorial. Compreendia em seu território praticamente todo o centro e o leste da Europa e mais o norte e o centro da Itália. Era considerado como o sucessor do antigo Império Romano, depois do Império Carolíngeo que já havia deixado de existir. Ademais, ao contrário dos outros reinos europeus, seu Imperador era eleito, no início por todos os governantes dos diversos principados em que estava dividido, posteriormente apenas por sete deles, conhecidos como os príncipes eleitores.