|
Deus, que não permite que ocorra o mal senão com a esperança de daí tirar um bem
maior, e que
|
"castiga àqueles a quem ama",
|
|
ofereceu a Alexandre VI, tal como o faz a muitos de nós, em vários momentos de nossa
vida, uma segunda e excelente oportunidade de emendar a sua vida.
Alexandre VI não era um homem ruim. Ele entendeu perfeitamente a mensagem e a
oportunidade que a Providência estava lhe proporcionando. Ele foi sincero e desejou
emendar-se, tal como o havia sido também em 1460, quando da advertência de Pio II.
Mas infelizmente, tal como ocorre tantas vezes conosco, Alexandre VI falhou
novamente.
A boa semente, como diz o Evangelho, caíu entre espinhos. Ele
|
"escutou a palavra,
mas as aflições deste mundo
e as alucinações das riquezas
a sufocaram,
e ela não pôde dar o seu fruto".
|
|
Trata-se de uma triste realidade que continua ocorrendo com os homens em geral até
os dias de hoje, algo cuja imunidade não está incluída entre as promessas que Cristo
fêz à Igreja, entre as quais Ele não deixou nenhuma prometendo santidade e salvação a
nenhum Pontífice, mas apenas que, junto a eles, tudo o que pertence à essência do que
Cristo confiou à Igreja para benefício dos homens até o fim dos tempos jamais poderia
ser destruído. E, se estas coisas podem, portanto, acontecer com um Papa, com mais
razão podem acontecer e de fato ocorrem todos os dias com todos nós.
|
|