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Esta última passagem que acabamos de citar do Livro XII das Instituições de
Quintiliano é muito importante.
Ela mostra o quanto o ideal educacional do autor, por mais que se aproxime da
concepção dos filósofos, está ao mesmo tempo tão distante dela.
Na última frase da passagem anterior, se bem examinarmos, Quintiliano coloca o amor
da glória como uma virtude, e também como
para o estudo.
Aqui, de fato, há uma confusão feita por Quintiliano. Jamais filósofo algum procurou a
sabedoria por amor à glória, mas apenas por causa dela mesma. E, entre os cristãos, é
a humildade e a renúncia a si próprio, e não o amor da glória humana, que dá origem
às demais virtudes.
Esta lição de Quintiliano, no entanto, foi muito apreciada pelos homens da Renascença,
e vimos também no que ela resultou.
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