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Fala Mário de Souza Lima:
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“É fora de dúvida o terem falhado quase de todo
as inúmeras e sucessivas reformas do ensino secundário.
Todas as experiências se ensaiaram,
todos os processos de exame,
todos os programas de ensino,
todos os regimes escolares e,
ao cabo de tudo isso
os mesmos clamores sempre se levantaram,
apregoando a anarquia do ensino.
Ressalta à primeira vista
a falta de continuidade
entre as leis que se sucedem.
Fica-se verdadeiramente atordoado
no meio daquele montão de projetos e de leis
que se opõem e contradizem,
sucedendo-se com intervalos de poucos meses,
sem tempo para um estudo demorado
da legislação em vigor
e de suas conseqüências práticas.
Acrescenta-se a isto que,
antes mesmo da entrada em vigor,
começa o desvirtuamento da lei
graças à multidão de ofícios e avisos
em contradição com a sua letra e espírito,
como sucedeu com o Código de 1901
e a reforma Maximiliano.
Diante destes fatos,
cuja exatidão ninguém ousará contestar,
seria deveras para se admirar
que tivéssemos no ensino
o verdadeiro aparelho de educação
pelo qual aspiramos”.
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