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Júlio II, diz Philip Hughes,
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"revelou-se rapidamente um dos mais fortes
governantes da Europa.
Este Papa era um diplomata de primeira classe
e um bom general no campo,
um organizador capaz,
forte, valente, implacável e inflexível".
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Retomou sob o seu comando direto a obra militar que César Borgia havia iniciado.
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"Com ele os barões romanos",
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continua Hughes,
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"foram finalmente vencidos
e os Estados Pontifícios,
pela primeira vez,
ficaram realmente organizados
e sob a direção efetiva do Papa".
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Ao contrário de seus predecessores, porém, Júlio II não delegou, nesta tarefa, nenhum
cargo a nenhum parente. Rejeitou completamente o nepotismo e foi visto defender os
Estados Pontifícios sem nenhuma possibilidade de engrandecer a sua própria família.
Suas conquistas foram duradouras e os Estados Pontifícios permaneceram fiéis à Igreja
até à revolução que culminou com a Unificação Italiana em 1870, quando a Santa Sé
perdeu definitivamente todo o poder temporal.
Foi Júlio II quem confiou a Miguelângelo e a Bramante a construção da Basílica de
São Pedro, idealizada desde os tempos de Nicolau V, mas cujas obras ainda não
haviam podido se iniciar. Foi também na época de Júlio II que Miguelângelo pintou no
teto da Capela Sixtina o Juízo Final.
Júlio II foi quem convocou, ademais, o Quinto Concílio de Latrão para a Reforma da
Igreja o qual, conforme já vimos, não alcançaria ainda os resultados que se almejava.
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