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A parte do Sacro Império, porém, que mais fragilmente estava ligado ao todo era
justamente o norte da Itália.
De início, o norte da Itália estava separado do restante do Império pela Cordilheira
dos Alpes e seu povo tinha não poucas diferenças lingüísticas e culturais com o
restante da nação. Somando-se a estas condições, por volta do ano 1300 começou a
florescer naquela região o comércio com o Oriente. Era no norte da Itália, em Gênova
e em Veneza, onde aportavam os navios provenientes da Ásia e do norte da África.
Partindo destes portos, eram as demais cidades do norte da Itália que as caravanas que
iriam distribuir para o restante da Europa os produtos vindos por mar que deveriam
ser atravessadas em primeiro lugar. Estas cidades começaram aos poucos a viver uma
vida independente de fato não apenas em relação ao Sacro Império como um todo,
como também uma em relação a outra. Suas ligações uma com a outra e com o restante
do Sacro Império era apenas nominal.
Para complicar esta situação, a organização política que surgiu efetivamente nestas
cidades do norte da Itália acabou se tornando algo de único em toda a Europa.
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