9. A discussão sobre o aborto na Inglaterra após a tragédia da talidomida.

Poucos dias depois divulgação, que repercutiu no mundo inteiro, da notícia da absolvição de Suzanne van de Put, a polícia belga prendia uma mãe que havia matado sua criança retardada mental de três anos. E a sociedade que tinha se movido para aceitar a violação do direito à vida de uma criança já nascida estava ainda mais fortemente motivada para duvidar do direito à vida de uma criança não nascida. Esta foi, de modo geral, o impacto deixado pela tragédia da talidomida no processo de implantação do aborto.

Na Inglaterra, porém, a ALRA não fêz praticamente nada durante os anos de 1962 e 1963 para capitalizar a experiência da talidomida. Ocorria que todos os principais fundadores da ALRA por esta época já tinham falecido, com exceção de Alice Jenkins, que se aposentou em 1962. A ALRA tinha-se transformado em uma organização sem entusiasmo. Como esta situação reverteu-se repentina e inesperadamente será o assunto do próximo ítem, cujo relato baseia-se diretamente em um texto oficial da própria ALRA.