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Pode-se perguntar por que, se César já estava preso, Júlio II fazia tanta questão que
ele assinasse um documento de renúncia?
Não poderia o Pontífice simplesmente declarar a destituição de César e tomar posse
da Romanha? Um documento de próprio punho atestando a renúncia de César, tal como
o Papa insistia em obter, não seria nestas circunstâncias uma mera formalidade?
A resposta é que não seria uma mera formalidade. A Romanha estava repleta de tropas
leais a César Borgia. Se Júlio II tentasse tomar posse da Romanha só porque César
estava preso, justamente por este motivo o que provavelmente teria acontecido seria a
eclosão de uma guerra civil. Mesmo a decisão de prender um homem como César
Borgia naquelas circunstâncias já era uma atitude impensável para qualquer outro que
não fosse um Júlio II.
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