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Façamos o que diz o profeta:
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"Eu disse:
Guardarei os meus caminhos
para que não peque pela língua;
pus uma guarda à minha boca,
emudeci, humilhei-me
e calei as coisas boas".
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Aqui mostra o profeta que se às vezes se devem calar mesmo as boas
conversas, por causa do silêncio, quanto mais não deverão ser
suprimidas as más palavras, por causa do castigo do pecado? Por
isso, ainda que se trate de conversas boas, santas e próprias a
edificar, raramente seja concedida aos discípulos perfeitos licença
de falar, por causa da gravidade do silêncio, pois está escrito:
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"Falando muito não foges ao pecado".
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E em outro lugar:
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"a morte e a vida
estão em poder da língua".
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Com efeito, falar e ensinar compete ao mestre; ao discípulo convém
calar e ouvir.
Por isso, se é preciso pedir alguma coisa ao superior, que se peça
com toda humildade e submissão da reverência. Já quanto às
brincadeiras, palavras ociosas que provocam riso, condenamo-las em
todos os lugares a uma eterna clausura. Para tais palavras não
permitimos ao discípulo abrir a boca.
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