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Com a eleição do Cardeal Tomás para o trono pontifício a Igreja pressentiu que
estava para se abrir uma nova época em sua história.
E, de fato, não se enganou.
Nicolau V resolveu empreender uma reforma completa na arquitetura da cidade de
Roma pois, do modo ao que a cidade estava reduzida, as pessoas dos Papas
continuariam a ser um joguete perpétuo nas mãos de reis, famílias influentes e mesmo
do povo.
Ele mesmo explicou claramente várias vezes os motivos que o levaram a empreender
este trabalho, que iria se estender durante vários pontificados além do seu.
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"A autoridade da Igreja de Roma",
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disse Nicolau V,
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"somente pode ser plenamente reconhecida
por aqueles que se dedicam
a estudos profundos
sobre a sua origem e o seu
incremento".
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O povo humilde porém, tende a compreender apenas aquilo que vê, e era-lhe muito
difícil entender esta autoridade em uma cidade em sua época reduzida a escombros.
Com base nestas premissas, Nicolau V chamou os melhores artistas e arquitetos de sua
época e projetou uma reconstrução completa da cidade de Roma e a construção de uma
nova Basílica sobre o túmulo de São Pedro que, no estilo grandioso do Renascimento,
viesse a se tornar a maior igreja do mundo.
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"Não foi por ambição,
nem por desejo de glória
ou de afirmar nosso nome
que iniciamos todas estas construções",
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disse Nicolau V aos cardeais em seu leito de morte, exortando-os a seguirem pelo
caminho já iniciado,
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"mas para incremento da autoridade
da Sé Apostólica,
e para que no futuro os Papas
não fossem mais caçados,
aprisionados, cercados ou oprimidos
de muitas outras maneiras".
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A estas palavras de Nicolau V o historiador Pastor acrescentou a seguinte observação:
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"Um homem que por testemunhos unânimes
era um inimigo declarado
de toda hipocrisia e fingimento
não poderia ter dito uma falsidade
justamente no seu leito de morte".
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