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Cuide o abade com toda a solicitude dos irmãos que caírem em faltas,
porque
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"não é para os sãos
que o médico é necessário,
mas para os que estão doentes".
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Por isso, como sábio médico, deve usar de todos os meios, enviar
`simpectas', isto é, irmãos mais velhos e sábios que, em
particular, consolem o irmão flutuante e o induzam a uma humilde
satisfação, o consolem
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"para que não seja absorvido
por demasiada tristeza",
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mas, como diz ainda o Apóstolo,
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"confirme-se a caridade para com ele",
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e rezem todos por ele.
O Abade deve pois empregar extraordinária solicitude e deve
empenhar-se com toda a sagacidade e indústria, para que não perca
alguma das ovelhas a si confiadas. Reconhecerá, pois, ter recebido
a cura das almas enfermas e não a tirania sobre as sãs; tema a
ameaça do Profeta, através da qual Deus nos diz:
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"O que víeis gordo assumíeis
e o que era fraco lançáveis fora".
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Imite o pio exemplo do bom pastor que, deixando as noventa e nove
ovelhas nos montes, saiu a procurar uma única ovelha que desgarrara,
de cuja fraqueza a tal ponto se compadeceu que se dignou colocá-la em
seus sagrados ombros e assim trazê-la de novo ao aprisco.
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