6. A natureza do Logos.

No que diz respeito à sua natureza, enquanto os outros seres são coisas feitas ou criaturas, o Logos é "gerado" de Deus, sua "criança" e "filho único":

"Antes de todas as criaturas",

diz ainda Justino,

"Deus gerou, no início, uma potência racional além de si mesmo".

Por esta geração, entretanto, Justino não se refere à origem última do Logos ou razão do Pai, o que ele não discute; mas sua emissão para os propósitos da criação e revelação.

Esta geração ou emissão não acarreta, porém, nenhuma separação entre o Pai e seu Filho. Nós observamos em muito a mesma coisa quando um fogo é acendido de outro: o fogo do qual é acendido não é diminuído, mas permanece o mesmo, enquanto que o fogo que é acendido dele é visto existir por si mesmo sem diminuir o fogo original.

Referências:

S. Justino: 2 Apol. 6,3;
Idem: Dial. 62,4; 61,1; 100,2; 125,3; 105,1; 61,2;
Idem:1 Apol. 21,1.