|
Já descrevemos como o processo havia começado.
Nos anos 300 DC o Imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano
para Constantinopla. Logo em seguida vieram as invasões bárbaras que tomaram conta
de toda a região ocidental do Império Romano. A parte oriental do Império Romano,
que depois viria a ser conhecida como Império Bizantino, perdeu completamente o
controle sobre toda a região ocidental do Império Romano. Não podendo fazer nada, o
Imperador em Constantinopla concedeu aos bárbaros o título de "auxiliares
perpétuos" do Imperador, título que, porém, para os reis bárbaros invasores nada
significava. Oficialmente, para Constantinopla, só havia um único Império Romano,
cujo governo da parte ocidental estava temporariamente comissionado aos reis
bárbaros. Mas de fato a situação era bem outra. Do ponto de vista dos fatos o Império
Romano agora só existia no Oriente.
Cerca de 400 anos depois do início das invasões bárbaras, o rei dos Francos, a tribo
bárbara que havia se estabelecido nas Gálias, tornou-se senhor de praticamente toda a
Europa Ocidental. Seu nome era Carlos Magno. Reconhecendo o fato consumado, na
noite de Natal do ano 800 DC o Papa Leão III coroou Carlos Magno Imperador dos
Romanos. A partir daí o Império Romano passou a estar oficialmente dividido em dois
Impérios, o Carolíngeo e o Bizantino.
Após a morte de Carlos Magno seus domínios se dividiram em três, dos quais apenas
dois prosperaram, a França a oeste e a Germânia a leste, esta última pouco depois
tendo vindo a se transformar no Sacro Império Romano Germânico.
Foi então que se iniciou o feudalismo.
|
|