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Como o mundo contingente não podia suportar o impacto direto da ação
do Pai, este usou o Filho ou Verbo como um seu órgão de criação
e atividade cósmica.
Em relação à natureza deste Verbo, Ário colocou o seguinte:
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A. O Verbo é uma criatura.
B. Como criatura, o Verbo teve um início.
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De fato, acerca do Verbo Ário afirmou que
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"embora nascido fora do tempo,
antes de sua geração Ele não existia".
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A posição segundo a qual o Verbo seria co-eterno com o Pai parecia
para Ário que implicaria na existência de
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"dois princípios auto existentes",
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o que significaria a destruição do monoteísmo.
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C. O Filho não tem comunhão nem conhecimento direto de seu Pai.
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Embora o Filho seja o Verbo e a Sabedoria de Deus, Ele é
distinto daquele Verbo e daquela Sabedoria que pertencem à própria
essência de Deus. O Filho é uma criatura pura e simples, e
somente possui estes títulos porque Ele participa no Verbo e
Sabedoria essenciais.
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D. O Filho é sujeito à mudança e até ao pecado.
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Um dos arianos, em uma conferência, surpreendido por uma questão
súbita, admitiu que o Filho poderia ter caído como o demônio
caíu, e isto era o que eles em seus corações acreditavam. Sua
doutrina oficial, entretanto, foi uma modificação desta afirmação
no sentido de que, enquanto a natureza do Filho em princípio estaria
sujeita ao pecado, Deus em sua previdência previu que Ele
permaneceria virtuoso por sua própria e firme resolução.
Referências:
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Santo Atanásio : Contra Arianos 2,24; 1,5; 2,37;
Idem : De Decret. 8;
Idem : Epistola ad Alex. in op. De Synodis.
Alexandre : Epistola Encyc. 10.
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