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São Gregório de Nissa ensina que o Espírito Santo é de Deus e
é de Cristo; Ele procede do Pai e recebe do Filho; o Espírito
não pode ser separado do Verbo. Daqui para a colocação de uma
dupla processão do Espírito Santo é apenas um pequeno passo.
De acordo com S. Gregório Nisseno, as três Pessoas devem ser
distingüidas pela sua origem, o Pai sendo causa, e os outros dois
causados. As duas Pessoas que são causadas podem ser posteriormente
distingüidas porque o Filho é diretamente gerado pelo Pai, enquanto
que o Espírito Santo procede do Pai através de um intermediário.
É evidente que a doutrina de São Gregório é que o Filho atua como
um agente em subordinação ao Pai que é a fonte da Trindade, na
processão do Espírito Santo. Após São Gregório de Nissa a
doutrina regular da Igreja Oriental será que o Espírito Santo
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"procede do Pai
através do Filho".
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Mais de um século antes Orígenes, baseando-se no princípio do
Evangelho de São João que afirma que
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"No princípio era o Verbo...
todas as coisas foram feitas
por meio dEle
e sem Ele
coisa alguma foi feita de quanto existe",
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ensinou que o Espírito Santo deve ser incluído entre as coisas que
vieram à existência através do Verbo. Entretanto, do modo como
foi colocada pelos Padres Capadócios, a idéia da dupla processão
do Espírito Santo do Pai através do Filho perde todo o traço de
subordinacionismo, pois sua exposição é um reconhecimento sincero da
consubstancialidade do Espírito Santo.
Referências:
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S. Gregório Nisseno : Contra Macedones 2; 10; 12; 24;
Idem : Quod non sint, final.
Origenes : In Johan. 2, 10, 75.
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