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Entretanto, quando os primeiros cristãos
penetraram no mundo pagão encontraram uma cultura que
aceitava não apenas o aborto mas até mesmo o infanticídio.
Sob a lei romana isto se devia à autoridade absoluta que era
dada aos pais sobre os seus filhos. As crianças pertenciam
aos pais quase como se fossem objetos de sua propriedade.
Entre os gregos o indivíduo estava fortemente subordinado ao
bem estar da comunidade de tal maneira que o aborto e o
infanticídio podiam ser aceitos como meios de se controlar a
qualidade da população.
A posição dos pagãos em relação ao aborto era
muito variável. Nem a lei romana nem a comunidade grega
reconheciam os homens como pessoas portadoras de
incomensurável e inalienável dignidade apenas por terem
natureza humana. Alguns pagãos colocaram objeções ao aborto,
especialmente quando era praticado por meras razões de
conveniência ou de vaidade feminina. Embora no juramento
hipocrático, que delineava o ideal da prática médica,
estivesse incluída uma rejeição absoluta ao aborto, não
obstante isto, entretanto, a aborto e o infanticídio estavam
largamente disseminados.
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