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Só faltava obter a renúncia do Papa francês para que se procedesse à eleição do
próximo Papa sobre o qual não pudesse pairar dúvida alguma em quem quer que fosse
quanto à sua legitimidade.
O Imperador do Sacro Império Romano Germânico dirigiu-se em pessoa, juntamente
com uma delegação do Concílio, ao Papa de Avinhão, para expor a situação e pedir a
sua renúncia.
O Papa de Avinhão, porém, insensível, no dizer do historiador Agostino Favale, à
chance que se lhe oferecia de recompor a Igreja dividida com apenas um ato de sua
vontade, não queria renunciar.
As discussões se prolongaram durante dois anos, durante os quais se abriu um longo
processo e o pseudo Papa foi perdendo gradualmente a obediência de todos os que o
cercavam até ter como súditos apenas um pequeníssimo punhado de pessoas refugiadas
juntamente com ele em um castelo na Espanha próximo a Valença.
Dois anos e meio depois da renúncia de Gregório XII, finalmente, o Concílio de
Constança elegeu Papa a Martinho V, recompondo com ele a unidade da Igreja.
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