NOTAS`

[1] Cf. J. N. Hillgarth, Ramon Llull i el naixement del Lul.lisme, Curial Edicions Catalanes, Publicacions de l'Abadia de Montserrat, 1998, p. 74. Trata-se da versão catalã, revisada e atualizada, do livro em inglês Ramon Lull and Lullism in Fourteenth-Century France (1971), que desde a sua aparição se tornou um marco indispensável para os estudos lulianos da modernidade. Nesta obra será baseada a maior parte deste trabalho.

[2] Na Petitio dirigida ao Concílio, Lúlio solicitou que se fundassem três escolas (studia) de línguas orientais — em Roma, Paris e Toledo —, para alunos destinados a serem missionários nas terras pagãs; pediu também a unificação das ordens militares, a promoção de uma cruzada e a eliminação do averroísmo. O Concílio aprovou a cruzada, transferiu os bens dos Templários à Ordem do Hospital e, no seu Cânon XI, ordenou que em cinco lugares, e não em três, como especificava a Petitio — nas universidades de Paris, Oxford, Bolonha, Salamanca e na Cúria Romana —, “dois católicos ensinassem o hebreu, dois o árabe e dois o siríaco”, e que fossem traduzidas ao latim algumas obras escritas nessas línguas. Cf. Hillgarth, op. cit., p. 157.

[3] A Vita coaetanea, cujo texto original é latino, parece que foi ditada por Lúlio a um monge da cartuxa de Vauvert, em Paris no ano de 1311. Embora contenha sérias lacunas com relação a alguns períodos da vida de Lúlio, a data em que foi escrita lhe confere grande autoridade.

[4] Cf. Hillgarth, op. cit., pp. 75-76.

[5] Sobre o desastre de São João de Acre e outros temas orientais, cf. Jordi Gayà, Ramon Llull en Oriente (1301): circunstancias de un viaje, SL 37(1997), pp. 25-78.

[6] Cf. Hillgarth, op. cit., p. 112, n.138.

[7] id. id., p. 113.

[8] id. id., pp. 91-93.

[9] Cf. Continuatio Weichardi de Polheim, citado em Jordi Gayà, op. cit., pp. 53-54.

[10] Cf. Hillgarth, op. cit., p. 94.

[11] id. id., p. 105.

[12] Cf. Miquel Batllori, Ramon Llull i el Lul.lisme, Obra completa, vol. II, Biblioteca d'estudis i investigacions, València, 1993, p. 354.

[13] “Raimundus... proposuit venire ad nobilissimum virtuosissimum dominum Fredericum, regem Trinacriae, ut ipse, cum sit fons devotionis, ordinet cum altissimo et potentissimo rege Tunicii, quod christiani bene litterati et lingua arabica habituati vadant Tunicium ad ostendendum veritatem de fide, et quod saraceni bene litterati veniant ad regnum Siciliae disputatum cum sapientibus christianis de fide eorum.... Et forte per talem modum posset esse pax inter christianos et saracenos, habendo talem modum per universum mundum, non quod christiani vadant ad destruendum saracenos nec saraceni christianos.” ROL 16, p. 246, citado por Hillgarth, op. cit., p. 159 e n. 351.

[14] Cf. Hillgarth, op. cit., p. 163 n. 369.

[15] Cf. Patrologia Latina de Migne, tomo 183, col. 129-132. Sermão das quatro solenidades seguidas: Natividade e Santos Estêvão, João e Inocentes. Citado por José Pedro Galvão de Sousa, Santa Luzia, virgem e mártir, Presença, Rio de Janeiro, 1987, p. 8.

[16] Cf. Leonardo Polo, El ser. La existencia extramental, Eunsa, Pamplona, 1997, pp. 98-109.

[17] Cf. Hillgarth, op. cit., p.249.

[18] “Subiectum autem huius libri est intelligibile, in quantum potest a perversione innaturali removeri. Quapropter facimus istum librum ad probandum, quod id, quod est intelligibile, est verum, et e converso; et quod id, quod non est intelligibile, non est verum, et e converso, ut removeamus entis innaturalem perversionem, ponendo, quod nullum ens naturalis est perversum.” Liber de perversione entis removenda, ROL V, p. 474.

[19] Essa concepção pode ter-se originado com Filipe, Chanceler da Universidade de Paris, de 1218 a 1230. Foi ele que formulou o teorema do sobrenatural, que consistia em duas categorias de realidades com entidades distintas: por um lado, a ordem da graça, da fé e da caridade; por outro, a ordem da natureza, da razão e do amor natural a Deus.

[20] Citado por Hillgarth, op. cit., p. 143 e n. 282.

[21]“Et sic reprehendus es, et ignoras, et fingis te esse inteligentem vere, ut supra dictum est. Etiam dico, quod implicas contradictionem, quoniam si vere intelligis et philosophice, quod fides catholica est impossibilis, necessarium est quod sit impossibilis; ergo non oportet, quod tu credas, quod sit vera. Et sinon credis, non es catholicus neque christianus.” Cf. Disputatio Raimundi et averroistae, ROL VII, p. 12.

[22] Cf. Lulle face aux Averroïstes parisiens, Ruedi Imbach, Cahiers de Fanjeaux, 22, pp. 261-282.

[23] Cf. Breviculum, ROL, SL, p.182.

[24] Cf. Helmut Riedlinger, ROL V, Introductio Generalis, pp.133-134.