|
Mostramos, até aqui, a importância que as Escrituras conferem à
virtude da fé, que é a ela que se atribui o recebimento da graça do
Espírito Santo, e explicamos o que é a fé, considerada em sua
essência.
Quando um centurião romano veio pedir a Cristo que lhe curasse um de
seus servos, Jesus, vendo a sua fé, lhe respondeu:
|
"Em verdade eu vos digo,
que não encontrei ninguém em Israel
com tão grande fé.
Vai, faça-se segundo a tua fé".
|
|
Cristo poderia ter curado o servo independentemente da fé do
centurião; mas na vida espiritual, de que este milagre é um
símbolo, a restauração do homem, a obra que Cristo efetivamente
tomou sobre si e que veio tornar possível, não se realiza senão
segundo a sua fé. Vítima, no dizer de Santo Antão,
|
"juntamente com toda a família humana,
de uma chaga profunda
que infecciona e aumenta
prodigiosamente",
|
|
para que a fé possa trazer ao homem aquele nascimento e crescimento
espiritual que num texto anterior atribuímos à graça do Espírito
Santo, é necessário que esta fé, sem a qual, dizem as
Escrituras,
|
"não é possível agradar a Deus",
|
|
se revista de certas condições de que ainda não tratamos. Estas
condições podem ser vistas como sinais pelos quais o homem que busca
crescer na fé pode fazer uso para examinar seu progresso nesta
virtude. Destas condições, as três primeiras são qualidades
inerentes à virtude da fé. São elas a firmeza, a constância e a
pureza, de que trataremos em seguida.
|
|