VII. EM LISBOA - DECISÃO DE S. INÁCIO - SUBMISSÃO E ALEGRIA DE XAVIER

A primeira cadeira de teologia, na Universidade de Coimbra, era ocupada por um sábio professor de tão grande reputação, que perdera no público o seu nome de família, e só era conhecido em todo Portugal pelo do país em que nascera: chamavam-lhe o doutor Navarro [24]. Estudara na França, em Cahors, e depois na Universidade de Tolosa, onde recebeu os seus graus e em seguida exerceu o professorado com brilhante distinção. Daquela cadeira havia ele sido chamado para a primeira de Coimbra; porém conservava uma constante recordação de reconhecimento pela França, confessando que tudo quanto sabia o havia adquirido em Tolosa.

Esta cidade devia orgulhar-se, porque o doutor Navarro, tão recomendável pela sua elevada piedade e grandes virtudes, como pela sua ciência e pelas obras que deixou, era irmão de D. Maria, a piedosa e veneranda castelã de Xavier e portanto tio materno do nosso Santo.

D. Martinho de Azpilcueta soubera da chegada de seu sobrinho a Lisboa, assim como da reputação de santidade que adquirira na corte e na cidade, e as bênçãos que Deus se dignava derramar sobre o seu ministério. Satisfeito com estas notícias, o doutor Navarro escreveu a Xavier pedindo-lhe que viesse a Coimbra e não recusasse esta consolação ao único irmão de sua mãe.

Xavier testemunhou a D. Martinho o seu reconhecimento pela afeição que lhe exprimia na carta que recebera e lhe respondeu que não podia abandonar os seus trabalhos apostólicos; que ele o tornaria a ver no Céu donde não se separariam jamais.

D. Martinho, convencido de que as suas instâncias não influiriam em seu sobrinho, escreveu ao rei rogando-lhe que ordenasse a Xavier que fizesse uma viagem a Coimbra, donde ele não podia sair por aqueles tempos; oferecia-se, para obter aquele favor, a dar duas lições a mais, sem aumento de honorários, uma de Direito Canônico, outra de Teologia mística, e comprometia-se até a acompanhar seu sobrinho às Índias, a fim de ali se dedicar com ele à conversão dos infiéis.

Xavier, pelo seu lado, conjurou o rei para que lhe não desse uma ordem com a qual a sua consciência se assustava, e o príncipe, desejando ser-lhe agradável, respondeu negativamente.

Francisco Xavier escreveu então a seu tio convencendo-o a que não pensasse na viagem às Índias, cujas fadigas e trabalhos a sua, avançada idade não poderia suportar.

"Eu teria acabado ali os meus dias, diz D. Martinho no seu Manual, se Xavier, por causa da minha idade, me não tivesse julgado incapaz de suportar as grandes fadigas da sua missão, e se ele me não tivesse pedido, na sua partida, que me consolasse da sua ausência coxas a esperança de nos vermos no Céu".

Este santo Padre, cônego regular de Santo Agostinho, era venerado pela sua piedade, suas mortificações e sua grande caridade. Morreu em Roma, na idade de 8 5 anos, e foi enterrado na igreja de Santo Antônio dos portugueses, no Campo de Marte.

Santo Inácio de Loiola havia comunicado ao Papa a resolução do rei de Portugal com respeito aos dois missionários, e o Papa deixara ao rei a liberdade de dispor dum e doutro como julgasse mais conveniente para a glória de Deus.

Inácio escreveu então a Xavier pedindo-lhe que obedecesse às ordens do rei como vindas de Deus e se conservasse em Portugal.

Humilhou-se profundamente o nosso Santo com a leitura daquela carta. Até então esperava que Deus faria resolver de outro modo o seu querido superior; hoje reconhecia que era julgado indigno do grande apostolado que desde tão longo tempo era o objecto.de seus votos; submeteu-se, pois, e redobrou de zelo nos trabalhos do seu ministério em Lisboa.

Poucos dias depois, D. Pedro de Mascarenhas veio procurá-lo, e lhe disse

- Caro Padre Francisco, as vossas malas estão feitas?

- Sempre o estão, senhor; para onde devo ir? Estou pronto a obedecer às ordens de Sua Alteza.

- Muito bem! meu Padre, preparai-vos para uma grande missão!

- Eis-me aqui, senhor.

- Às Índias! meu caro Padre, às Índias!

- Às Índias, senhor?... Eu?

Vós, sim, Padre Francisco Xavier! O rei faz-vos embarcar com D. Martim Afonso de Sousa!...

Xavier ficou satisfeitíssimo; lágrimas de alegria e reconhecimento inundavam o seu rosto, que naquele momento tinha uma expressão mais celeste ainda que de ordinário. Abraçou D. Pedro com enternecimento, e D. Pedro, cheio de admiração por um tão grande zelo e dedicação, agradecia a Deus, no íntimo da sua alma, por conceder às Índias um apóstolo de tamanho valor e de uma santidade tão eminente.

Xavier não lhe perguntou absolutamente nada sobre aquela mudança nas intenções do rei. Ele ia evangelizar os idólatras, partia para as missões mais longínquas e mais perigosas; o seu zelo pela glória de Deus não via outra coisa, não tinha outro fim, e ele julgava-se portanto completamente feliz:

- Não me perguntais, meu Padre, como foi que o rei tomasse uma resolução tão contrária aos seus desejos? disse-lhe D. Pedro.

- Basta-me, senhor, saber que Deus tenha manifestado a sua vontade. Sou tão feliz em partir para as Índias!

- "Eu quero, porém, que vós saibais tudo; estou mesmo encarregado de vo-lo dizer.

O Padre Inácio escreveu-me encarregando-me de propor ao rei a deixar ficar o Padre Rodrigues em Portugal e a enviar-vos para as Índias. Quando o rei leu a carta do Padre Inácio, viu nela uma ordem de Deus, e fez o sacrifício que lhe. era pedido.

Eis aqui, pois, meu caro Padre, o que ocorreu e que fez com que eu pudesse trazer-vos uma nova que vos torna feliz e nos aflige, conquanto rendamos graças a Deus por dar às Índias um apóstolo do vosso mérito.

Embarcareis a 7 de Maio próximo com o vice-rei".

Xavier, exultando de felicidade, escreveu imediatamente ao Pai da sua alma, como ele chamava a Santo Inácio, e alguns dias antes do seu embarque dirigiu uma longa carta à Companhia de Jesus em Roma, com o fim de lhe dar conta do seu apostolado em Portugal, das suas esperanças no das Índias e dos sentimentos que ocupavam completamente a sua grande e bela alma.

Esta carta faz conhecer tão exuberantemente a ternura de coração, a extrema humildade e ardente zelo do nosso Santo, que não nos podemos dispensar de a transcrever:

Lisboa, 19 de Março de 1541

"Que a graça e o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo sejam sempre conosco. Amen.

As mais satisfatórias notícias da mais carinhosa das mães não dão, por certo, maior alegria ao coração de seus filhos, do que eu experimentei pelas que de vós recebi e que me deram conhecimento do progressivo engrandecimento da nossa Companhia. Atualmente estou ao facto das vossas santas ocupações, dos vossos projetos de estabelecimentos espirituais e materiais, tanto no presente, como no futuro; vejo que dispondes as coisas de-tal maneira que os nossos sucessores, providos de tudo que lhes será necessário para trabalhar no engrandecimento do reino de Deus, possam conseguir o fim para o qual nos dirigimos, confiando tão somente n'Ele. Ah! possa eu, ainda que ausente em corpo, porém mais presente que nunca, possa eu, imitar-vos na vida em que me fazem entrar para o seu serviço.

Sua Alteza aprova manifestamente o nosso modo de viver e de exercer o santo ministério, especialmente depois que a experiência lhe mostrou os frutos que se podem colher para o futuro, se conseguir aumentar o número de obreiros. É disto que lhe veio o desejo de estabelecer um colégio que seja ao mesmo tempo uma casa da Companhia de Jesus. Três dos nossos conservam-se em Lisboa: o padre-mestre Simão, padre-mestre Gonzáles e um outro padre sábio canonista.

Isto não se limita a um simples projecto da parte do rei; é um plano já resolvido. Cada vez que vemos Sua Alteza, ele fala-nos desta determinação, para a qual nenhum dos nossos amigos, nem nós o induzimos: Foi por sua própria iniciativa que o rei se decidiu a fundar esses colégios, e que escolheu Évora para o primeiro. Além disto, todos os ias se apresentam novos indivíduos que pedem para se nos reunirem.

Eu creio que o rei pedirá a Sua Santidade um ou dois membros da nossa Companhia para auxiliar o padre-mestre Simão. A benevolência deste soberano pela nossa Sociedade, exige de nós um grande reconhecimento! Este excelente príncipe deseja o engrandecimento da nossa Companhia tanto quanto nós próprios o desejamos, e unicamente pelo amor do bem, e pelo seu zelo da propagação da fé.

Assim, devemos-lhe um inteiro agradecimento, em nome de Deus, como único meio de podermos corresponder á sua perfeita benevolência; porque ele não se limita somente a conceder-nos um destino, provê a todas as nossas necessidades, escrupulosa e liberalmente.

Se não reconhecêssemos, pois, tais obséquios nas nossas orações quotidianas e no santo sacrifício da Missa, se não nos esforçássemos quanto em nossas poucas forças cabe, em corresponder aos benefícios daqueles que secundam assim o nosso zelo para a glória de Deus, seríamos culpáveis da mais odiosa ingratidão! Se nunca conseguíssemos que o nosso agradecimento estivesse a par das obrigações que devemos ao rei de Portugal, nosso protetor, seríamos indignos de viver!

...Paulo [25], um Português [26] e eu, embarcamos nesta semana para as Índias, cheios de esperanças de aí conseguirmos a mais rica colheita para a Igreja. O testemunho de homens eminentes e honrados, que por longos tempos habitaram as Índias, não nos deixa dúvida alguma sobre a disposição favorável daqueles povos em receber a luz do Evangelho.

Cumulados dos favores de Sua Alteza, partimos com o vice-rei das Índias, a quem ele rios há recomendado com grande interesse; embarcamos no mesmo navio que ele.

O senhor D. Martim Afonso de Sousa tem por nós uma tal afeição, que reserva para si - o cuidado de prover a todas as nossas necessidades durante a viagem. Quer absolutamente que nós comamos á sua mesa; digo isto, não para nos gabarmos duma honra da qual seguramente poderíamos ficar dispensados; mas para vos dar idéia do apoio e recursos que esperamos encontrar na afeição daquele grande dignitário, na empresa que vamos encetar com tanto ardor: a conversão dos pobres infiéis.

Regozijai-vos, pois, conosco, no vosso zelo pela maior glória de Deus, e felicitai-nos pela felicidade que nos é dada, de ir levar o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo ante os reis das nações que vêem e reconhecem já a autoridade do rei de Portugal, na pessoa do seu representante.

As nossas esperanças apoiam-se também no conhecimento que temos de D. Martinho de Sousa que chegará conosco cercado da consideração que adquiriu pelos seus vastos merecimentos e sua longa experiência nos negócios do país, onde permaneceu por muitos anos, e onde deixou uma grande reputação.

E aqui, os próprios cortesãos, cujas disposições vós conheceis, e que são geralmente pouco benévolos a favor dos grandes dignitários, concordam em reconhecer nele a integridade e a lealdade por excelência. Muitos asseguram até que ele é esperado pelos índios com tanto empenho como pelos Portugueses.

O vice-rei dizia-me, há três dias, numa conversa íntima, que nas Índias Portuguesas existe uma ilha povoada de pagãos, onde nem os judeus nem os muçulmanos jamais penetraram, e onde julga que o Evangelho fará rápidos e duráveis progressos. Disse-me mais que o resultado das suas observações lhe fazem esperar que o rei, e a seu exemplo toda a nação, estará disposta a abraçar a religião cristã.

Os homens prudentes que nos cercam julgam muito prováveis os nossos sucessos, a regular pela nossa maneira de viver e aquela com que exercemos o nosso ministério. ,

Quanto a nós, não obstante os sentimentos da nossa pobreza, da nossa incapacidade, sem confiarmos em vãs conjecturas nem em vãos desejos, estamos cheios de esperanças que o Senhor, que nos envia para aqueles povos, até aqui privados de todos os meios de salvação, terá piedade da sua triste cegueira e se dignará aprovar e abençoar o ministério dos seus fracos e inúteis servos. Para pôr inteiramente a nossa alma a descoberto perante vós, dir-vos-ei que é unicamente em Deus que se deposita a nossa confiança numa tal empresa. É Ele somente que nos anima e nos dá coragem. Esperamos que os nossos esforços, excitados pelo nosso amor por Deus, pela nossa dedicação ao seu serviço, com o único fim de lhe agradar e de trabalhar pela sua glória, serão coroados dos mais felizes resultados, e que conseguiremos arrancar, aqueles desgraçados povos do império das trevas, levando-os ao conhecimento do verdadeiro Deus e da verdadeira religião.

Ah! nós vos rogamos, pelos laços sagrados que unem nossas almas, que nos escrevais depressa, extensamente e todas as vezes que puderdes! Vossas cartas nos chegarão pelas embarcações que sairão de Lisboa nos meses de Março. Pedimos; suplicamos que nos escrevais, pormenorizadamente, as precauções que temos a guardar e a conduta que temos a seguir entre os infiéis.

Conquanto não duvidemos dos socorros que a experiência nos fornecerá, nem por isso careceremos menos das vossas advertências e dos vossos conselhos, para conhecer a vontade de Deus na direção da nossa empresa, porque nos achamos bem persuadidos que o Senhor vos inspirará o que tivermos de fazer, assim como o modo como nos devemos dirigir, e que continuará a servir-se dos intérpretes que até hoje nos tem manifestado os seus desígnios e a sua vontade a nossa respeito.

A principal causa dos meus instantes rogos, é o temor de partilhar o perigo que correm aqueles que, cheios de confiança nas suas próprias luzes, e não considerando nem os tempos nem os lugares, e nem mesmo a sua posição pessoal, recusam consultar os sábios e aceitar os seus conselhos. Privam-se, por este modo, das graças e das luzes que Deus tivesse de lhes conceder, se reprimindo o seu orgulho ante a sua ignorância e sua incapacidade tivessem recorrido aos conselhos daqueles por quem Deus costuma manifestar a sua vontade no serviço que de nós exige.

Nós vos suplicamos, pois, vos conjuramos em nome do Senhor, e pelos laços que nos unem estreitamente em Jesus Cristo, que sejais exato, frequente e minucioso nas instruções e nas ordens que nos derdes, a fim de sabermos com precisão o que devemos fazer ou evitar. Desejamos ardentemente trabalhar pela salvação das almas, conformando-nos com a vontade de Deus, e estamos seguros de reconhecer essa divina vontade nas ordens e nos conselhos que recebermos de vós.

Vossas orações auxiliarão a nossa incapacidade na execução do que julgardes bom indicar-nos.

Uma longa viagem e o contacto habitual de pagãos infectados de todos os vícios, vão expor as nossas poucas forças e a nossa inexperiência a perigos tão horrorosos que deveríamos temer e recuar, se não conhecêssemos que nesta luta seremos auxiliados por uma abundância de socorros proporcionados às necessidades.

Das Índias vos escreveremos pelos primeiros navios que de lá partirem; as nossas cartas serão extensas e minuciosas, e vos enviaremos sempre cópias das que escrevermos ao rei de Portugal.

Este excelente príncipe recomendou-nos na nossa última audiência, em nome de Deus e do nosso amor pelo seu santo nome, que lhe mandássemos notícias exatas e minuciosas das disposições dos povos infiéis para receberem o Evangelho.

Lamentando sentidamente a triste ignorância daqueles povos, nos exprimiu o seu ardente desejo de ver cessadas as ofensas que Deus recebe, todos os dias, de tantas criaturas que são obra sua e que redimiu por tão alto preço. Tal é o zelo do rei pela glória de Deus e pela salvação das almas; sinto-me por tal modo satisfeito que rendo continuamente ações de graças ao Céu, por me ter feito conhecer um príncipe que no meio de tão grande poder de que dispõe, se mostra tão penetrado das coisas divinas. Se eu o não conhecesse pessoalmente e de tão perto, duvidaria em crer que no caminho das grandezas, por entre a agitação duma grande corte, possa encontrar-se um coração tão esclarecido e tão cheio de caridade. Deus vela em aumentar nele aqueles tão preciosos dons e em ajuntar-lhes anos sobre anos de vida, pois que os emprega tão bem e tão útil se torna ao seu povo.

A sua corte pode ser comparada a uma comunidade regular. É tão considerável o número das pessoas que em todas as semanas recebem os sacramentos, que nós a todo o momento agradecemos a Deus e o louvamos.

Vemo-nos tão ocupados no tribunal da penitência, que quando mesmo nos duplicássemos não teríamos um momento de descanso, porque este trabalho nos absorve todo o dia e uma parte da noite, não obstante confessarmos somente as pessoas da corte.

Recordo-me neste momento da admiração que manifestaram a este respeito todos os estrangeiros que cercavam o rei durante a sua última residência em Almeirim. Aquele espetáculo no meio duma tão grande e ostentosa corte era para eles a coisa mais surpreendente.

A vista daquele tão grande número de cortesãos que se chega à Sagrada Mesa, todos os domingos e em todas as festas com tanta contrição e recolhimento, causou-lhes uma tal admiração, que bem depressa, arrastados pelo exemplo, muitos quiseram imitá-los.

Se o número dos confessores fosse proporcionado ao grande número de indivíduos de que se compõe a corte, bem poucas pessoas compareceriam em presença de Sua Alteza antes de ter posto em ordem a sua consciência; porque muitos desejam fazê-lo e não o podem conseguir por nos faltar tempo. Por isso, eu vos repito poupamo-nos tão pouco, que o confessionário absorve todos os instantes que poderíamos empregar na pregação. Julgo dever preferir a confissão à pregação, não só por ser mais conforme com as regras do nosso Instituto, mas também porque abundam aqui bons pregadores, ao passo que são raros os bons confessores. Nestas circunstâncias julgamos mais conveniente deixar o púlpito para ocupar o confessionário.

Depois de todos estes pormenores, e no momento de embarcarmos, só nos resta dizer-vos uma coisa: é que dirigimos a Deus as mais fervorosas orações para que se digne reunir-nos a vós, de quem não nos separamos senão por Ele e para Ele.

A distância que vai interpôr-se entre nós é imensa; os trabalhos que nos esperam vão absorver as nossas faculdades, e não permitirão que cumpramos o desejo de correr a novas conquistas e obter colheitas mais abundantes.

É bem difícil esperar que nos tornemos a ver mais nesta vida! Qualquer, pois, de entre nós que for o primeiro a entrar na vida eterna e não encontrar ali o irmão que ama em Nosso Senhor não esqueça de rogar por ele a Jesus Cristo nosso Rei, a fim de que o associe um dia à sua glória, assim como a nós todos.

Adeus para todos os meus amigos em Jesus Cristo!

Francisco Xavier".