|
[1] Na minha primeira encíclica, a Redemptor
hominis, já tinha escrito: «Tornámo-nos
participantes de tal missão de Cristo profeta, e, em
virtude desta mesma missão e juntamente com Ele,
servimos a verdade divina na Igreja. A responsabilidade
por esta verdade implica também amá-la e procurar obter
a sua mais exacta compreensão, a fim de a tornarmos mais
próxima de nós mesmos e dos outros, com toda a sua
força salvífica, com o seu esplendor, com a sua
profundidade e simultaneamente a sua simplicidade» [N.
19: AAS 71 (1979), 306].
[2] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. past.
sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et spes,
16.
[3] Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium,
25.
[4] N. 4: AAS 85 (1993), 1136.
[5] Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre
a revelação divina Dei Verbum, 2.
[6] Cf. Const. dogm. sobre a fé católica Dei
Filius, III: DS 3008.
[7] Ibid., IV: DS 3015; citado também em
Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. sobre a
Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et spes, 59.
[8] Const. dogm. sobre a revelação divina Dei
Verbum, 2.
[9] João Paulo II, Carta ap. Tertio millennio
adveniente (10 de Novembro de 1994), 10:
AAS 87 (1995), 11.
[10] N. 4.
[11] N. 8.
[12] N. 22.
[13] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const.
dogm. sobre a revelação divina Dei Verbum, 4.
[14] Ibid., 5.
[15] O Concílio Vaticano I, ao qual se refere a
sentença anteriormente citada, ensina que a obediência
da fé exige o empenhamento da inteligência e da vontade:
«Dado que o homem depende totalmente de Deus, enquanto
seu Criador e Senhor, e a razão criada está submetida
completamente à verdade incriada, somos obrigados,
quando Deus Se revela, a prestar-Lhe, mediante a
fé, a plena submissão da nossa inteligência e da nossa
vontade» [Const. dogm. sobre a fé católica Dei
Filius, III: DS 3008].
[16] Sequência, na Solenidade do Santíssimo
Corpo e Sangue de Cristo.
[17] Pensées (ed. L. Brunschvicg), 789.
[18] Conc. Ecum. Vat. II, Const. past.
sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et spes,
22.
[19] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const.
dogm. sobre a revelação divina Dei Verbum, 2.
[20] Proémio e nn. 1 e 15: PL 158,
223-224.226.235.
[21] De vera religione, XXXIX, 72: CCL
32, 234.
[22] «Ut te semper desiderando quærerent et
inveniendo quiescerent»: Missale Romanum.
[23] Aristóteles, Metafísica, I, 1.
[24] Confessiones, X, 23, 33: CCL
27,173.
[25] N. 34: AAS 85 (1993), 1161.
[26] Cf. João Paulo II, Carta ap. Salvifici
doloris (11 de Fevereiro de 1984), 9: AAS
76 (1984), 209-210.
[27] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Decl. sobre
a relação da Igreja com as religiões não-cristãs
Nostra ætate, 2.
[28] Desenvolvo, há muito tempo, esta
argumentação, tendo-a expresso em diversas ocasiões:
«"Quem é o homem, e para que serve? E que bem ou
que mal pode ele fazer?" (Sir 18, 8) (...)
Estas perguntas estão no coração de cada homem, como
bem demonstra o génio poético de todos os tempos e de
todos os povos, que, quase como profecia da humanidade,
repropõe continuamente a séria pergunta que torna o homem
verdadeiramente tal. Exprimem a urgência de encontrar um
porquê da existência, de todos os seus instantes, tanto
das suas etapas salientes e decisivas como dos seus
momentos mais comuns. Em tais perguntas, é testemunhada
a razão profunda da existência humana, pois nelas a
inteligência e a vontade do homem são solicitadas a
procurar livremente a solução capaz de oferecer um
sentido pleno à vida. Estes interrogativos, portanto,
constituem a expressão mais elevada da natureza do homem;
por conseguinte, a resposta a eles mede a profundidade do
seu empenho na própria existência. Em particular,
quando o porquê das coisas é procurado a fundo em busca
da resposta última e mais exauriente, então a razão
humana atinge o seu vértice e abre-se à religiosidade.
De facto, a religiosidade representa a expressão mais
elevada da pessoa humana, porque é o ápice da sua
natureza racional. Brota da profunda aspiração do homem
à verdade, e está na base da busca livre e pessoal que
ele faz do divino» [Alocução da Audiência Geral de
quarta-feira, 19 de Outubro de 1983, 1-2:
L'Osservatore Romano (ed. portuguesa, de 23 de
Outubro de 1983), 12].
[29] «[Galileu] declarou explicitamente que as
duas verdades, de fé e de ciência, não podem nunca
contradizer-se, "procedendo igualmente do Verbo divino
a Escritura santa e a natureza, a primeira como ditada
pelo Espírito Santo, a segunda como executora
fidelíssima das ordens de Deus", segundo ele escreveu
na sua carta ao Padre Benedetto Castelli, a 21 de
Dezembro de 1613. O Concílio Vaticano II não
se exprime diferentemente; retoma mesmo expressões
semelhantes, quando ensina: "A investigação metódica
em todos os campos do saber, quando levada a cabo
(...) segundo as normas morais, nunca será realmente
oposta à fé, já que as realidades profanas e as da fé
têm origem no mesmo Deus" (Gaudium et spes, 36).
Galileu manifesta, na sua investigação científica, a
presença do Criador que o estimula, que Se antecipa às
suas intuições e as ajuda, operando no mais profundo do
seu espírito» [João Paulo II, Discurso à
Pontifícia Academia das Ciências, a 10 de Novembro
de 1979: L'Osservatore Romano (ed. portuguesa,
de 25 de Novembro de 1979), 6].
[30] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const.
dogm. sobre a revelação divina Dei Verbum, 4.
[31] Orígenes, Contra Celso 3, 55: SC
136, 130.
[32] Diálogo com Trifão, 8, 1: PG 6,
492.
[33] Stromata I, 18, 90, 1: SC 30,
115.
[34] Cf. ibid. I, 16, 80, 5: SC 30,
108.
[35] Cf. ibid. I, 5, 28, 1: SC 30,
65.
[36] Ibid., VI, 7, 55, 1-2: PG 9,
277.
[37] Ibid., I, 20, 100, 1: SC 30,
124.
[38] Santo Agostinho, Confessiones VI, 5, 7:
CCL 27, 77-78.
[39] Cf. ibid. VII, 9, 13-14: CCL
27, 101-102.
[40] «Quid ergo Athenis et Hierosolymis? Quid
academiæ et ecclesiæ?» [De præscriptione
hereticorum, VII, 9: SC 46, 98].
[41] Cf. Congr. da Educação Católica,
Instr. sobre o estudo dos Padres da Igreja na
formação sacerdotal (10 de Novembro de 1989),
25: AAS 82 (1990), 617-618.
[42] Santo Anselmo, Proslogion, 1: PL 158,
226.
[43] Idem, Monologion, 64: PL 158,
210.
[44] Cf. S. Tomás de Aquino, Summa contra
gentiles, I, VII.
[45] «Cum enim gratia non tollat naturam, sed
perficiat» [Idem, Summa theologiæ, I, 1, 8 ad
2].
[46] Cf. João Paulo II, Discurso aos
participantes no IX Congresso Tomista Internacional
(29 de Setembro de 1990): L'Osservatore
Romano (ed. portuguesa de 28 de Outubro de
1990), 9.
[47] Carta ap. Lumen Ecclesiæ (20 de Novembro
de 1974), 8: AAS 66 (1974), 680.
[48] «Præterea, hæc doctrina per studium
acquiritur. Sapientia autem per infusionem habetur, unde
inter septem dona Spiritus Sancti connumeratur»
[Summa theologiæ, I, 1, 6].
[49] Ibid., II, II, 45, 1 ad 2; cf.
também II, II, 45, 2.
[50] Ibid., I, II, 109, 1 ad 1, que cita
a conhecida frase do Ambrosiaster, In prima Cor
12,3: PL 17, 258.
[51] Leão XIII, Carta enc. ÆTERNI
PATRIS (4 de Agosto de 1879): ASS 11
(1878-1879), 109.
[52] Paulo VI, Carta ap. Lumen Ecclesiæ (20
de Novembro de 1974), 8: AAS 66
(1974), 683.
[53] Carta enc. Redemptor hominis (4 de Março de
1979), 15: AAS 71 (1979), 286.
[54] Cf. Pio XII, Carta enc. Humani generis
(12 de Agosto de 1950): AAS 42
(1950), 566.
[55] Cf. Conc. Ecum. Vat. I, Primeira
const. dogm. sobre a Igreja de Cristo Pastor
TERNUS: DS 3070; Conc. Ecum. Vat.
II, Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium,
25c.
[56] Cf. Sínodo de Constantinopla, DS 403.
[57] Cf. Concílio de Toledo I, DS 205;
Concílio de Braga I, DS 459-460; Sisto V,
Bula Cœli et terræ Creator (5 de Janeiro de
1586): Bullarium Romanum 44 (Roma,
1747), 176-179; Urbano VIII,
Inscrutabilis iudiciorum (1 de Abril de 1631):
Bullarium Romanum 61 (Roma, 1758),
268-270.
[58] Cf. Conc. Ecum. de Viena, Decr. Fidei
catholicæ: DS 902; Conc. Ecum. Lateranense
V, Bula Apostolici regiminis: DS 1440.
[59] Cf. Theses a Ludovico Eugenio Bautain iussu
sui Episcopi subscriptæ (8 de Setembro de 1840):
DS 2751-2756; Theses a Ludovico Eugenio
Bautain ex mandato S. Congr. Episcoporum et
Religiosorum subscriptæ (26 de Abril de 1844):
DS 2765-2769.
[60] Cf. S. Congr. Indicis, Decr. Theses
contra traditionalismum Augustini Bonnety (11 de
Junho de 1855): DS 2811-2814.
[61] Cf. Pio IX, Breve Eximiam tuam (15 de
Junho de 1857): DS 2828-2831; Breve
Gravissimas inter (11 de Dezembro de 1862): DS
2850-2861.
[62] Cf. S. Congr. do Santo Ofício, Decr.
Errores ontologistarum (18 de Setembro de 1861):
DS 2841-2847.
[63] Cf. Conc. Ecum. Vat. I, Const. dogm.
sobre a fé católica Dei Filius, II: DS 3004;
e cân. 2-§1: DS 3026.
[64] Ibid., IV: DS 3015, citado em Conc.
Ecum. Vat. II, Const. past. sobre a Igreja no
mundo contemporâneo Gaudium et spes, 59.
[65] Conc. Ecum. Vat. I, Const. dogm. sobre
a fé católica Dei Filius, IV: DS 3017.
[66] Cf. Carta enc. Pascendi dominici gregis (8
de Setembro de 1907): ASS 40 (1907),
596-597.
[67] Cf. Pio XI, Carta enc. Divini
Redemptoris (19 de Março de 1937): AAS 29
(1937), 65-106.
[68] Carta enc. Humani generis (12 de Agosto de
1950): AAS 42 (1950), 562-563.
[69] Ibid.: o.c., 563-564.
[70] Cf. João Paulo II, Const. ap. Pastor
Bonus (28 de Junho de 1988) arts. 48-49:
AAS 80 (1988), 873; Congr. da Doutrina
da Fé, Instr. sobre a vocação eclesial do teólogo
Donum veritatis (24 de Maio de 1990), 18:
AAS 82 (1990), 1558.
[71] Cf. Instr. sobre alguns aspectos da
«teologia da libertação» Libertatis nuntius (6 de
Agosto de 1984), VII-X: AAS 76
(1984), 890-903.
[72] Com sua palavra clara e de grande autoridade, o
Concílio Vaticano I tinha já condenado este erro, ao
afirmar, por um lado, que, «relativamente à fé
(...), a Igreja Católica preconiza que é uma
virtude sobrenatural pela qual, sob a inspiração divina
e com a ajuda da graça, acreditamos que são verdadeiras
as coisas por Ele reveladas, não por causa da verdade
intrínseca das coisas percebida pela luz natural da
razão, mas por causa da autoridade do próprio Deus que
as revela, o qual não pode enganar-Se nem enganar»
[Const. dogm. sobre a doutrina católica Dei Filius,
III: DS 3008; e cân. 3-§ 2: DS
3032]. E, por outro lado, o Concílio declarava
que a razão nunca «chega a ser capaz de penetrar [tais
mistérios], nem as verdades que formam o seu objecto
específico» [ibid., IV: DS 3016]. Daqui
tirava a seguinte conclusão prática: «Os fiéis
cristãos não só não têm o direito de defender, como
legítimas conclusões da ciência, as opiniões
reconhecidas contrárias à doutrina da fé, especialmente
quando estão condenadas pela Igreja, mas são
estritamente obrigados a considerá-las como erros, que
apenas têm uma ilusória aparência de verdade»
[ibid., IV: DS 3018].
[73] Cf. nn. 9-10.
[74] Const. dogm. sobre a revelação divina Dei
Verbum, 10.
[75] Ibid., 21.
[76] Cf. ibid., 10.
[77] Cf. Carta enc. Humani generis (12 de
Agosto de 1950): AAS 42 (1950),
565-567.571-573.
[78] Cf. Carta enc. ÆTERNI PATRIS (4
de Agosto de 1879): ASS 11
(1878-1879), 97-115.
[79] Ibid.: o.c., 109.
[80] Cf. nn. 14-15.
[81] Cf. ibid., 20-21.
[82] Ibid., 22; cf. João Paulo II, Carta
enc. Redemptor hominis (4 de Março de 1979),
8: AAS 71 (1979), 271-272.
[83] Decr. sobre a formação sacerdotal Optatam
totius, 15.
[84] Cf. João Paulo II, Const. ap.
Sapientia christiana (15 de Abril de 1979),
arts. 79-80: AAS 71 (1979),
495-496; Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo
vobis (25 de Março de 1992), 52: AAS 84
(1992), 750-751. Vejam-se também algumas
reflexões sobre a filosofia de S. Tomás: Discurso na
Pontifícia Universidade de S. Tomás (17 de
Novembro de 1979): L'Osservatore Romano (ed.
portuguesa de 25 de Novembro de 1979), 1;
Discurso aos participantes no VIII Congresso Tomista
Internacional (13 de Setembro de 1980):
L'Osservatore Romano (ed. portuguesa de 28 de
Setembro de 1980), 4; Discurso aos participantes
no Congresso Internacional da Sociedade S. Tomás de
Aquino sobre «A doutrina tomista da alma» (4 de
Janeiro de 1986): L'Osservatore Romano (ed.
portuguesa de 12 de Janeiro de 1986), 9. E
ainda: S. Congr. da Educação Católica, Ratio
fundamentalis institutionis sacerdotalis (6 de Janeiro
de 1970), 70-75: AAS 62 (1970),
366-368; Decr. Sacra theologia (20 de
Janeiro de 1972): AAS 64 (1972),
583-586.
[85] Cf. Const. past. sobre a Igreja no mundo
contemporâneo Gaudium et spes, 57.62.
[86] Cf. ibid., 44.
[87] Cf. Bula Apostolici regimini sollicitudo,
Sessão VIII: Conc. Rcum. Decreta (1991),
605-606.
[88] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const.
dogm. sobre a revelação divina Dei Verbum, 10.
[89] S. Tomás de Aquino, Summa theologiæ,
II-II, 5, 3 ad 2.
[90] «A busca das condições, nas quais o homem
faz por si próprio as primeiras perguntas fundamentais
acerca do sentido da vida, do fim que lhe deseja dar e
daquilo que o espera depois da morte, constitui para a
Teologia Fundamental o preâmbulo necessário, para
que, também hoje, a fé possa mostrar plenamente o
caminho a uma razão em busca sincera da verdade»
[João Paulo II, Carta aos participantes no
Congresso Internacional de Teologia Fundamental por
ocasião do 125o aniversário da promulgação da
Const. dogm. «Dei Filius» (30 de Setembro de
1995), 4: L'Osservatore Romano, (ed.
portuguesa de 7 de Outubro de 1995), 10].
[91] Ibid., 4: o.c., 10.
[92] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const.
past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et
spes, 15; Decr. sobre a actividade missionária da
Igreja Ad gentes, 22.
[93] S. Tomás de Aquino, De Cœlo 1, 22.
[94] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const.
past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et
spes, 53-59.
[95] S. Agostinho, De prædestinatione Sanctorum
2, 5: PL 44, 963.
[96] Idem, De fide, spe et caritate, 7: CCL
64, 61.
[97] Cf. Conc. Ecum. de Calcedónia,
Symbolum, definitio: DS 302.
[98] Cf. João Paulo II, Carta enc. Redemptor
hominis (4 de Março de 1979), 15: AAS 71
(1979), 286-289.
[99] Veja-se, por exemplo, S. Tomás de
Aquino, Summa theologiæ, I, 16, 1; S.
Boaventura, Coll. in Hex., 3, 8, 1.
[100] Const. past. sobre a Igreja no mundo
contemporâneo Gaudium et spes, 15.
[101] Cf. João Paulo II, Carta enc.
Veritatis splendor (6 de Agosto de 1993),
57-61: AAS 85 (1993),
1179-1182.
[102] Cf. Conc. Ecum. Vat. I, Const.
dogm. sobre a fé católica Dei Filius, IV: DS
3016.
[103] Cf. Conc. Ecum. Lateranense IV, De
errore abbatis Ioachim, II: DS 806.
[104] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const.
dogm. sobre a revelação divina Dei Verbum, 24;
Decr. sobre a formação sacerdotal Optatam totius,
16.
[105] Cf. João Paulo II, Carta enc.
Evangelium vitæ (25 de Março de 1995), 69:
AAS 87 (1995), 481.
[106] Neste mesmo sentido, escrevi na minha primeira
encíclica, comentando a frase «conhecereis a verdade,
e a verdade tornar-vos-á livres» do Evangelho de S.
João (8, 32): «Estas palavras encerram em si
uma exigência fundamental e, ao mesmo tempo, uma
advertência: a exigência de uma relação honesta para
com a verdade, como condição de uma autêntica
liberdade; e a advertência, ademais, para que seja
evitada qualquer verdade aparente, toda a liberdade
superficial e unilateral, toda a liberdade que não
compreenda cabalmente a verdade sobre o homem e sobre o
mundo. Ainda hoje, depois de dois mil anos, Cristo
continua a aparecer-nos como Aquele que traz ao homem a
liberdade baseada na verdade, como Aquele que liberta o
homem daquilo que limita, diminui e como que despedaça
pelas próprias raízes essa liberdade, na alma do homem,
no seu coração e na sua consciência» [Carta enc.
Redemptor hominis (4 de Março de 1979), 12:
AAS 71 (1979), 280-281].
[107] Discurso de abertura do Concílio (11 de
Outubro de 1962): AAS 54 (1962),
792.
[108] Congr. da Doutrina da Fé, Instr. sobre a
vocação eclesial do teólogo Donum veritatis (24 de
Maio de 1990), 7-8: AAS 82 (1990),
1552-1553.
[109] Escrevi na encíclica Dominum et
vivificantem, comentando Jo 16, 12-13: «Jesus
apresenta o Consolador, o Espírito da Verdade, como
Aquele que "ensinará e recordará", como Aquele que
"dará testemunho" d'Ele; agora diz: "Ele vos
guiará para a verdade total". Este "guiar para a
verdade total", em relação com aquilo que "os
Apóstolos por agora não estão em condições de
compreender", está necessariamente em ligação com o
despojamento de Cristo, por meio da sua paixão e morte
de cruz, que então, quando Ele pronunciava estas
palavras, já estava iminente. Mas, em seguida,
torna-se bem claro que aquele "guiar para a verdade
total" tem a ver não apenas com o scandalum crucis, mas
também com tudo o que Cristo "fez e ensinou" (Act
1, 1). Com efeito, o mysterium Christi na sua
globalidade exige a fé, porquanto é ela que introduz o
homem oportunamente na realidade do mistério revelado. O
"guiar para a verdade total" realiza-se, pois, na fé
e mediante a fé: é obra do Espírito da verdade e é
fruto da sua acção no homem. O Espírito Santo deve
ser em tudo isso o guia supremo do homem, a luz do
espírito humano» [n. 6: AAS 78 (1986),
815-816].
[110] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const.
dogm. sobre a revelação divina Dei Verbum, 13.
[111] Cf. Pontifícia Comissão Bíblica,
Instr. sobre a verdade histórica dos Evangelhos (21
de Abril de 1964): AAS 56 (1964),
713.
[112] «É claro que a Igreja não pode estar ligada
a qualquer sistema filosófico efémero; aquelas noções
e termos que, segundo o consenso geral, foram compostos
ao longo de vários séculos pelos doutores católicos para
se chegar a um certo conhecimento e compreensão do dogma,
sem dúvida que não se apoiam sobre fundamento tão
caduco. Apoiam-se, ao contrário, em princípios e
noções ditadas por um verdadeiro conhecimento da
criação; e, para deduzirem estes conhecimentos, a
verdade revelada, como se fosse uma estrela, iluminou a
mente humana por meio da Igreja. Por isso, não há de
que maravilhar-se se alguma destas noções acabou não
apenas por ser usada em Concílios Ecuménicos, mas foi
aí de tal modo ratificada que não é lícito
abandoná-la» [Carta enc. Humani generis (12 de
Agosto de 1950): AAS 42 (1950),
566-567; cf. Comissão Teológica
Internacional, Doc. Interpretationis problema
(Outubro de 1989): Enchiridion Vaticanum, XI,
nn. 2717-2811].
[113] «Quanto ao próprio significado das fórmulas
dogmáticas, este permanece, na Igreja, sempre
verdadeiro e coerente, mesmo quando se torna mais claro e
melhor compreendido. Por isso, os fiéis devem rejeitar
a opinião segundo a qual as fórmulas dogmáticas (ou uma
parte delas) não podem manifestar exactamente a verdade,
mas apenas aproximações variáveis que, de certa forma,
não passam de deformações e alterações da mesma»
[S. Congr. da Doutrina da Fé, Decl. sobre a
defesa da doutrina católica acerca da Igreja Mysterium
Ecclesiæ (24 de Junho de 1973), 5: AAS
65 (1973), 403].
[114] Cf. Congr. S. Officii, Decr.
Lamentabili (3 de Julho de 1907), 26: ASS
40 (1907), 473.
[115] Cf. João Paulo II, Discurso na
Pontifícia Universidade de S. Tomás (17 de
Novembro de 1979), 6: L'Osservatore Romano
(ed. portuguesa de 25 de Novembro de 1979), 8.
[116] N. 32: AAS 85 (1993),
1159-1160.
[117] Cf. João Paulo II, Exort. ap.
Catechesi tradendæ (16 de Outubro de 1979),
30: AAS 71 (1979), 1302-1303;
Congr. da Doutrina da Fé, Instr. sobre a vocação
eclesial do teólogo Donum veritatis (24 de Maio de
1990), 7: AAS 82 (1990),
1552-1553.
[118] Cf. João Paulo II, Exort. ap.
Catechesi tradendæ (16 de Outubro de 1979),
30: AAS 71 (1979), 1302-1303.
[119] Cf. ibid., 22: o.c.,
1295-1296.
[120] Cf. ibid., 7: o.c., 1282.
[121] Cf. ibid., 59: o.c., 1325.
[122] Conc. Ecum. Vat. I, Const. dogm.
sobre a fé católica Dei Filius, IV: DS 3019.
[123] «Ninguém pode tratar a teologia como se
fosse uma simples colectânea dos próprios conceitos
pessoais; mas cada um deve ter a consciência de
permanecer em íntima união com aquela missão de ensinar
a verdade, de que é responsável a Igreja» [João
Paulo II, Carta enc. Redemptor hominis (4 de
Março de 1979), 19: AAS 71 (1979),
308].
[124] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Decl.
sobre a liberdade religiosa Dignitatis humanæ, 1-3.
[125] Cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi (8 de
Dezembro de 1975), 20: AAS 68 (1976),
18-19.
[126] Const. past. sobre a Igreja no mundo
contemporâneo Gaudium et spes, 92.
[127] Cf. ibid., 10.
[128] Prólogo, 4: Opera omnia, t. V
(Florença 1891), 296.
[129] Cf. Decr. sobre a formação sacerdotal
Optatam totius, 15.
[130] Cf. João Paulo II, Const. ap.
Sapientia christiana (15 de Abril de 1979),
arts. 67-68: AAS 71 (1979),
491-492.
[131] João Paulo II, Discurso na Universidade
de Cracóvia, por ocasião dos 600 anos da Alma
Mater Jaghelónica (8 de Junho de 1997), 4:
L'Osservatore Romano (ed. portuguesa de 21 de
Junho de 1997), 6.
[132] «'e noerà tes pîsteos tràpeza»
[Pseudo-Epifânio, Homilia em louvor de Santa Maria
Mãe de Deus: PG 43, 493].
|
|