CAPÍTULO IV


OS IMENSOS HORIZONTES DA MISSÃO AD GENTES

31. O Senhor Jesus enviou os Seus Apóstolos, a todas as pessoas, a todos os povos e a todos os lugares da terra. Nos Apóstolos, a Igreja recebeu uma missão universal, sem limites, referindo-se à salvação em toda a sua integridade, segundo aquela plenitude de vida que Cristo veio trazer (cf. Jo 10, 10): ela foi «enviada para manifestar e comunicar a caridade de Deus a todos os homens e povos».[49]

Esta missão é única, sendo a mesma a sua origem e fim; mas na sua dinamica de realização, há diversas funções e actividades. Antes de tudo, está a acção missionária, denominada «missão ad gentes» pelo Decreto conciliar: trata-se de uma actividade primária e essencial da Igreja, jamais concluída. Com efeito, a Igreja «não pode eximir-se da missão permanente de levar o Evangelho a quantos — e são milhões e milhões de homens e mulheres — ainda não conhecem Cristo Redentor do homem. Esta é a tarefa mais especificamente missionária que Jesus confiou e continua quotidianamente a confiar à Sua Igreja».[50]