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Na transição para o século XVIII, o grande matemático alemão
Leibniz reage contra a tendência cartesiana de desprezo pela
tradição, e faz uma idéia justa da perenidade da filosofia. Mas
não se liberta, na metafísica, da influência de Descartes. Supõe
o Universo constituído por seres elementares a que chama mônadas,
seres ativos, indivisíveis, incorruptíveis, sem extensão, todos
diferentes, e em número infinito. As mônadas não atuam umas sobre
as outras; mas os movimentos de todas são coordenados por uma harmonia
preestabelecida por Deus. A nossa alma é uma mônada, os corpos
agregados de mônadas. Como fundamento de toda esta teoria, Leibniz
toma o critério cartesiano da idéia clara.
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