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S. Anselmo é da mesma época; nasceu no Piemonte em 1033, e
morreu arcebispo de Cantuária, em 1109. Como S. Agostinho,
é sobretudo teólogo. No entanto, deixou também nome na filosofia.
Aprofundou o estudo das relações da fé e da razão: "Creio, para
compreender", dizia. Ficou célebre o argumento que criou, para
demonstrar a existência de Deus: Deus é tal que não se pode
imaginar nada maior; não pode portanto existir só na inteligência,
visto que existir na inteligência e na realidade é mais do que existir
na inteligência só. Este argumento, que S. Tomás, mais tarde,
mostrou não ter valor como demonstração, deu origem, ainda no tempo
de S. Anselmo, a uma ardente polêmica com Gaunilon, monge de
Marmoutier.
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