18. S. Anselmo.

S. Anselmo é da mesma época; nasceu no Piemonte em 1033, e morreu arcebispo de Cantuária, em 1109. Como S. Agostinho, é sobretudo teólogo. No entanto, deixou também nome na filosofia. Aprofundou o estudo das relações da fé e da razão: "Creio, para compreender", dizia. Ficou célebre o argumento que criou, para demonstrar a existência de Deus: Deus é tal que não se pode imaginar nada maior; não pode portanto existir só na inteligência, visto que existir na inteligência e na realidade é mais do que existir na inteligência só. Este argumento, que S. Tomás, mais tarde, mostrou não ter valor como demonstração, deu origem, ainda no tempo de S. Anselmo, a uma ardente polêmica com Gaunilon, monge de Marmoutier.