8. O silogismo prae-prae.

Nos silogismos da segunda figura, o termo médio é predicado de ambas as premissas. Serve de exemplo o seguinte silogismo: "Os europeus não são pretos; os landins são pretos; logo, os landins não são europeus. Os modos válidos são aqueles em que uma das premissas é negativa, e a maior geral. Realmente, como já disse, o predicado, nas proposições afirmativas, não é tomado em toda a sua extensão; por isso, se as duas premissas fossem afirmativas, o termo médio, que é em ambas predicado, nunca teria extensão universal, o que é contra a quarta regra formulada. E o sujeito da maior, que é o predicado da conclusão, e que é tomado nesta em toda a sua extensão visto ela ser negativa, por ser negativa uma das premissas, teria maior extensão na conclusão do que numa das premissas se a maior fosse particular.

Satisfazem a estas condições quatro modos, que são os modos legítimos do silogismo prae-prae. De acordo com as regras adoptadas, deram-se-lhes os nomes convencionais de Cesare (EAE), Camestres (AEE), Festino (FIO), e Baroco (AOO).

O fundamento dos silogismos da segunda figura é o seguinte: Se um objeto pertence a um determinado grupo, a que um segundo objeto não pertence, não podem identificar-se os dois objetos sob o aspecto considerado.