NOTAS


Notas

[1] S. Teol., II-II, Q. 185, a. 1 e 2.

[2] Com. à Metafísica, XII, Liç. 11.

[3] Em S. Teol., ed. da "Revue des Jeunes"; Paris, Desclee, 1925 s.; vol. "La Béatitude", Notas doutrinais, p. 263.

[4] S. Teol., II-II, Q. 189, a. 5.

[5] S. Teol., I-II, Q. 59, a. 2, concl.

[6] Por outro lado (é justo observá-lo), o interesse evidente dos homens de ciência pelas questões filosóficas prova que o momento é azado para um ressurgimento da filosofia. De fato, tanto a matemática como a física chegaram a um ponto do seu desenvolvimento em que não deixarão de acolher com benevolência o concurso duma filosofia digna desse nome.

[7] Pasca1, Pensées; texto Brunschvigg, nº 4. Paris, Garnier, 1925.

[8] S. Teol., I, Q. 85, a. 7, concl.

[9] Sertillanges, S. Thomas d'Aquin; 4.º ed., Paris, Alcan, 1925; 1º v., pág. 17.

[10] Pascal, Pensées; ed. cit., n. 1.

[11] S. Tomás, Comentário ao "de Trinitate" de Boécio, Q. 2, a. 3.

[12] S. Tomás, "das Substâncias separadas", Q. 7; cit. em: Thonnard, Précis d'Histoire de la Philosophie; Paris, Desclée, 1937: pág. 3.

[13] S. Teol., I II, Q. 97, a. 1, concl.

[14] S. Tomás, Comentário à Metafísica de Aristóteles, II, Liç. 1.

[15] S. Tomás, Comentário ao "da Alma" de Aristóteles, I, Liç. 2.

[16] S. Teol., I, Q. 1, a. 8, sol. 2.

[17] S. Tomás, Comentário ao "do Céu e do Mundo" de Aristóteles, I, liç. 22; cit. em Thonnard, ob. cit., pág. 3.

[18] Cf. Aristóteles, Metafísica, IV, cap. 1, e o Com. de S. Tomás, IV, Liç 1.

[19] S. Teol., I, Q. 1, a. 1, sol. 2.

[20] Cit. em Gilson, Le Thomisme; 3º ed, Paris, Vrin, 1927, pág. 45, sem indicação de lugar.

[21] S. Teol., I, Q. 85, a. 6, concl.

[22] Cf. Lição 11, cap. 2

[23] Conhecido tradicionalmente, no nosso país, pela forma guesada "Escôto".

[24] Cf. Lição IV, cap. 11, 12 a 16.

[25] Ct. Lição IV, cap. 13, 14 e 17.

[26] Observe-se, no entanto, que, como adiante se diz, as noções mais gerais da matemática, número, extensão, etc., resultam dum raciocínio indutivo.

[27] Escusado será dizer que as palavras mais e maior se tomam aqui no seu sentido habitual, e não em sentidos generalizados como, por exemplo, os que a primeira tem na adição algébrica ou na adição vetorial, e a segunda na teoria dos conjuntos infinitos.

[28] Maritain, Sept Leçons sur L'Etre et les premiers Principes; 3º ed., Paris, Téqui, s. d., pág. 104.

[29] É possível enunciar, também, um princípio ontológico de contradição equivalente ao de identidade: Nenhuma coisa pode, simultaneamente, ser e não ser. É este que S. Tomás costuma citar.

[30] S. Teol., I-II, Q. 72, a. 5, concl.

[31] Aristóteles, Metafísica, IV, cap. 4.

[32] Descartes, 1ª Meditação Metafísica; trad. Luynes; em: Descartes Oeuvres choisies, I; Paris, Garnier, 1930, pág. 80.

[33] Descartes, Discours de Ia Méthode, 3 â parte; Oeuvres choisies, I, pág. 25.

[34] Ibid., 3.a parte, pág. 20.

[35] Descartes, 2ª Meditação Metafisica; pág. 88.

[36] Descartes, Discours de ta Méthode, 5. parte; pág. 38.

[37] Ibid., 6.a parte; pág. 57.

[38] Kant, Kritik der reinen Vernunfit, I, 2º parte, 2º div., 2. livro, 2º sec., 2, cap.; 2º ed., Leipzig, Phil. Bibl., 1930, pág. 454.

[39] Trata-se da relação de causalidade entre seres criados. Deus, como veremos na próxima lição, só por analogia se pode dizer causa; e a causalidade só tem, nele, um termo de razão.

[40] De Potentia, Q. 2, a. 5.

[41] Cit. em: Guardini, Von Geist der Liturgie;13º ed., Friburgo em Brisgóvia, Herder, 1934, p. 70, sem indicação de lugar.

[42] Como muitas outras, a palavra causalidade tem sentido um poupo diferente em metafísica e na linguagem de certos físicos. O sentido metafísico da palavra não deve confundir-se com o determinismo, visto admitir o acaso, como adiante veremos; não exige a possibilidade de prevermos, rigorosamente, a seqüência dos fenômenos que afirmamos causados.

[43] De Veritate, XXII, a. 1, concl.

[44] Dá-se coisa análoga na física atômica, quando uma partícula, por exemplo, pode indiferentemente seguir um de dois caminhos, sendo obra do acaso o seguir um ou outro. Dentro da teoria do acaso que estamos a expôr, deve entender-se que a escolha resulta de circunstâncias acidentais cuja influência se pode, normalmente, desprezar, mas que são decisivas nesse caso ambíguo.

[45] S. Teol., I, Q. 2, a. 3, concl.

[46] Exod, III, 6.

[47] S. Teol, ed. cit., vol. Dieu I; Notas doutrinais, p. 340.

[48] De Veritate, XXII, a. 1, concl.

[49] Med. Metaf., Carta à Fac. de Teol. de Paris; em: Descartes, Oeuvres choisies I, ed. cit., p. 72.

[50] Com. às Sentenças, I, D. 2, Q. II; cit. em: Thonnard, ob. cit., p.408.

[51] S. Teol., 1, Q 2, a. 3, concl.

[52] De Veritate, II, a. 1, sol. 9.

[53] Suma contra os Gentios, L. I, cap. 30.

[54] S. Teol, I, Q. 3, preâmbulo

[55] Les Grandes Thèses de la Philosophie Thomiste; Paris, Bloud & Gay, 1928, p. 66.

S. Teol., ed. cit., vol. Dieu I, Notas doutrinais, p. 342.

S. Thomas d'Aquin, vol. I; 4º ed., Paris, Alcan, 1925; p. 148.

[56] O primeiro processo que mencionei acima, portanto, se nos permite falar de Deus em frases afirmativas, é no fundo, como modo de conhecimento, tão puramente negativo como o outro. Permite-nos afirmar as perfeições de Deus por analogia; mas essa analogia em grau supremo inclui, como acabo de dizer, a negação de toda a limitação, de toda a particularização que vemos nas criaturas. Isso explica a forma categórica por que S. Tomás afirma, na Suma, que de Deus só podemos saber o que não é.

[57] S. Teol., I, Q. 4, a. 2, concl.

[58] Cit. por Vigné em: Eclesia, Paris, Bloud & Gay, 1928, p. 108.

[59] Cf. S. Teol., I, Q. 77, a. 2, concl.

[60] Boécio, de Cons. Phil., L. V, Pr. 6; cit. em: S. Teol., I, Q. 10, a. 1, obj. 1.

[61] S. Teol., ed. cit., vol. Dieu I, Notas explicativas, n º [109], p. 321.

[62] S. Teol., I, Q. 14, a. 2, concl.

[63] S. Teol., I, Q. 19, a. 2, concl.

[64] Cf. S. Teol., I, Q. 45, a. 3, concl.

[65] Cf S. Teol., I, Q. 45, a. 3, sol. 3.

[66] Cf. S. Teol, ed. cit., vol. "la Création", Notas doutrinais, pág. 246.

[67]S, Teol., I, Q. 46, a. 2, concl.

[68]Gen., I, 1.

[69] S. Teol., I, Q. 19, a. 5, concl.

[70] Cf. Com. das Sent., L. I, D. 45, a. 2; cit. em: S. Teol., ed. cit., vol. "Dieu III", Notas doutrinais, pág. 313.

[71] Ibid., p. 313.

[72] S. Teol., I, Q. 49, a. 1, sol. 3.

[73] S. Teol., 1, Q. 48, a. 2, sol. 3.

[74] Cf. de Spiritualibus Creaturis, a. 5, conl.

[75] S. Teol., I, Q. 76, a. 6, sol. 1.

[76] S. Teol., I, Q. 76, a. 8, ooncl.

[77] Cf. S.Teol., I, Q. 76, a. 3, concl.

[78] S. Teol, I, Q. 76, a. 4, sol. 2.

[79] Cf S. Teol., I, Q. 76, a. 1, concl.

[80] S. Teol., I, Q. 76, a. 5, sol. 1.

[81] Cf. S. Teol., I, Q. 89, a. 1, concl.

[82] Arislóteles, Política, I, cap. 2; cit. em: S. Teol., I-II, Q. 17, a. 7, concl.

[83] S. Teol. I, Q. 78, a. 4, concl.

[84] Da Alma, III, cap. 4; cit. em S. Teol., I, Q. 84, a. 3, sed contra.

[85] S. Teol., I, Q. 79, a. 4, concl.

[86] S. Teol., 1, Q. 79, a. 4, concl.

[87] Mesmo quando a matemática fala duma infinidade a que chama atual, é sempre duma infinidade de elementos em potência, isto é, de elementos que nem na realidade, nem no pensamento expresso, existem individualmente, e portanto, para a metafísica, dum infinito potencial, embora em grau menor.

[88] S. Teol., I, Q. 1, a. 5, sol. 1.

[89] Cf. S. Teol., I, Q. 86, a. 4, sol.,2.

[90] Cf. S. Teol., I, Q. 85, a. 3, concl. e sol. 3; Q. 85, a. 4, sol. 3; Q. 85, a. 8, concl.

[91] Cf. S. Teol., I, Q. 85, a. 7.

[92] Cf. S, Teol., I, Q. 85, a. 9.

[93] Note-se que há fenômeno, muito complexos, cujas causas se não podem estudar individualmente. Nesses fenômenos, dá-se, em cada caso particular, concorrência acidental de séries causais independentes; rege-os o acaso, e só podem abordar-se por métodos estatísticos (e pelo cálculo das probabilidades, estreitamente relacionado com estes). São assim as questões demográficas, mesmo aquelas em que a vontade livre raras vezes intervém diretamente, como a da mortalidade, por exemplo. São assim, no domínio da física, os fenômenos intra-atômicos. Quando falei da ontologia, já acentuei que não há oposição entre a causalidade e o acaso; aqui também não há oposição entre o principio indutivo e o método estatístico de que lançamos mão.

[94] O que, diga-se de passagem, não nos autoriza a acrescentar outras desigualdades às estabelecidas ou exigidas pela Natureza.

[95] Assim, chegou a aventar-se, há anos, que a física atômica contradizia o princípio de causalidade. Hoje, no entanto, o grande físico Luís de Broglie, um dos criadores da moderna física atômica, diz na sua contribuição para "L'avenir de la Science", (trad. portuguesa "Para além da Ciência", Pôrto, Tavares Martins, 1942, p. 39), que o princípio de causalidade é compatível com essa ciência, desde que seja entendido num sentido menos determinista do que no século passado, e, acrescente-se, muito mais próximo do conceito tomista da causalidade; e especialistas da categoria dos físicos Proca e von Weizsacker afirmam, como ainda há pouco fizeram em conferências a que assistiu o autor destas lições (a do segundo publicada, com o titulo Física atômica e Filosofia", na "Revista Instituto da Cultura Alemã"., vol. I, n. 1; ver p. 24), não haver oposição entre a física atômica e a causalidade bem compreendida. Não há duvida, portanto, de que houve precipitação. Vale a pena salientar que, no livro acima citado, colabora com de Broglie o tomista Sertillanges.

[96] S. Teol., I, Q. 13, a. 5, sol. 1.

[97] Cf. S. Teol., I, Q. 45, a. 8, sol. 3.

[98] Cf. Sertillanges, St. Thomas d'Aquin, v. II; 4º ed., Paris, Alcan, 1925, pág. 20 s. e p. 157; Les grandes Thèses de la Philosophie Thomiste, Paris, Bloud & Gay, 1928, p. 159 s; S. Teol., ed. cit., v. I, "La Création", Notas doutrinais, p. 251 s.

[99] Sertillanges, Les grandes Thèses de la Philosophie Thomiste, p. 161.

[100] Cf. S. Teol, I, Q. 71, a. 1, sol. 1., e Sertillanges, Les grandes Thèses de la Philosophie Thomiste, p. 160.

[101] Responsum VI, n. III, V, e VII; em: Acta Apostolicae Sedis, I (1909), p. 567 s.; transcrito em: Bíblia Sacra, Paris, Soc. S. João Evang., 1927; Appendix, p. 35 ss.

[102] Não esquecer que as formas, substanciais ou acidentais, não são moldes sobrepostos aos fenômenos nem causas eficientes das transformações; são o aspecto formal dos próprios fenômenos observados.

[103] Aristóteles, Física, 4, cap. 11. Cf.: S. Teol., I, Q. 10, a. 6, conol.

[104] Numerar, entenda-se, com números inteiros, fracionários ou irracionais, visto tratar-se dum contínuo.

[105] Suma contra os Gentios, L. I, cap. XI.

[106] S. Teol., 1, Q. 10, a. 6, concl..

[107] Mesmo na segunda hipótese, aliás, o sistema de Einstein não é o único possível.

[108] Não esqueçamos a distinção já feita entre o bem honesto e o bem deleitável. O fim último do homem é o bem em cuja posse repousará totalmente (portanto o bem honesto), o não a satisfação que terá em possui-lo (ou seja, o bem deleitável). Essa é concomitante ao fim, mas não é o próprio fim. Quem não compreender isto entenderá num sentido egoísta o conceito tomista da moral.

[109] Por fins "naturais" deve entender-se: de acordo com a natureza do homem, corpo, inteligência e vontade. Só é legitimo, portanto, o exercício dessas faculdades, em condições de os pais poderem criar, instruir e educar os filhos, isto é, no casamento.

[110] S. Teol, I-II, P. 95, a. 4, concl.

[111] S. Teol., I-II, Q. 105, a. 1, concl,

[112] S. Agostinho, 83. Questões, Q. 30; cit. em: S. Teol., I-II, Q. 71, a. 6, obj. 3.

[113] S. Teol., I-11, Q. 64, a. 1, concl.

[114] Cf. S. Teol., I-II, Q. 57, a. 4, concl.

[115] Cf. S. Teol., II-II, Q. 66, a. 2, concl. e sol. 2.