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Bergson, como todos os precedentes, aceita a doutrina kantiana da
esterilidade metafísica da inteligência especulativa. Mas julga que
podemos atingir a verdade pela intuição. O ensino da filosofia, os
livros dos filósofos, não podem ter outro fim senão criar
circunstâncias favoráveis à intuição, sugerir, pela beleza do
estilo, pelo apropriado das imagens, pela fluência da prosa. O
bergsonismo toma uma feição mística muito pronunciada; mas, por ser
um intuicionismo, é difícil compreender-lhe o verdadeiro sentido.
Em vida, Bergson foi por uns considerado panteísta, por outros
quase católico. A sua morte, convertida ao catolicismo, veio dar
razão aos últimos.
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