16. Vitória de S. Tomás.

O seu esforço foi coroado dos melhores resultados. O Bispo de Paris, augustinista, tinha submetido ao juízo da Igreja quinze teses, das quais as treze primeiras averroístas, mas as duas últimas defendidas por S. Tomás; em 10 de Dezembro de 1270, a Igreja pronunciou-se; as treze proposições averroístas foram condenadas, às duas últimas não foi feita qualquer censura. Siger de Brabante submeteu-se. E, se a agitação a que a luta tinha dado origem não se acalmou logo, e durante alguns anos ainda provocou tumultos na Universidade de Paris, a questão estava definitivamente resolvida: o averroísmo latino morria; e o aristotelismo, na sua interpretação tomista, era adotado quase universalmente.

Dois anos mais tarde, em 1272, S. Tomás foi mandado organizar um "estudo geral" da Ordem dominicana em Nápoles, a pedido de Carlos de Anjou, rei de Nápoles e irmão de S. Luís. A Universidade de Paris protestou contra a sua saída junto dos superiores da Ordem. Mas estes, considerando terminada a sua missão em Paris, mandavam-no aonde ele pudesse prestar melhores serviços; por isso, não atenderam o protesto.