H. O neo-tomismo.


39. O tomismo nos séculos XVII a XIX.

Durante os séculos XVII, XVIII e XIX, enquanto a filosofia moderna se desagregava em tantos sistemas sem duração, a filosofia aristotélica e tomista continuava a ter defensores. O seu campo de ação era limitado; até em muitos seminários católicos reinava um cartesianismo mais ou menos retocado. Por outro lado, os que a seguiam faziam-no mais, talvez, por conveniências de ordem teológica do que por verdadeiro espírito filosófico; e era entendida por muitos num sentido mais suareziano do que tomista. Mas vivia.

No século XVII, ao tempo que Descartes escrevia o "Discours de la Méthode", o dominicano português João de S. Tomás publicava um "Curso filosófico" que é uma das melhores exposições da doutrina tomista. Do mesmo século, podem citar-se ainda: em Itália, dois tomistas notáveis, Cosmo Alamanni e Silvestre Mauro; na Península, os carmelitas espanhóis da escola de Salamanca, e os jesuítas portugueses conhecidos por conimbricenses, estes mais suarezianos. Os últimos prolongaram o seu trabalho até ao século XVII.

No fim do século XVIII, é digno de menção o dominicano italiano Roselli. Finalmente, há, no século XIX, os espanhóis Bálmez e González, e os italianos Sanseverino e Liberatore.