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Os positivistas fazem princípio fundamental da impossibilidade da
metafísica, proclamada por Kant, e concebem a filosofia,
simplesmente, como o conjunto das ciências positivas, dispostas
hierarquicamente em seis degraus: matemática, astronomia, física,
química, fisiologia, sociologia. A existência de Deus, a
imortalidade da alma, e outros mais, são problemas que, em sua
opinião, a filosofia não pode sequer abordar. O fundador da escola
foi Augusto Comte, que quis coroar o positivismo por uma religião em
que a humanidade substituísse Deus; religião com os seus ritos, o
seu culto, em honra dos sábios mortos, e até com sacerdotes, os
sociólogos.
Os discípulos de Comte, com raras exceções, rejeitaram a
religião positivista. O mais notável foi Littré. Foram
positivistas também, embora menos diretamente influenciados por
Comte: o evolucionista Herbert Spencer, que quis tornar universal a
lei da evolução de Darwin; Stuart Mill, utilitarista; que, por
outro lado, completou os estudos de Francisco Bacon sobre a
indução; o francês Taine, grande historiador, que retomou a
teoria nominalista, e não via nas sensações senão alucinações
verdadeiras.
Já nos nossos dias, o chamado círculo de Viena fez reviver o
positivismo; para os distinguir dos anteriores, designam-se os que o
compõem por neo-positivistas.
Os sociologistas são positivistas que querem fazer da sociologia base
dum sistema capaz de substituir a moral. Esta formula as regras do que
se deve fazer; o sociologismo, física dos costumes, limita-se a
estudar o que se faz, na realidade. Os principais sociologistas são
Durkheim e Lévy-Bruhl.
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