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Nos silogismos da segunda figura, o termo médio é predicado de ambas
as premissas. Serve de exemplo o seguinte silogismo: "Os europeus
não são pretos; os landins são pretos; logo, os landins não são
europeus. Os modos válidos são aqueles em que uma das premissas é
negativa, e a maior geral. Realmente, como já disse, o predicado,
nas proposições afirmativas, não é tomado em toda a sua extensão;
por isso, se as duas premissas fossem afirmativas, o termo médio,
que é em ambas predicado, nunca teria extensão universal, o que é
contra a quarta regra formulada. E o sujeito da maior, que é o
predicado da conclusão, e que é tomado nesta em toda a sua extensão
visto ela ser negativa, por ser negativa uma das premissas, teria
maior extensão na conclusão do que numa das premissas se a maior fosse
particular.
Satisfazem a estas condições quatro modos, que são os modos
legítimos do silogismo prae-prae. De acordo com as regras
adoptadas, deram-se-lhes os nomes convencionais de Cesare
(EAE), Camestres (AEE), Festino (FIO), e Baroco
(AOO).
O fundamento dos silogismos da segunda figura é o seguinte: Se um
objeto pertence a um determinado grupo, a que um segundo objeto não
pertence, não podem identificar-se os dois objetos sob o aspecto
considerado.
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