UMA DIVISÃO APRISIONADA

Toda a primeira coluna estava aprisionada. Por mais estranho que se afigure o caso não havia aos triunfadores um meio de sair da posição que tinham conquistado. Confessa-o o general-em-chefe: “Atacado o comboio e interdita a passagem de qualquer soldado, como demonstraram os casos precedentes, tive de mandar uma força de cavalaria ao general Cláudio do Amaral Savaget, na intenção de receber socorro de munições, o que ainda uma vez contrariou o meu pensamento porque o piquete não pôde atravessar a linha de fogo do inimigo que tiroteava no flanco direito.” Deste modo batida no flanco direito, de onde tornara repelido o piquete de cavalaria; batida à retaguarda, que dous auxiliares destemidos não conseguiram romper; batida no flanco esquerdo, onde se sacrificara gloriosamente e estacara a 3ª Brigada; e batida pela frente onde a artilharia, dizimada, perdera quase toda a oficialidade e emudecera, a expedição estava completamente suplantada pelo inimigo.

Restava-lhe um recurso sobremaneira problemático e arriscadíssimo: saltar fora daquele vale sinistro da Favela, que era como uma vala comum imensa, à ponta de baionetas e a golpes de espadas. Fez-se, porém, uma última tentativa. Um emissário seguiu furtivamente, insinuando-se pelas caatingas, em busca da 2ª Coluna, que estacionara menos de meia légua, ao norte...