NÃO HÁ UM PLANO DE CAMPANHA

O general Artur Oscar determinou de agir traçando, a 19 de junho, a ordem do dia da partida na qual “deixa à imparcialidade da História a justificativa de tal demora”.

Sem o laconismo próprio de tais documentos, o general, após augurar inevitável vitória sobre a gente de Antônio Conselheiro, “o inimigo da República”, aponta às tropas os perigos que as saltearão à entrada do sertão onde “o inimigo as atacará pela retaguarda e flancos” no meio daquelas “matas infelizes” eivadas “de caminhos obstruídos, trincheiras, surpresas de toda a sorte, e tudo quanto a guerra tem de mais odioso”. Em que pese à sua literatura alarmante, eram dados verdadeiros, estes. A comissão de engenharia realizara reconhecimentos acordes no afirmarem, mais viva, a aspereza do solo, cujos traços topográficos impunham três condições ao favorável sucesso da campanha: forças bem abastecidas, que dispensassem os recursos das paragens pobres; mobilidade máxima; e plasticidade, que as adaptasse bem às flexuras de terreno revolto e agro.