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Os governadores de Estados, os Congressos, as corporações
municipais, continuaram vibrantes no anelo formidável da vingança.
E em todas as mensagens, variantes de um ditado único, monótono
pela simulcadência dos mesmos períodos retumbantes, persistiu, como
aspiração exclusiva, o esmagamento dos inimigos da República,
armados pela caudilhagem monárquica. Como o da capital federal, o
povo das demais cidades entendeu também deliberar na altura da
situação gravíssima, apoiando todos os atos de energia cívica que
praticasse o governo pela desafronta do exército e (esta conjunção
valia por cem páginas eloqüentes) da Pátria. Decretou-se o luto
nacional. Exararam-se votos de pesar nas atas das sessões municipais
mais remotas. Sufragaram-se os mortos em todas as igrejas. E dando
à tristeza geral a nota supletiva da sanção religiosa, os
arcebispados expediram aos sacerdotes dos dous cleros ordem para dizerem
nas missas a oração Pro pace. Congregaram-se, em toda a linha
cidadãos ativos, aquartelando. Ressurgiram batalhões, o
Tiradentes, o Benjamim Constant, o Acadêmico e o Frei Caneca,
feitos de veteranos já endurados ao fogo da revolta anterior, da
armada; — enquanto agremiados patriotas de todos os matizes,
formavam-se outros, o Deodoro, o Silva Jardim, o Moreira
César... Não bastava.
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