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E o sertão é um paraíso...
Ressurge ao mesmo tempo a fauna resistente das caatingas: disparam
pelas baixadas úmidas os caititus esquivos; passam, em varas, pelas
tigüeras, num estrídulo estrepitar de maxilas percutindo, os
queixadas de canela ruiva; correm pelo tabuleiros altos, em bandos,
esporeando-se com os ferrões de sob as asas, as emas velocíssimas;
e as seriemas de vozes lamentosas, e as sericóias vibrantes, cantam
nos balsedos, à fímbria dos banhados onde vem beber o tapir estacando
um momento no seu trote brutal, inflexivelmente retilíneo, pela
caatinga, derribando árvores; e as próprias suçuaranas, aterrando
os mocós espertos que se aninham aos pares nas luras dos fraguedos,
pulam, alegres, nas macegas altas, antes de quedarem nas tocaias
traiçoeiras aos veados ariscos ou novilhos desgarrados...
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