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As juremas, prediletas dos caboclos — o seu haxixe capitoso,
fornecendo-lhes, grátis, inestimável beberagem, que os revigora
depois das caminhadas longas, extinguindo-lhes as fadigas em
momentos, feito um filtro mágico — derramam-se em sebes,
impenetráveis tranqueiras disfarçadas em folhas diminutas; refrondam
os marizeiros raros — misteriosas árvores que pressagiam a volta das
chuvas e das épocas aneladas do verde e o termo da magrém —
quando, em pleno flagelar da seca, lhes porejam na casca ressequida
dos troncos algumas gotas d’água; reverdecem os angicos; lourejam os
juás em moitas; e as baraúnas de flores em cachos, e os araticuns à
ourela dos banhados... mas, destacando-se, esparsos pelas
chapadas, ou no bolear dos cerros, os umbuzeiros, estrelando flores
alvíssimas, abrolhando em folhas, que passam em fugitivos cambiantes
de um verde pálido ao róseo vivo dos rebentos novos, atraem melhor o
olhar, são a nota mais feliz do cenário deslumbrante.
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