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Por esta liturgia solene, terminamos a celebração do 19
centenário do martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo. Damos
assim conclusão ao "Ano da Fé". Nós o tínhamos dedicado à
comemoração dos santos apóstolos, para testemunhar de nossa
inabalável vontade de ser fiel ao depósito da fé (1Tim
6,20), que eles nos transmitiram e para fortificar nosso desejo de
viver desta fé, na conjuntura histórica em que se encontra a Igreja
peregrinante no meio do mundo.
Sentimos o dever de agradecer publicamente a todos aqueles que
responderam a nosso convite, contribuindo para que o "Ano da Fé"
chegasse à magnífica plenitude, pelo aprofundamento da adesão
pessoal à palavra de Deus, e pela renovação em diversas comunidades
da profissão de fé e pelo testemunho de vida cristã. A nossos
irmãos no episcopado, mui especialmente, e a todos os fiéis da santa
Igreja católica, exprimimos nossa gratidão e estendemos a eles nossa
bênção.
Parece-nos igualmente ser um dever que desempenhemos o mandato
confiado por Cristo a Pedro, do qual somos sucessor, o último por
mérito, o mandato de confirmar na fé os irmãos (Lc 22,32).
Consciente, é certo, de nossa fraqueza humana, mas com toda a
firmeza que tal mandato imprime em nosso espírito, iremos fazer uma
profissão de fé, pronunciar um Credo que, sem constituir uma
definição dogmática, propriamente dita, repete em substância, com
algumas achegas reclamadas pelas condições espirituais de nosso
tempo, o Credo de Nicéia, o Credo da imortal tradição da santa
Igreja de Deus.
Fazendo-o, estamos consciente da inquietude que agita certos meios
modernos em relação à fé. Não escapam à influência de um mundo
em profunda mutação, no qual tantas certezas são postas em
contestação e discussão. Vemos até católicos se deixarem prender
pela paixão da mudança e da novidade. É, certo que a Igreja tem
sempre o dever de seguir seu esforço no aprofundamento das verdades e
apresentar de maneira sempre mais bem adaptada às gerações que se
revezam, os mistérios insondáveis de Deus, ricos para todos em
frutos de salvação. Mas é preciso o máximo cuidado sem se descurar
do dever de pesquisa, para que não se atinja os ensinamentos da
doutrina cristã. Porque seria então criar a revolta, como se
verifica em nossos dias, e a perplexidade em muitas almas fiéis.
Cumpre neste sentido lembrar que além do sensível cientificamente
verificado, a inteligência que Deus nos deu atinge aquilo que é, e
não só a expressão subjetiva das estruturas e da evolução da
consciência. De outro ponto de vista, a tarefa da interpretação -
da hermenêutica é de procurar compreender e libertar, com respeito à
palavra proferida, o sentido de que um texto é prenhe, e não de
recriar de certo modo o sentido à revelia de hipóteses arbitrárias.
Entretanto acima de tudo colocamos nossa confiança inquebrantável no
Espírito Santo, alma da Igreja, e na fé teologal sobre que
repousa a vida do corpo místico. Sabemos que as almas esperam a
palavra do Vigário de Cristo. Respondemos a esta expectativa pelas
instruções que proporcionamos regularmente. Hoje, porém,
apresenta-se-nos a ocasião de pronunciar uma palavra mais solene.
Neste dia destacado para o encerramento do Ano da Fé, nesta festa
dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo, quisemos oferecer a
Deus que vive a homenagem de uma profissão de fé. Como outrora em
Cesaréia de Filipe, o apóstolo Pedro tomou a palavra em nome dos
doze para confessar, acima das opiniões humanas, o Cristo Filho do
Deus que vive, assim hoje seu modesto sucessor, pastor da Igreja
universal, eleva também sua voz para prestar, em nome de todo o Povo
de Deus, um firme testemunho à verdade divina, confiada à Igreja
que a proclame a todas as nações.
Quisemos, outrossim, que nossa profissão de fé fosse completa e
bastante explícita para responder de maneira apropriada à necessidade
de esclarecimento sentido por inúmeras almas fiéis e por todos aqueles
que no mundo estão em busca da verdade, seja qual for a família
religiosa a que pertençam.
Para a glória do Deus Santíssimo e de nosso Senhor Jesus
Cristo, confiante na ajuda da Santíssima Virgem Maria e dos
bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo, para utilidade e
edificação da Igreja, em nome de todos os pastores e de todos os
fiéis, nós pronunciamos agora esta profissão de fé, em plena
comunhão espiritual com todos vós, caros irmãos e filhos.
Cremos em um só Deus, Pai, Filho, Espírito Santo, criador
das coisas visíveis como este mundo onde se esvai nossa vida efêmera,
das coisas invisíveis como os simples espíritos que são chamados
também anjos, e criador em cada homem de sua alma espiritual e
imortal.
Cremos que este Deus único é absolutamente um em sua essência
infinitamente santa, como em todas as suas perfeições, em seu poder
imenso, em sua ciência infinita, na sua providência, na sua vontade
e no seu amor. Ele é Aquele-que-é, como se revelou a Moisés
(Ex 2,14). É o Autor como o apóstolo João nos ensina (1
Jo 4,8): de sorte que estes dois nomes Ser e Amor, exprimem
indizivelmente a mesma realidade divina daquele que desejou fazer-se
conhecer a nós e, "habitando na luz inacessível", é em si mesmo
estando acima de todo nome, de todas as coisas e de toda a
inteligência criada. Deus só pode dar-nos o conhecimento justo e
perfeito de si mesmo, revelando-se como Pai, Filho e Espírito
Santo, de cuja vida somos chamados a participar pela graça, aqui na
terra, na obscuridade da fé, e além da morte na luz eterna. Os
laços mútuos que constituem as três pessoas, que são cada uma o
mesmo e único ser divino, são a bem-aventurada vida íntima do Deus
três vezes santo, infinitamente acima de tudo o que podemos conceber
na condição humana. Rendemos graça, contudo, à bondade divina
pelo fato de que um número sem conta de crentes, possa atestar conosco
diante dos homens, a unidade de Deus, ainda que não conheçam o
mistério da Santíssima Trindade.
Cremos, portanto, no Pai que gera eternamente o Filho, no Filho,
verbo de Deus, que é eternamente gerado, no Espírito Santo,
pessoa incriada que procede do Pai e do Filho, como seu eterno
Amor. Assim nas três pessoas divinas, coaeternae sibi et
coaequales, afluem em grande riqueza e se consomem, na
sobreexcelência e glória próprias do ser incriado, a vida e a
beatitude de Deus perfeitamente uno, e sempre "deve ser venerada a
Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade".
Cremos em nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus. É o
Verbo eterno, nascido do Pai antes dos séculos e consubstancial ao
Pai homoousios to Patri, e por ele tudo foi feito. Encarnou-se por
intervenção do Espírito no seio da Virgem Maria e se fez humano:
igual ao Pai na divindade, mas inferior a ele na humanidade, e uno em
si mesmo, não por uma impossível confusão de naturezas, mas pela
unidade da pessoa.
Habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Anunciou e
instaurou o reino de Deus e fez-nos conhecer o Pai por seu
intermédio. Deu-nos um mandamento novo que é de nos amar uns aos
outros como ele nos amou. Ensinou-nos o caminho das
bem-aventuranças do Evangelho: pobreza de espírito, bondade,
sofrimento suportado com paciência, sede de justiça, misericórdia,
pureza de coração, vontade de paz, perseguição suportada por amor
à justiça. Sofreu no governo de Pôncio Pilatos, Cordeiro de
Deus carregando os pecados do mundo, morreu por nós na cruz
salvando-nos por seu sangue redentor.
Foi sepultado, e com suas próprias forças ressuscitou depois de
três dias, conferindo-nos pela sua ressurreição a participação na
vida divina, que é a vida da graça. Subiu ao céu, e voltará
cheio de glória desta vez, para julgar os vivos e os mortos: cada um
conforme seus méritos: os que corresponderam ao amor e à
misericórdia de Deus irão para a vida eterna, os que recusaram até
o fim entrarão para o fogo que não se apaga nunca.
Seu reinado não terá fim Cremos no Espírito Santo, que é
Senhor e dá a vida. É adorado e glorificado com o Pai e o Filho.
Falou-nos pelos profetas. Foi-nos mandado pelo Cristo depois de
sua ressurreição e ascenção ao Pai. Ele esclarece, dá vida,
protege e conduz a Igreja. Purifica seus membros se estes não se
furtam à graça. Sua ação, penetrando no mais íntimo da alma,
torna o homem capaz de responder ao chamamento de Jesus: "Sede
perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48).
Cremos que Maria é a mãe, que permaneceu sempre virgem, do Verbo
encarnado, nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Em virtude desta
escolha singular, e em consideração aos méritos de seu Filho, ela
foi remida de maneira mais eminente, preservada de toda a mácula do
pecado original, e acumulada com o dom da graça acima de todas as
demais criaturas.
Associada por uma relação estreita e indissolúvel aos mistérios da
Encarnação e da Redenção, a Virgem Maria, a Imaculada, foi
no fim de sua vida terrestre assumida à glória celeste em corpo e
alma, configurada a seu Filho ressuscitado em antecipação à sorte
futura dos justos. Cremos que a Virgem Mãe de Deus, nova Eva e
Mãe da Igreja , continua no céu sua tarefa de mãe em relação aos
membros do Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida
divina nas almas dos resgatados.
Cremos que em Adão todos pecaram, o que quer dizeir que a falta
original cometida por ele atingiu a natureza humana comum a todos os
homens, neste estado em que suporta as conseqüências da falta, o
qual não é o mesmo em que se encontrava antes, em nossos primeiros
pais, estabelecidos na santidade e na justiça, em que o homem não
conhecia nem o mal nem a morte. Esta natureza humana, assim
decaída, espoliada da graça que a revestia, prejudicada em suas
próprias faculdades naturais e submissa ao império da morte, é
transmitida a todos os homens e neste sentido cada homem nasce no
pecado.
Sustentamos, portanto, com o Concílio de Trento, que o pecado
original é transmitido com a natureza humana, "não por imitação,
mas por propagação", e que é assim "próprio a cada um".
Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo pelo sacrifício da cruz nos
resgatou do pecado original, e de todos os pecados pessoais cometidos
por cada um de nós, de forma que, de acordo com a palavra do
Apóstolo, "lá onde afluiu o pecado, constatou-se um maior afluxo
da graça".
Cremos num só batismo instituído por nosso Senhor Jesus Cristo,
para a remissão dos pecados. O batismo deve ser administrado até
mesmo às crianças que ainda não se tornaram culpáveis de algum
pecado pessoal, a fim de que, nascidas sem a graça sobrenatural,
renasçam "pela água e pelo Espírito Santo" para a vida divina no
Cristo Jesus.
Cremos na Igreja única, santa, católica e apostólica, edificada
por Cristo sobre esta pedra que é Pedro. Ela é o Corpo místico
do Cristo, ao mesmo tempo sociedade visível instituída com os
órgãos hierárquicos, e comunidade espiritual, a Igreja terrestre.
É o Povo de Deus que passa peregrinando aqui, e Igreja cumulada de
bens celestes. É a semente e as primícias do reino de Deus, pela
qual continuam ao longo da história a tarefa e os sofrimentos da
Redenção, aspirando à sua realização perfeita para além do tempo
na glória.
No transcorrer do tempo, o Senhor Jesus forma sua Igreja pelos
sacramentos que se derivam de sua plenitude. Por meio destes ela
habilita seus membros para participarem do mistério da morte e da
ressurreição do Cristo, na graça do Espírito Santo que lhe dá
vida e ação.
É, portanto, santa, embora compreendendo em seu seio pecadores,
porque não tem em si outra vida senão a da graça: é vivendo desta
sua vida que os membros se santificam, e furtando-se a ela que eles
caem no pecado e nos desregramentos que impedem a irradiação da
santidade. Por isso ela sofre e faz penitência por suas faltas, das
quais pode libertar e curar seus filhos pelo sangue do Cristo e pelo
dom do Espírito Santo.
Herdeira das promessas divinas e filha de Abraão segundo o
Espírito, por este Israel cujas Escrituras guarda com amor, e
cujos patriarcas e profetas venera, fundada sobre os apóstolos e
transmitindo de século em século sua palavra que sempre é viva e seus
poderes de pastores aos sucessores de Pedro e aos bispos em comunhão
com ele, perpetuamente assistida pelo Espírito Santo - ela tem como
tarefa guardar, explicar, ensinar e propagar a verdade que Deus
revelou de maneira ainda velada pelos profetas, e de modo perfeito pelo
Senhor Jesus. Nós cremos todos naquilo que contém a palavra de
Deus escrita ou transmitida, que a Igreja propõe a crer como
divinamente revelada, seja por um juízo solene, seja pelo magistério
ordinário e universal. Cremos na infalibilidade de que goza o
sucessor de Pedro quando ensina ex cathedra como pastor e doutor de
todos os fiéis, e de que é garantido o corpo dos bispos quando exerce
com o papa o magistério supremo.
Cremos que a Igreja fundada por Jesus Cristo, e pela qual pediu,
é indefectivelmente única na fé, no culto e no vínculo de comunhão
hierárquica. No seio desta Igreja, a rica variedade dos ritos
litúrgicos e a legítima diversidade dos patrimônios teológicos e
espirituais, e das disciplinas particulares, longe de prejudicarem sua
unidade, ainda mais a manifestam.
Reconhecendo a existência também fora da Igreja de inumeráveis
elementos de verdade e dc santificação, que lhe pertencem como
próprios e tendem à unidade católica, e crendo na ação do
Espírito Santo que suscita no coração dos discípulos o anseio a
esta unidade, nós temos a esperança de que os cristãos que ainda
não estão em plena comunhão com a Igreja única, se reunirão um
dia num só rebanho com um só pastor.
Cremos que a Igreja é necessária à salvação, porque o Cristo,
o único mediador para alcançar a salvação, se torna presente para
nós em seu Corpo que é a Igreja. Mas o desígnio divino da
salvação abrange a todos os homens. Todos aqueles que sem falta
própria ignoram o Evangelho do Cristo e sua Igreja, mas procuram a
Deus sinceramente e sob o influxo da graça se esforçam por cumprir
sua vontade, reconhecida pelas prescrições de sua consciência,
aqueles, em número que só Deus conhece, podem obter a salvação.
Cremos que a missa celebrada pelo sacerdote, representante da pessoa
do Cristo em virtude do poder recebido pelo sacramento da ordem, é
oferecida por ele em nome do Cristo e dos membros de seu Corpo
místico, é o sacrifício do Calvário, tornado presente em nossos
altares. Cremos que o pão e o vinho consagrados pelo Senhor na santa
Ceia foram transformados em seu corpo e em seu sangue, que seriam
oferecidos por nós na cruz, assim como o pão e o vinho consagrados
pelo sacerdote são mudados no corpo e no sangue do Cr isto glorioso
reinante no céu. Cremos que a misteriosa presença do Senhor, sob o
que continua a ter a nossos olhos a mesma aparência que antes, é uma
presença verdadeira, real e substancial.
O Cristo não pode estar presente neste sacramento, senão pela
transformação em seu corpo da própria realidade do pão e pela
transformação em seu sangue da própria realidade do vinho,
permanecendo apenas inalteráveis as propriedades do pão e do vinho que
nossos sentidos percebem. Esta mudança misteriosa, a Igreja
denomina de maneira muito apropriada de transubstanciação. Toda
explicação teológica, que procure alguma inteligência deste
mistério, deve, para concordar com a fé católica, sustentar que na
sua própria realidade independente de nosso espírito, o pão e o
vinho cessaram de existir depois da consagração, de forma que é o
corpo e o sangue adoráveis do Senhor Jesus que desde então se
apresentam diante de nós sob as aparências sacramentais do pão e do
vinho, como quis o Senhor, para se dar a nós em alimento e para nos
associar à unidade de seu Corpo místico.
A única e indivisível existência do Senhor no céu não é
multiplicada, mas é tornada presente pelo sacramento nos múltiplos
lugares da terra onde a missa é celebrada. Esta existência permanece
presente depois do sacrifício no Santíssimo Sacramento, que é no
tabernáculo o coração vivo de cada uma de nossas igrejas. É para
nós um dever suave honrar e adorar na santa hóstia que nossos olhos
vêem, o Verbo encarnado que não vêem, o qual sem deixar o céu se
torna presente diante de nós.
Confessamos que o reino de Deus, começado aqui na Igreja do Cristo
não é deste mundo, cuja figura passa, e que seu crescimento próprio
não pode confundir-se com o progresso da civilização, da ciência
ou da técnica humanas, mas consiste em conhecer cada vez mais
profundamente as insondáveis riquezas do Cristo, em esperar sempre
mais intensamente os bens eternos, em responder cada vez mais
ansiosamente ao amor de Deus, em distribuir sempre mais generosamente
a graça e a santidade entre os homens. Mas é este mesmo amor que
leva a Igreja a se preocupar constantemente com o verdadeiro bem
temporal dos homens. Sem deixar de lembrar a seus filhos que não
possuem aqui morada permanente, ela os incentiva também a contribuir
cada um conforme sua vocação e seus meios para o bem-estar da cidade
terrestre, a promover a justiça, a paz e a fraternidade entre os
homens, a proporcionar ajuda a seus irmãos, especialmente aos mais
pobres e infelizes. A intensa solicitude da Igreja, esposa do
Cristo, pelas necessidades dos homens, suas alegrias e esperanças,
suas penas e esforços, não é outra senão seu grande anseio de estar
presente entre eles para iluminá-los com a luz do Cristo e
reuní-los todos em torno dele, único Salvador. Jamais poderá dar
a entender que se conforma com as coisas deste mundo, nem que diminua a
ardorosa expectativa do Senhor e do seu reino eterno.
Cremos na vida eterna. Cremos que as almas de todos aqueles que
morreram na graça do Cristo, seja seja que tenha de ser purificadas
no purgatório, seja que no mesmo instante da morte Jesus as leve ao
paraíso como fez com o Bom Ladrão, são o Povo de Deus na região
para além da morte, que será definitivamente vencida no dia da
ressurreição quando estas almas serão reunidas a seus corpos.
Cremos que a multidão daqueles que estão reunidos em torno de Jesus
e de Maria no paraíso forma a Igreja do céu, onde na eterna
beatitude vêem a Deus tal qual é (1 Jo 8,2) e onde são
também, em diversos graus, associados com os santos anjos no governo
divino exercido pelo Cristo glorioso, intercedendo por nós e nos
ajudando em nossa fraqueza por sua solicitude fraternal.
Cremos na comunhão de todos os fiéis no Cristo, daqueles que são
peregrinos na terra, dos mortos que completam sua purificação, dos
bem-aventurados do céu, todos juntos formando uma só Igreja.
Cremos que nesta comunhão o amor misericordioso de Deus e de seus
santos está à escuta de nossas preces, como nos disse Jesus:
"Pedi e recebereis" (Lc 10,9-10; Jo 16,24). Assim
é com fé e na esperança que aguardamos a ressurreição dos mortos e
a vida do mundo futuro.
Bendito seja o Deus três vezes santo. Amém.
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