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A fidelidade a Cristo e à sua palavra, a humildade perante a ação
de seu Espírito em nós, o serviço de todos e cada um, eis
efetivamente as virtudes que poderão conferir à nossa reflexão e ao
nosso trabalho sua qualidade cristã. Então somente a colaboração
de todos os cristãos exprimirá ao vivo a união entre eles e porá
numa evidência mais luminosa, a verdadeira face do Cristo servidor.
Em virtude desta crescente colaboração em todos os domínios de
interesse comum, põe-se por vezes o problema: a Igreja católica
deve tornar-se membro do Conselho Ecumênico? Que poderíamos nós
neste momento responder a esta pergunta? Com toda a franqueza
fraterna, não consideramos o problema da participação da Igreja
católica no Conselho Ecumênico já suficientemente amadurecido, a
ponto de se poder ou dever dar uma resposta positiva. A questão
permanece ainda no domínio das hipóteses. Comporta graves
implicações teológicas e pastorais. Exige estudos aprofundados e
engaja para um caminho que a honestidade nos obriga a reconhecer que
poderá ser muito longo e difícil. Isto, porém, não nos impede de
vos assegurar que estamos voltados para vós, com grande respeito e com
profundo afeto. A vontade que nos anima e o princípio que nos dirige
serão sempre a persecução, cheia de esperança e de realismo
pastoral, da unidade querida por Cristo.
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