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37. Se a Igreja, como dizíamos, tem consciência do que o
Senhor quer que ela seja, surge nela uma plenitude única e a
necessidade de efusão, adverte claramente uma missão que a transcende
e um anúncio que deve espalhar. É o dever da evangelização, é o
mandato missionário, é o dever de apostolado. Não lhe basta uma
atitude de conservantismo. É certo que o tesouro de verdade e de
graça, que nos veio em herança da tradição cristã, o devemos
guardar e o devemos até defender. "Guarda o depósito", manda
São Paulo (1Tm 6,20). Mas nem a guarda nem a defesa são os
únicos deveres da Igreja quanto aos dons que possui. Dever seu,
inerente ao patrimônio recebido de Cristo, é também a difuso, a
oferta, o anúncio: "Ide, pois, ensinar todos os povos" (Mt
28,19). Foi a última ordem de Cristo aos seus Apóstolos.
Estes, já com o simples nome de Apóstolos, definem a própria
missão indeclinável. A este interior impulso da caridade, que tende
a fazer-se dom exterior, daremos o nome, hoje comum, de diálogo.
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