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Intercessão de Maria
98. Veneráveis Irmãos, Pastores do rebanho de Deus espalhado
pelas diversas partes do mundo, caríssimos sacerdotes irmãos e filhos
nossos, para concluir esta carta que vos dirigimos de alma aberta a
toda a caridade de Cristo, convidamo-vos a voltardes confiadamente os
olhos e o coração para a dulcíssima Mãe da Igreja, invocando,
com renovada e filial confiança, a sua materna e poderosa intercessão
em favor do sacerdócio católico. Nela, o Povo de Deus admira e
venera o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da
perfeita união com Cristo. Maria, Virgem e Mãe, alcance para a
Igreja, que também é chamada mãe e virgem, [48] a graça de
poder gloriar-se, humildemente e sempre, da fidelidade dos sacerdotes
ao sublime dom da virgindade, e de vê-lo florescer e ser cada vez
mais apreciado, em todos os ambientes, para que engrossem as fileiras
dos que acompanham o Cordeiro por onde quer que Ele vá (cf. Ap
14,4).
Firme esperança da Igreja
99. A Igreja proclama altamente esta sua esperança em Cristo:
tem consciência da dramática escassez de sacerdotes em relação às
necessidades espirituais da população do mundo, mas espera
firmemente, fundada nos recursos inimitos e misteriosos da graça, que
a qualidade espiritual dos seus ministros há de produzir também o seu
aumento em número, pois a Deus tudo é possível (cf. Mc
10,27; Lc 1,37).
Nesta fé e nesta esperança, a bênção apostólica que de todo o
coração vos concedemos, seja para todos vós augúrio de graças
celestes e testemunho da nossa paternal benevolência.
Dado em Roma, junto de S. Pedro, a 24 de junho, festa de S.
João Batista, do ano 1967, quinto do nosso pontificado.
PAULUS PP. VI
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