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7. Pensamos que hoje é necessário à Igreja aprofundar a
consciência que ela deve ter de si mesma, do tesouro de verdades de
que é herdeira e guarda, e da missão que deve exercer no mundo.
Ainda antes de ela se propor o estudo de qualquer questo em
particular, e de considerar a atitude que deve tomar perante o mundo
que a circunda, a Igreja deve neste momento refletir sobre si mesma,
para se confirmar no conhecimento dos desígnios divinos a seu
respeito, para encontrar maior luz, nova força e maior alegria no
cumprimento da própria missão, e para escolher o melhor modo de
estreitar, ativar e melhorar os seus contatos com a humanidade a que
pertence, embora possua caracteres próprios inconfundíveis.
Parece-nos que esta reflexo pode abranger também o modo escolhido por
Deus para se revelar aos homens e para estabelecer com eles aquelas
relações religiosas de que a Igreja é instrumento e expresso.
Porque, se é verdade que a revelação divina se realizou "em muitos
lugares e de muitos modos" (Hb l,l), e com fatos históricos
externos e incontestáveis, é também certo que a inserção dela na
vida humana se faz por caminhos só próprios da palavra e da graça de
Deus. Esta comunica-se interiormente às almas, por meio da
pregaço da mensagem salvífica e do conseqüente ato de fé,
princípio da nossa justificação.
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