|
59. Mas não podemos apartar os nossos olhos do panorama do mundo
contemporâneo sem formular um voto de felicidade: o de que o nosso
propósito de cultivar e aperfeiçoar o nosso diálogo, nas várias e
mudáveis facetas que ele apresenta, venha a contribuir para a causa da
paz entre os homens, isto, como método que procura regular as
relações humanas à luz nobre da linguagem razoável e sincera, e
como contribuição de experiência e de sabedoria, que pode reavivar
em todos a consideração dos valores supremos. A abertura dum
diálogo, tal como deseja ser o nosso, desinteressado, objetivo e
leal, pesa já por si em favor duma paz livre e honesta; exclui
fingimentos, rivalidades, enganos e traições; não pode deixar de
proclamar, como delito e como ruína, a guerra de agressão, de
conquista e de predomínio, nem pode excluir, para além das
relações entre os vértices das nações como hoje se diz, as
existentes no interior das mesmas e as suas bases tanto sociais como
familiares e individuais. Assim se difundirão em todas as
instituições e em todos os espíritos o sentido, o gosto e o dever da
paz.
|
|