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13. É para ouvirmos este convite, que julgamos poder ainda hoje
atrair os nossos espíritos e revelar-nos uma das necessidades
fundamentais da vida da Igreja nestes tempos, que hoje o propomos.
Cada vez mais instruídos na ciência do Corpo Místico,
apreciaremos melhor os sentidos divinos que encerra, fortificando ao
mesmo tempo as nossas almas de modo incomparável e dispondo-nos cada
vez melhor para a correspondência aos deveres da nossa missão e às
necessidades dos homens. Nem nos parece difícil aumentar em nós esta
ciência, quando por um lado observamos, como dizíamos, o
florescimento enorme de estudos que têm por objeto a santa Igreja, e
sabemos por outro que é sobre ela que mais se fixa o olhar do
Concílio Ecumênico Vaticano II. Queremos, neste momento,
tributar um elogio bem sentido àqueles investigadores, que,
especialmente nos últimos anos, se dedicaram ao estudo eclesiológico
com perfeita docilidade ao magistério católico e genial capacidade de
pesquisa e de expressão. Consagraram-lhe árduas, contínuas e
frutuosas canseiras e apresentaram múltiplos esclarecimentos da
doutrina sobre a Igreja, alguns de alto valor e de grande utilidade,
trabalhando quer nas escolas teológicas e na discussão científica e
literária, quer na apologia e na divulgação, e ainda na
assistência espiritual às almas dos féis e no colóquio com os
irmãos separados.
Temos esperança que a obra do Concílio, assistida pela luz do
Espírito Santo, será continuada e levada a bom termo com tal
docilidade às suas inspirações divinas, com tal esforço na
indagação profunda e completa do pensamento original de Cristo e dos
seus necessários e legítimos progressos no tempo, com tal esforço
para tornar as verdades divinas não espada para dividir os espíritos,
em discussões estéreis ou em cisões fastidiosas, mas laço para os
unir e os levar a maior clareza e concórdia, que a obra do Concílio
reverterá inteiramente em glória de Deus, alegria da Igreja e
edificação do mundo.
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