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9. Poderíamos exprimir de outro modo o apelo que dirigimos, tanto a
cada pessoa em particular que esteja disposta a ouvi-lo, portanto, a
cada um de vós, Veneráveis Irmãos, e aos que convosco seguem o
nosso ensinamento, quanto a toda a "sociedade dos féis", que é a
Igreja considerada no seu conjunto. Poderíamos convidar a todos para
um ato de fé, viva, profunda e consciente, em Jesus Cristo Senhor
Nosso. Este momento da nossa vida religiosa deveria caraterizar-se
por esta profissão de fé, vigorosa e convicta, ainda que sempre
humilde e ansiosa, semelhante à que nos transmite o Evangelho,
pronunciada pelo cego de nascença, a quem Jesus Cristo, com bondade
igual ao poder, abrira os olhos: "Creio, Senhor" (Jo
9,38); ou semelhante à de Marta, no mesmo Evangelho: "Sim,
eu creio, Senhor, que tu és o Cristo, Filho de Deus vivo, que
vieste a este mundo" (Jo 11,27); ou ainda semelhante à tão
comovente de Simão, depois transformado em Pedro: "Tu és o
Cristo, Filho de Deus vivo" (Mt 16,16).
Por que nos atrevemos a convidar-vos a este ato de consciência
eclesial? a este ato de fé explícito, ainda que interior?
Muitas são as razões, segundo nos parece, e todas derivam de
exigências profundas e essenciais do momento particular em que se
encontra a vida da Igreja.
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