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A natureza divina não aumenta.
Tudo o que cresce por aumento, recebe algo que é mais do que ele
próprio. Tudo o que, porém, recebe algo além daquilo que possui
em si próprio, é necessário que o receba de outro, porque nenhuma
coisa pode dar a si mesmo o que não possui. De quem, portanto, o
Criador receberia algo que não possui, se tudo o que existe procede
de si próprio? Não pode crescer, portanto, quem nada pode receber
que seja mais do que si próprio.
A natureza divina também não pode diminuir.
Tudo o que pode tornar-se menor do que a si mesmo, não possui
verdadeira unidade, porque aquilo que se divide na separação, na
união não foi o mesmo. Deus, portanto, cujo ser é inteiramente
uno, de modo algum pode tornar-se menor do que si mesmo. Sua
perfeição não pode ser aumentada, sua unidade não pode ser
diminuída, sua imensidade não pode ser abarcada, nem pode mudar de
lugar aquilo que é onipresente.
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