13. Como às vezes é necessário descer os degraus.

Viste portanto como subindo por estes degraus se chega à perfeição, de modo que aquele que permanecer no inferior não poderá ser perfeito.

Nosso propósito deverá ser, portanto, subir sempre; mas como a instabilidade de nossa vida é tanta, de modo que não podemos permanecer sempre no mesmo, somos freqüentemente obrigados a rever aquilo que fazemos e, para que não percamos aquilo em que já estamos, repetimos às vezes aquilo pelo qual passamos.

Em outras palavras, aquele que é vigoroso na obra, ora para que não desfaleça. Aquele que insiste nas preces, medita no que deve orar para que não ofenda ao orar. E aquele que às vezes confia menos no próprio conselho, consulta a leitura.

Assim ocorre que, embora seja a nossa vontade sempre a de subir, a necessidade nos força às vezes a descer, mas de tal maneira que nosso propósito consista na vontade, e não na necessidade. Seja nosso propósito o subir; o descer seja-lhe alheio, pois não este, e sim aquele, deve ser o principal.