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Ninguém julgue ter sido minha intenção repreender a diligência dos
estudantes ao chamar-lhes a atenção para o que disse acima. Na
verdade o que eu mais desejo é exortar os estudantes diligentes aos
seus propósitos, e mostrar como aqueles que de boa vontade se dedicam
ao aprender são dignos de louvor. Ocorre porém que acima eu falava
aos já eruditos; agora, porém, aos que devem ser ensinados e que se
iniciam na doutrina que é princípio da disciplina. O propósito dos
eruditos deverá ser o exercício das virtudes; o propósito dos
principiantes deverá ser o estudo, mas de tal maneira que nem os
principiantes careçam de virtude, nem os eruditos abandonem
inteiramente o estudo. Pois freqüentemente a obra que não foi
precedida do estudo é menos prudente, assim como a doutrina à qual
não se segue a boa obra é menos útil.
É necessário, portanto, e tarefa de grande importância, prevenir
aos eruditos para que não ocorra talvez que voltem os seus olhos para
aquilo que ficou para trás; e consolar aos principiantes se às vezes
desejam já chegar onde aqueles estão.
Convém, portanto, exercitar a ambos e promover a ambos. Que
ninguém volte para trás; seja permitido subir, não descer. Se,
porém, tu ainda não és capaz de subir, permanece, enquanto isso,
em teu lugar.
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