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As origens de São Vítor de Paris exercitaram a sagacidade de
muitos críticos. Os anais manuscritos desta abadia mencionam,
entretanto, a existência ali de uma capela anterior ao XIIo
século. A existência desta pequenina capela, anterior a Guilherme
de Champeaux, é, entretanto, incontestável. Se acreditarmos em
Simon Gourdan, autor da "História dos Homens Ilustres de São
Vítor", esta capelinha servia àqueles solitários piedosos que
vinham, longe do tumulto da cidade, consagrarem-se à oração e à
meditação das verdades cristãs.
Esta prática não era nova. Já nos primeiros séculos da Igreja,
e antes da fundação dos primeiros mosteiros, as grandes cidades
tinham as suas ermidas. Antioquia no Oriente, Roma e Milão no
Ocidente, estas cidades nos fornecem mais de um exemplo. Suas
ermidas não estavam submetidas a uma regra comum. A vida nelas estava
dividida entre a oração, a meditação e o trabalho manual.
De qualquer maneira, apesar das controvérsias existentes sobre outros
aspectos da questão, é uma coisa certa que não é senão a
Guilherme de Champeaux que remonta a escola de São Vítor que
estamos nos propondo a conhecer.
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