INVOCAÇÃO FINAL. A PALESTINA

37. Com esta esperança invocamos a proteção do Altíssimo sobre todos os povos e nações, especialmente sobre aqueles que mais que os outros se encontram expostos às ameaças de guerra, às agitações e devastações. E como, nesta vigília do Santo Natal, o Nosso pensamento não buscaria ainda uma vez aquela terra da Palestina, onde o Filho de Deus feito homem viveu a sua vida terrestre; a Palestina, onde, mesmo com a suspensão das hostilidades, não aparece ainda um seguro fundamento de paz? Possa encontrar-se enfim uma feliz solução que, enquanto venha em socorro das necessidades de tantos milhares de míseros prófugos, satisfaça ao mesmo tempo os votos de toda a cristandade, ansiosa pela tutela dos Lugares Santos, tornando-os livremente acessíveis e protegidos, mediante a constituição de um regime internacional.

38. Nós imploramos igualmente a assistência divina sobre quantos estimam dedicar-se à segurança e aperfeiçoamento da paz, com suas orações e sua colaboração ativa: aos dirigentes dos povos, àqueles que podem exercer uma eficaz influência sobre a opinião pública, e em geral àqueles cujos sinceros convites à paz são mais facilmente acolhidos pelos povos; sobre as inumeráveis fileiras de vítimas da guerra, e sobre muitos outros, cuja mísera condição se torna cada dia mais angustiosa, enquanto se prolonga a intolerável espera de uma paz definitiva, moralmente justa e duradoura, isenta de todo prejuízo ou superstição de raça e de sangue.

39. No entanto, esperando da graça divina a realização destes ardentes votos, concedemos de coração a vós todos, diletos filhos e filhas, unidos a Nós pelos vínculos da fé e do amor, a Nossa paternal Bênção Apostólica.