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33. Um dever, de resto, obriga a todos, um dever que não admite
nenhuma demora, nenhuma protelação, nenhuma hesitação, nenhuma
tergiversação: o de fazer tudo quanto é possível para proscrever e
banir, de uma vez para sempre, a guerra de agressão como solução
legítima das controvérsias internacionais e como instrumento de
aspirações nacionais. Vimos no passado empreenderem-se muitas
tentativas com este fim. Todas faliram. E falirão todas, sempre,
enquanto a parte mais. sadia do gênero humano não tiver vontade
firme, santamente obstinada, como uma obrigação de consciência, de
cumprir a missão que os tempos passados haviam iniciado com
insuficiente seriedade e resolução.
34. Se jamais ama geração deveu sentir no fundo da consciência o
grito de "Guerra à guerra!", é certamente a presente.
Caminhando através de um oceano de sangue e lágrimas, como talvez os
tempos passados jamais conheceram, ela viveu suas indescritíveis
atrocidades tão intensamente, que a lembrança de tantos horrores
deverá ficar impressa na memória e no mais profunda da alma como a
imagem de um inferno, à qual quem quer que nutra no coração
sentimentos de humanidade, não poderá ter desejo mais ardente que o
de fechar-lhe as portas para sempre.
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