CONCLUSÃO: EXORTAÇÃO À ESPERANÇA E À FÉ

40. Não obstante isso, Nós queremos encerrar a Nossa Mensagem de Natal com uma veemente exortação à esperança e á fé. Se a fé no divino Redentor move os cristãos a considerar cada coisa à luz da verdade, sempre antiga e sempre nova, das palavras que o velho Simeão pronunciou acerca do Menino Jesus. apresentado no templo: "Eis que este foi posto para a ruins e a ressurreição de muitos... e como sinal de contradição" (Lc 2, 34); sabemos que o número daqueles que não se afastam de Cristo peia incredulidade, que a Ele aderem, que estão prontos a dar por Ele a própria vida, que n'Ele e na ressurreição depositam a sua inabalável esperança, sabemos que este número é grande, que cresce e se fortifica, vemos que eles irradiam a sua energia e o seu benéfico influxo em todos os campos da vida, e que outros homens de boa vontade a eles se vêm unir. - A vós todos, portanto, diletos filhos e filhas, Nós dizemos: A vossa hora chegou!

41. As Assembléias dos Homens de Estado preside, como Senhor Soberano, um outro Espírito invisível , aquele Deus onipotente, a cujos olhos nada escapa e que em suas mãos tem os pensamento e os corações, para incliná-los a seu bel-prazer e na hora da sua escolha, aquele Deus, cujos imperscrutáveis desígnios são todos ditados pelo seu amor paternal. Mas, para realizá-los, Ele quer valer-se da vossa cooperação. Nos dias de luta, vosso posto é na primeira linha, na frente de batalha. Os tímidos e os que se ocultam estão bem próximo de tornar-se de- sertores e traidores. Desertor e traidor seria todo aquece que quisesse prestar a sua colaboração material, os seus serviços, a sua capacidade, a sua ajuda, o seu voto a partidos e a governos que negam a Deus, que sobrepõem a força ao direito, a ameaça e o terror à liberdade, que fazem da mentira, dos embustes, da sublevação das massas, outras tantas armas da sua política, tornando impossível a paz interna e externa.

42. Reportemo-nos a três séculos atrás. A Europa convulsionada pelos horrores da guerra dos Trinta Anos, trouxe finalmente o ano de 1648 a mensagem de paz, aurora da restauração. - Rogai e trabalhai por obter de Deus que o ano de 1948 seja para a Europa ferida, para os povos divididos pelas discórdias, o ano do renascimento e da paz, e que, expulso o espírito das trevas, o anjo do abismo, erga-se sobre o mundo o Sol da justiça, Jesus Cristo, Senhor Nosso, ao qual sejam dados honra e glória no tempo e na eternidade.