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8. Consciente da tenebrosa audácia do mal que se espraia nesta
vida, o verdadeiro discípulo de Cristo experimenta em si vivo
estímulo para maior vigilância sobre si, e sobre os irmãos em
perigo. Seguro como está na promessa de Deus e na final vitória de
Cristo sobre os seus inimigos e os do seu reino, sente-se
interiormente robustecido contra desilusões e insucessos, derrotas e
humilhações, e pode comunicar igual confiança a todos aqueles com
quem priva no ministério apostólico, tornando-se desta guisa o seu
baluarte espiritual, enquanto dá coragem e exemplo a quantos são
tentados a ceder e desanimar perante o número e poder dos
adversários. E sejam dadas infinitas graças ao Senhor! que também
hoje a Igreja não é pobre destas almas eleitas e santas e fortes -
tanto na ordem do clero como nas fileiras do laicado - que com
heroísmo, o mais das vezes ignorado do mundo, com uma fidelidade que
jamais vacila, no meio dos outros que caem na pusilanimidade e na
fraqueza, põem em prática a exortação do Profeta:
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"Confortate
manus dissolutas, et genua debilia roborate. Dicite pusillanimis:
Confortamini, et nolite timere: ecce Deus vester ultionem adducet
retributionis: Deus ipse veniet, et salvabit vos".
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