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17. Tal ordem nova, que todos os povos anelam ver realizada depois
das provações e ruínas desta guerra, tem de ser levantada sobre a
rocha inabalável da lei moral, manifestada pelo próprio Criador por
meio da ordem natural, e por ele insculpida nos corações dos homens
com caracteres indeléveis; lei moral cuja observância deve ser
inculcada e promovida pela opinião pública de todas as nações e de
todos os Estados com tal unanimidade de voz e de força, que
ninguém se possa atrever a pô-la em dúvida ou atenuar-lhe o vinculo
obrigatório.
18. Como farol resplandecente, deve com a luz de seus princípios
dirigir o curso da atividade dos homens e dos Estados, os quais terão
de seguir as suas admoestações e indicações salutares e profícuas,
se não quiserem condenar à tempestade e ao naufrágio todo o trabalho
e esforços para estabelecer uma ordem nova. Resumindo, pois, e
completando o que em outras ocasiões foi por Nós exposto, insistimos
também agora sobre alguns pressupostos essenciais de uma ordem
internacional, que, assegurando a todos os povos uma paz justa e
duradoura, seja fecunda de bem estar e prosperidade.
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