MARAVILHAS INCOMPARÁVEIS.

7. Ao pisarmos pela última vez aquela soleira, transposta por tantos peregrinos vindos em busca de purificação e de perdão, há de voltar à Nossa mente, como numa visão única, todo o cortejo de maravilhas deste Ano Santo verdadeiramente incomparável: o brilho magnifico das grandes cerimônias liturgias, como também o resplendor invisível, mas por isso mais belo ainda, das almas renovadas e santificadas pelas lágrimas do arrependimento no tribunal da penitência e peias do amor junto dos altares.

8. Reviverão no Nosso pensamento as solenes Canonizações e Beatificações, vivo testemunho de quanto pode realizar a natureza humana ajudada pela graça divina e de quanto é fecunda, em obras benéficas, a Santa Igreja, através de todos os tempos.

9. Ouviremos de novo os irreprimíveis clamores de júbilo, as orações devotas e os cânticos, cujo entusiasmo fazia ressoar as abóbadas da Basílica Vaticana. Esta, incapaz de conter as multidões sempre crescentes, teve de alargar-se para fora, estendendo os grandes braços da sua colunata. Veremos de novo, em espírito, os dias da Páscoa e do Corpo de Deus; a tarde da Canonização de S. Maria Goretti; a manhã, resplandecente de brilho excepcional e misterioso, que ouviu proclamar o Dogma da Assunção de Maria Santíssima. Veremos de novo as grandes procissões de penitência e de propiciação, que honraram, pelas ruas da Roma cristã, as imagens do Crucificado e da Virgem Mãe. Acumular-se-ão na Nossa mente as lembranças de tantos Congressos, que tiveram por assunto as ciências sagradas ou problemas do apostolado; os ecos das Nossas palavras que a voz dos povos, junto à da Imprensa e da Rádio, difundiam pelo Mundo; os documentos pontifícios, dirigidos a tanta variedade de pessoas, em particular a Encíclica Humani generis e a Nossa exortação ao Clero, da qual esperamos os frutos mais abundantes.