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35. Também Nós - e mais que ninguém - deploramos a monstruosa
crueldade das armas modernas. Deploramo-la e não cessamos de pedir
que não venham a ser usadas. Doutra parte, porém, não é
porventura uma espécie de materialismo prático, de sentimentalismo
superficial, o considerar, no problema da paz, unicamente ou
principalmente a existência e a ameaça de tais armas, fazendo caso
omisso da ausência da ordem cristã, que é a verdadeira garantia da
paz?
36. Daqui, entre outros motivos, as divergências e até as
inexatidões sobre a liceidade ou iliceidade da guerra moderna. Daqui
igualmente a ilusão de certos políticos que se fiam demasiado na
existência ou remoção de tais armas. Também a elas com o tempo se
vai perdendo o medo. Ou, pelo menos, não bastaria esse pavor para
suster no momento o desencadear duma guerra, especialmente onde os
sentimentos dos cidadãos contam pouco nas determinações dos
Governos.
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