|
21. 3º No campo de uma nova ordem fundada sobre princípios
morais, não há lugar para acanhados cálculos egoísticos, tendentes
a açambarcar as fontes econômicas e as matérias de uso comum, de
modo que as Nações menos favorecidas pela natureza fiquem delas
excluídas. Ao qual propósito é-Nos de suma consolação ver
afirmada a necessidade da participação de todos aos bens da terra,
ainda naquelas Nações que ao atuar este princípio pertenceriam à
categoria das "Nações que dão" e não "das que recebem". Mas
é conforme à equidade que a solução de tal questão, decisiva para
a economia do mundo, se faça metódica e progressivamente com as
necessárias garantias, e aproveitando a lição das faltas e omissões
do passado. Se na futura paz não se arcasse corajosamente com este
ponto, ficaria nas relações entre os povos uma profunda e vasta raiz
a germinar amargos contrastes e exasperadas invejas, que acabariam por
levar a novos conflitos. Note-se porém que a solução satisfatória
deste problema está estreitamente ligada com outro princípio
fundamental de uma ordem nova, do qual falamos no ponto seguinte.
|
|