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13. As duras provações que a Igreja sofreu devido à guerra e ao
após-guerra, as perdas dolorosas e os graves danos que a afligiram,
não resultaram senão em tornar mais confortadora e estimulante a sua
energia e resistência; batida pelas tempestades e pelas ondas, ela
conservou intata e inviolável a sua substância vital, e em todos os
povos, entre os quais professar a fé católica eqüivale na realidade
a sofrer perseguições, sempre se encontraram e se encontram milhares
de denodados, que, impávidos em meio aos sacrifícios, às
proscrições e aos tormentos, intrépidos diante de cadeias e da
morte, não dobram os joelhos diante do Baal da prepotência e da
força (cf. 3 Rs 19, 18). O grande público ignora, as mais
das vezes, os seus nomes; mas eles estão inscritos com caracteres
indeléveis nos anais da Igreja. E' para Nós um dever glorificar
esses fiéis e esses fortes, esses infatigáveis e valorosos, esses
eleitos e benditos de Deus, para os quais nem as aperturas dos tempos
presentes, nem as dores e lágrimas maternais da Esposa de Cristo
são motivos de escândalo ou estultice, mas ocasião e poderoso
estímulo para manifestar, não por palavras, mas em atos, a retidão
e o desinteresse de seus sentimentos, a sua absoluta fidelidade, a
generosidade sublime de seu coração. Faltam palavras para dignamente
reconhecer, para exaltar com justiça o heroísmo desses fidelíssimos
entre os fiéis. A cada um deles vá a expressão de Nosso louvor e
de Nossa gratidão. O Senhor, que prometeu recordar-se diante de
seu Pai celeste daqueles que o tivessem confessado diante dos homens
(cf. Mt 10, 32), será sua eterna recompensa.
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