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13. Externar a própria opinião sobre os deveres .e sacrifícios
que lhe são impostos, não ser obrigado a obedecer sem ter sido
ouvido: eis dois direitos do cidadão que na democracia, como o
próprio nome o indica, encontram a sua expressão. Da solidez, da
harmonia, dos bons frutos deste contacto entre os cidadãos e o governo
do Estado, se pode reconhecer se uma democracia é verdadeiramente sã
e equilibrada, e qual seja a -sua força de vida e crescimento. E
pelo que diz à extensão e natureza dos sacrifícios exigidos de todos
os cidadãos: em nossos dias em que a atividade do Estado é tão
vasta e decisiva, a forma democrática de governo parece a muitos como
um postulado natural imposto pela própria razão. Quando, porém,
se reclama "mais democracia e melhor democracia", tal exigência nada
mais pode significar que colocar o cidadão em condições cada vez
melhores de ter a própria opinião pessoal, e de exprimi-Ia e
fazê-la valer de um modo adequado ao bem comum.
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