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11. Faltaríamos à gratidão para com o Onipotente, doador de
todas as graças e consumador de todos os bens, se não
reconhecêssemos que o ano agora transcorrido, não obstante todas as
ânsias e dores, foi igualmente rico de santas alegrias e
consolações, de felizes experiências e encorajadores sucessos. Um
ano, pois, no qual em todos os povos e nações, em todos os paires e
continentes, a Igreja deu indubitáveis e esplêndidos sinais de
vida, de força, de operosidade, de resistência, de rápidos
progressos, que não somente fizeram brotar as mais radiosas
esperanças no campo espiritual, mas produziram também visíveis
frutos nos gigantescos debates em que a humanidade se acha empenhada na
luta pelo seu restabelecimento e sua pacificação.
12. Uma magnífica série de solenidades religiosas, de Congressos
eucarísticos e marianos, de importantes celebrações centenárias e
de grandiosas reuniões mostraram a qualquer observador imparcial que
nem a guerra, nem o após-guerra, nem a contumácia dos inimigos de
Cristo nos seus propósitos desagregadores e destruidores estiveram em
condições de atingir, para secá-las ou contaminá-las, as fontes
puras das quais a Igreja há vinte séculos tira a sua força vital.
Por toda parte nasce e se agita uma vida nova, que, de modo
particular na juventude católica, se esforça por levar as verdades do
Evangelho e a força salutífera da sua doutrina a todos os campos do
viver humano para vantagem e salvação mesmo daqueles que até agora,
com grande dano próprio, haviam cerrado seus corações a tão
benéfica ação.
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