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21. Que o Ano Santo marque, para as almas aliciadas pela miragem
lisonjeira do pecado e que andam longe da casa Paterna, a hora do
retorno a Jesus Cristo Redentor. São crentes e católicos, aos
quais desgraçadamente o espírito, tão débil como a carne, levou a
ser trânsfugas dos próprios deveres e a esquecerem os verdadeiros
tesouros, durante longos anos seguidos, ou em habitual alternativa de
deserções e de lábeis encontros. Enganam-se, se julgam possuir
uma vida cristã e aceite a Deus, sem que a graça santificante
permaneça habitualmente em seus corações.
22. Dos fáceis compromissos entre terra e céu, tempo e
eternidade, sentidos e espírito, são arrastados ao perigo de morrer
de miséria e de fome, longe daquele Jesus que não reconhece como
seus os que querem servir a dois senhores. Para estes chagados de
espirito, leprosos, paralíticos, sarmentos arrancados sem seiva de
vida, seja o Ano Santo tempo de cura e de restabelecimento. O anjo
da piscina probática quer renovar para todos eles o prodígio das
águas salutares. Quem recusará este banho de vida?
23. O velho Pai da parábola evangélica espera ansioso, no limiar
da Porta Santa, que o filho transviado retorne contrito. Quem
quererá obstinar-se no deserto da culpa?
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