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24. Oh! se este Ano Santo pudesse também saudar o há séculos
esperado grande retorno à única verdadeira Igreja de muitos que
crêem em Jesus Cristo, mas que dela por motivos vários se
separaram! Com gemidos inenarráveis o Espirito, que está nos
corações dos bons, eleva hoje como brado de súplica a mesma prece do
Senhor: ut unum sint (Jo 17, 11). Com justa apreensão em
face da audácia com que se move a frente única do ateísmo militante,
o que há longo tempo se perguntava é hoje clamado em alta voz: Por
que ainda separações? Por que ainda cismas? Para quando se deixa a
união concorde de todas as forças do espírito e do amor?
25. Se outras vezes da Sé Apostólica partiu o convite à
unidade, nesta ocasião Nós o repetimos mais ardente e paternal,
levados como Nos sentimos pelos apelos e súplicas de tantos e tantos
crentes esparsos por toda a terra, que, após as trágicas e lutuosas
vicissitudes sofridas, volvem olhos para esta mesma Sé como para a
âncora de salvação do mundo inteiro. Para todos os adoradores de
Cristo, - sem excluir aqueles es que, numa sincera mas vã
expectativa, O adoram prometido nas profecias dos Profetas e não
vindo já, - abrimos Nós a Porta Santa, e ao mesmo tempo os
braços e o coração daquela paternidade, que por inescrutável
desígnio divino Nos foi comunicada por Jesus Redentor.
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