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23. A vontade cristã de paz vem de Deus. Ele é o "Deus
da paz" (Rom 15, 33) ; Ele criou o mundo para ser uma morada
da paz; Ele proclamou o seu preceito de paz, daquela "tranqüilidade
na ordem", de que fala S. Agostinho.
24. A vontade cristã de paz tem também suas armas. Mas as
principais são a oração e o amor: a oração constante ao Pai
celeste, Pai de todos nós; o amor fraterno entre todos os homens e
todos os povos, porque todos são filhos do mesmo Pai que está nos
céus, o amor que com a paciência procura manter-se sempre pronto e
disposto a entender-se e por-se de acordo com todos.
25. Estas duas armas procedem de Deus, e onde elas faltam, não
se sabe senão manejar as armas materiais e não poderá haver
verdadeira vontade de paz, porquanto esses armamentos puramente
materiais provocam necessariamente a desconfiança e criam como que um
clima de guerra. Quem não vê, portanto, qual a importância para
os povos de conservarem e reforçarem a vida cristã e quão grave é
sua responsabilidade na escolha e na vigilância daqueles a quem confiam
a imediata conservação dos armamentos?
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