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37. Por outro lado, o desarmamento, ou seja, a redução
simultânea e recíproca das armas, sempre aliás desejada e solicitada
por Nós, é garantia pouco sólida duma paz duradoura, se não for
acompanhada da abolição das armas do ódio, da cobiça e da imoderada
ambição de predomínio. Em outros termos, quem une demais a
questão da paz com a das armas materiais comete o erro de descuidar o
aspecto principal e espiritual do perigo duma guerra, a sua visão não
vai além dos números e limita-se necessariamente ao momento em que o
conflito ameaça desencadear-se. Embora amigo da paz, chegará
sempre tarde demais para salvá-la.
38. Se se quiser de verdade impedir a guerra, dever-se-á antes
de tudo procurar a cura da anemia espiritual dos povos e da
inconsciência sobre a própria responsabilidade perante Deus e os
homens, fruto da falta de orientação cristã do mundo, a qual é o
único esteio firme da paz. A isto se dirigem presentemente os
esforços da Igreja.
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