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[Para algo poder ser dito elemento, devem-se
verificar quatro condições].
A primeira, que seja uma causa do gênero da causa
material.
A segunda, que seja o princípio segundo algo se
faz primariamente. O cobre é algo segundo o qual a estátua é
feita, todavia não é elemento, porque ele próprio possui
outra matéria a partir da qual algo é feito.
A terceira, que seja intrínseco à coisa. Por isto
o elemento difere de tudo aquilo a partir do qual algo é
feito como transeunte, como o é a privação, quando dizemos
que o homem músico se faz a partir do homem não músico. Os
elementos não são assim, porque eles permanecem nas coisas
das quais são elementos.
A quarta, que tenha alguma espécie que não seja
dividida em diversas espécies, pela qual o elemento difere da
matéria primeira, que não tem nenhuma espécie, como também de
todas as matérias, as quais podem resolver-se em diversas
espécies, como o sangue e outros.
[Reunindo as quatro condições acima enumeradas,
pode-se dizer] que o elemento é aquilo do qual algo se
compõe, de maneira primária, sendo intrínseco [à coisa], e
indivisível na espécie em outras espécies.
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