5. Que a substância primeira intelige a si mesmo.

Já foi mostrado que a nobreza do inteligir depende da nobreza do inteligível. O inteligido é, portanto, mais digno do que o inteligir. Como também já foi mostrado que a substância primeira é o seu próprio inteligir, seguir-se-á que se a substância primeira inteligir algo diferente de si mesmo, este algo será mais nobre do que a substância primeira. Ora, como a substância primeira é nobilíssima, [isto é, a mais nobre de todas], daqui se conclui que será necessário que ela intelija a si mesmo, e que nela o intelecto e o inteligido sejam o mesmo.