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Todo nome significa alguma natureza determinada,
como, por exemplo, "homem". Ou uma pessoa determinada, como
por exemplo, um pronome. Ou ainda ambas estas coisas
determinadas, como Sócrates. Mas quando dizemos "não homem",
esta expressão não designa nem uma determinada natureza nem
uma determinada pessoa. Designa a negação do homem, o que
pode ser dito por igual do ente e do não ente.
No tempo de Aristóteles não havia um nome próprio
para designar expressões como estas. Não se tratam de
orações, porque suas partes separadamente não significam
algo. Do mesmo modo, não se trata de uma oração negativa,
porque tais orações acrescentam à afirmação uma negação, o
que não ocorre nestas expressões. Por isso Aristóteles impôs
um novo nome para designar estas expressões, chamando-os de
nomes infinitos, por causa da indeterminação de seu
significado, conforme foi explicado.
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