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A potência que é dita de modo maximamente próprio
não é útil para as intenções da Metafísica. A potência e o
ato, o mais das vezes, são ditas das coisas que estão em
movimento, porque o movimento é o ato do ente em potência
[enquanto tal]. Mas a intenção principal da Metafísica não é
tratar da potência e do ato enquanto estão nas coisas móveis,
mas enquanto se seguem ao ente em comum. Assim é que nas
coisas imóveis são encontradas a potência e o ato, como [por
exemplo] nas coisas intelectuais.
Mas, se tratássemos da potência como está nas
coisas móveis, e do ato a ele correspondente, poderíamos
depois tratar da potência e do ato, segundo que estejam nas
coisas inteligíveis, que pertencem às substâncias separadas,
das quais se tratará mais adiante. E esta é [realmente] a
ordem conveniente, sendo as [coisas] sensíveis que estão em
movimento mais manifestas para nós. Por isso, através delas é
que chegaremos ao conhecimento das coisas imóveis.
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