II. A ELEIÇÃO


1. Pertence à ciência moral considerar sobre a eleição.

O motivo pelo qual pertence à ciência moral determinar acerca da eleição é porque a eleição maximamente parece ser própria da virtude, que é [objeto principal da ciência moral].

Que a eleição seja maximamente própria da virtude pode ser visto pelo fato de que, embora do hábito da virtude proceda a eleição interior e a operação exterior, o costume se é virtuoso ou vicioso é mais julgado pela eleição do que pelas obras exteriores. De fato, todo virtuoso elege o bem, mas às vezes não o opera por causa de algum impedimento externo. E o vicioso às vezes opera a obra da virtude, não todavia pela eleição virtuosa, mas pelo temor ou por causa de algum fim inconveniente, como a vanglória ou outro.

De onde fica patente que, pelo que foi dito, conclui-se que à presente ciência pertence a consideração da eleição.