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O tornar-se de algo pode ser dito de três
maneiras:
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A. O homem se torna músico.
B. O não músico se torna músico.
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Nestes dois casos, ambos os termos são simples.
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C. O homem não músico se torna
homem músico.
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Neste caso, ambos os termos são compostos.
Conforme o exemplo precedente, se o tornar-se é
atribuído a algo simples, este poderá ser
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A. O sujeito.
B. O oposto.
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A diferença é que um deles é permanente é o outro é não
permanente.
Quando o tornar-se é atribuído a um composto,
trata-se de um composto de sujeito e oposto.
Neste caso, o composto não é permanente.
Assim, é patente que em qualquer tornar-se
conforme a natureza, são achadas três coisas.
Sempre é necessário existir algo ao qual se
atribui o tornar-se. Este algo é uno pelo número ou pelo
sujeito, mas é duo pela razão ou definição. Estas duas são as
duas primeiras coisas de qualquer vir a ser. A terceira coisa
surge do fato que em qualquer geração algo deve ser gerado.
Deveria ter sido provada a proposição admitida que
em qualquer tornar-se é necessário existir algo ao qual este
tornar-se é atribuído. Esta proposição pode ser provada, mas
cabe à Metafísica fazê-lo.
Fica assim demonstrado que aquilo ao qual se
atribui o tornar-se sempre é um composto.
Fica assim também demonstrado que em qualquer
tornar-se encontramos três coisas:
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A. O sujeito.
B. O término.
C. O oposto do término.
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