9. Que os jovens são ouvintes insuficientes de Ética e Política.

Os jovens não são ouvintes convenientes de Política e de toda a ciência moral que está compreendida dentro da Política. Isto acontece porque ninguém pode bem julgar a não ser das coisas que conhece.

Ora, é necessário a todo ouvinte que bem julgue acerca das coisas que ouve, para que fique com as coisas que forem bem ditas, mas não com aquelas que não forem bem ditas. Portanto, é necessário que o ouvinte conveniente tenha alguma notícia das coisas que deve ouvir. Mas os jovens não têm notícia das coisas que pertencem à ciência moral, as quais são maximamente conhecidas por experiência.

Os jovens são inexperientes das operações da vida humana por causa da brevidade do tempo, e justamente quando as razões da ciência moral procedem das coisas que pertencem aos atos da vida humana, e ainda mais, dizem respeito a eles. De onde se conclui que é manifesto que os jovens não são ouvintes convenientes de Política.