7. A verdade sobre aqueles que colocaram a felicidade na virtude que pertence à vida civil.

Houve outros que mais julgaram ser o fim da vida civil a virtude do que a honra, e nela colocaram a felicidade. A felicidade, [porém], não pode consistir na virtude que provém da vida civil.

A felicidade é um bem perfeitíssimo. Já a virtude não é um bem tal. De fato, a virtude às vezes é encontrada sem a operação que é perfeição, como é patente naqueles que dormem e todavia têm o hábito da virtude, e naqueles que têm o hábito da virtude e em toda a sua vida não lhes é possível operar suas faculdades segundo aquela virtude, como é maximamente patente na magnanimidade e na magnificência_. Poderá, de fato, algum pobre possuir este hábito, e todavia nunca poderá ser magnânimo. Portanto, a virtude não é o mesmo que a felicidade.