7. Como a obra da amizade que pertence à beneficência não convém aos maus para consigo mesmo.

Os maus diferem de si mesmo, na medida em que têm concupiscência de uma coisa segundo a parte sensitiva [da alma] e outra coisa diferente querem segundo a razão, assim como é patente dos incontinentes, que em lugar das coisas que segundo a razão julgam ser boas para si, apetecem as coisas deleitáveis que lhe são nocivas. Já outros por causa da timidez e preguiça adiam operar as coisas que segundo a razão julgam boas para si. E assim carecem de dois modos de benefiência para consigo mesmo: de um primeiro modo, na medida em que operam o que lhes é nocivo. De um segundo modo, na medida em que evitam o que lhes [seria] proveitoso.