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No mesmo [segundo] a espécie, o ato é anterior à
potência no tempo, de modo que o agente, ou ente em ato, é
anterior à potência, [que no caso é o paciente]. No mesmo
[segundo] o número, o ato é posterior à potência no tempo.
Se tomarmos este homem que já é homem em ato, ele
terá sido antes, segundo o tempo, matéria, a qual [era o
homem em potência]. Porém, houve algo existente em ato,
anterior segundo o tempo a este existente em potência, que é
o agente, pelo qual [o existente em potência] foi reduzido ao
ato. De onde que o homem em potência se torna homem em ato
pelo homem generante, que está em ato. E assim sempre há
algum movente em ato que é anterior segundo o tempo àquilo
que está em potência.
Do que foi exposto conclui-se que, posto que no
mesmo segundo o número a potência é anterior ao ato segundo o
tempo, todavia [há sempre] algum ente em ato da mesma espécie
que é anterior ao ente em potência segundo o tempo.
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