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Segundo uma primeira opinião, a felicidade é
virtude. Dentre os que assim pensaram, alguns afirmaram que
universalmente qualquer virtude é felicidade. Outros
colocaram que a felicidade é especialmente a virtude moral,
que é a perfeição do apetite retificado pela razão. Outros
ainda colocaram que a felicidade é a prudência, que é a
perfeição da razão prática. Outros mais ainda que a
felicidade é a sabedoria, que é a suma perfeição da razão
especulativa.
Uma segunda opinião afirma que todas ou algumas
destas virtudes é a felicidade, mas é necessário que se lhe
acrescente o prazer.
[Finalmente, uma] terceira opinião afirma que é
necessário acrescentar às opiniões anteriores a abundância
dos bens exteriores, como as riquezas.
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