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[Dos doze modos de instituição dos principados que
foram tratados], duas destas combinações pertencem ao estado
popular, isto é, que todos instituem os principados [tomando
os que a eles serão elevados] dentre todos, seja por sorte ou
por eleição. Isto, de fato, pertence maximamente onde a
multidão domina, e este é o estado popular.
Não compete à república instituir a todos ou a
alguns simultaneamente de todos. Os modos de instituição dos
principados que pertencem à república, por ser mista do
estado de poucos e do estado popular são instituir a todos
simultaneamente mas divididamente pelas diversas tribos e
instituir os ofícios a partir de todos mas divididamente,
tanto pela sorte como pela eleição. Pertence à república
também escolher segundo estes mesmos modo a alguns a partir
de todos ou a partir de alguns, mas de maneira que alguns
sejam sorteados dentre todos e outros o sejam por eleição.
Pertence ao estado de poucos instituir apenas a
alguns a partir de todos, seja pela sorte ou pela eleição ou
segundo ambos estes modos, de maneira que alguns sejam
instituídos por eleição e outros por sorte. De fato, pertence
à potência de poucos que poucos governem.
Pertence ao estado dos ótimos, [ou melhor], à
república mesclada com o estado dos ótimos, instituir alguns
a partir de todos por sorte e instituir a outros a partir de
alguns por eleição. Este modo é o que convém à república
mesclada com o estado dos ótimos.
Instituir a alguns a partir de alguns, por sorte
ou por eleição, mas de modo que isto diga respeito aos poucos
ricos, é coisa que pertence ao estado de poucos. Instituir
porém a partir de alguns que sejam virtuosos e por eleição,
isto pertence ao estado dos ótimos.
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