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A causa dos erros das opiniões dos antigos
filósofos reside em que, inquirindo o que faz a unidade da
potência com o ato, eles inquiriam como seria possível ligá-
los por algum meio, como se se tratassem de coisas diversas
segundo o ato. Mas, conforme foi dito, a matéria última, que
é a apropriada à forma, e a mesma forma, são o mesmo. Uma
delas é como potência, e a outra é como o ato. Daqui se
depreende que inquirir a causa de alguma coisa, e a causa da
unidade desta coisa é o [mesmo], porque qualquer coisa
enquanto é, una é, e a potência e o ato de uma certa forma
são um. Desta maneira, não é necessário que elas sejam unidas
por um vínculo, assim como aquelas coisas que são
inteiramente diversas. De onde se segue que não há nenhuma
causa que faça as coisas compostas de matéria e forma serem
unas, a não ser aquilo que move a potência ao ato. As coisas,
porém, que não têm matéria são unas por si mesmas, assim como
algo existente.
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