III. O INTELECTO.


1. A semelhança entre o intelecto e o sentido.

O inteligir é semelhante àquilo que é sentir. A semelhança consiste em que sentir é um certo conhecer, e algumas vezes nós sentimos em potência, e outras em ato. Assim também inteligir é um certo conhecer, e algumas vezes inteligimos em potência, e outras em ato. Daí se segue que sendo o sentir um padecer pelo [objeto] sensível, ou algo de parecido [ao padecer], o inteligir é um padecer pelo inteligível, ou algo de parecido.

[Aristóteles] fala de padecer ou algo de parecido [ao padecer], porque, conforme explicado no livro II, sentir não é propriamente padecer.