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[Assim conforme foi visto], o gênero não está além
das coisas que são espécies do gênero. [Isto significa] que
não pode ser encontrado animal que não seja nem homem, nem
boi, nem algum outro tal. Daqui fica desta maneira patente
que a voz, na medida em que é gênero, não pode existir sem as
espécies. Não pode haver som formado, sem que tenha alguma
determinada forma desta ou daquela letra. Somente seria [a
voz] encontrada sem as letras, se de todo carecesse da forma
da letra, enquanto matéria.
Se, portanto, as coisas preditas são verdadeiras,
manifesto será que a definição seja uma razão tendo sua
unidade pelas diferenças. Por isto, de fato, é que o animal,
que é gênero, não pode ser sem as espécies: porque as
diferenças, que são as formas das espécies, não são formas
outras além da forma do gênero, mas sim as próprias formas do
gênero com determinação. De onde vem que, adicionando a
diferença ao gênero, não se adiciona algo como uma essência
diferente da do gênero, mas sim como implicitamente contida
no gênero, assim como o determinado está contido no
indeterminado, como o branco no colorido.
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