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O Filósofo, finalmente, mostra a suprema parte
necessária da cidade. E diz que esta parte que administra o
principado é necessária porque a cidade não pode existir sem
príncipes. O Filósofo prova esta afirmação dizendo que a
política é a ordem dos principados e maximamente do primeiro,
pelo que é manifesto que é necessário existir na cidade quem
possa governar como príncipe, ou sempre, ou durante algum
tempo de tal modo que durante algum tempo um seja o príncipe
e em outro tempo seja outro quem governe. Isto é algo
semelhante ao que foi dito sobre os conselheiros e sobre
aqueles que determinam as disputas entre os que altercam
sobre o justo; estas coisas são necessárias à cidade e podem
ser feitas bem e de modo justo, assim como o podem ser feitas
má e injustamente. É necessário que estas coisas sejam feitas
bem, o que não é possível de se fazer sem a direção da
virtude, de modo que é necessário que haja homens políticos
na cidade que governem a cidade segundo a virtude.
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