4. Explicação complementar.

[Agora queremos resolver ainda mais explicitamente a objeção de que, como somente pode ser visto o que é cor, se alguém vê que está vendo, na vista existe a cor, o que é errado. Podemos fazê-lo dizendo que] a vista não [contém] a cor, mas [é mais correto] ampliar esta posição dizendo que aquele que vê é assim como o colorido, porque no vidente existe a semelhança da cor, de onde que o vidente é assim como o colorido. Daqui se segue que a potência que vê alguém ser vidente, não está para além da potência visiva. E que, [se bem que o vidente não tenha cor], seja colorido de alguma forma, demonstra-se porque qualquer órgão do sentido e susceptível da espécie sensível sem a matéria. E a razão disto é porque, afastado o [objeto] sensível, fazem-se em nós sensações e fantasias. E desta forma é patente que o vidente é, de alguma forma, colorido, [isto é], na medida em que tem a semelhança da cor.