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Nas grandes cidades convém que um só príncipe se
ordene a uma só obra e não a muitas. A razão para isto é
dupla.
A primeira é que nas grandes cidades muitos são os
cidadãos dignos de governar, pelo que nas grandes cidades não
convém que uma só pessoa tenha vários principados.
A segunda razão é que uma só obra é melhor
realizada por uma só pessoa a quem se lhe atribui o cuidado
sobre a matéria, do que se se distraísse atendendo a muitas,
pelo que é melhor que um só príncipe, em vez de vários, seja
confiado a uma só pessoa.
Nas pequenas cidades, porém, convém que uma só
pessoa tenha vários principados.
A razão disto se deve a que nos pequenas cidades
há poucos cidadãos e por isso, por causa de seu pequeno
número, não pode haver muitos principantes, motivo pelo qual
convém que uma só pessoa tenha vários principados.
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