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A forma de qualquer coisa que existe através de
alguma forma, tanto natural como artifical, é princípio de
alguma operação. De onde se segue que, assim como qualquer
coisa tem seu ser próprio pela sua forma, também [pela sua
forma] terá operação própria. [E, de fato, assim é]. Acontece
ao homem que seja gramático, músico ou alguma outra coisa.
[Estas coisas são acidentes do homem]. [E] a cada uma destas
coisas se segue uma operação própria, porque se assim não
fosse, estas coisas estariam no homem em vão e ociosamente.
Ora, como o homem é algo existente segundo a natureza, é
impossível que a isto não se siga uma operação própria,
porque seria muito mais inconveniente que aquilo que está no
homem pela natureza, que é ordenada pela razão divina,
[esteja nele e lhe advenha] em vão e ociosamente, do que
aquilo que é ordenado pela razão humana. Portanto, deve
existir uma operação própria do homem, assim como existe uma
operação própria das coisas que são acidentes do homem.
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