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[O seguinte argumento sugere que o "agora" não
pode ser diferente].
Duas partes do tempo não podem existir
simultaneamente, a menos que uma contenha a outra. Por
exemplo, um ano contém um mês e um mês contém um dia. Mas um
"agora", sendo indivisível, não pode conter outro. Portanto,
se tomamos dois "agoras" no tempo, é necessário que o
"agora" que já passou, de alguma forma tenha se corrompido.
Mas tudo o que é corrompido, deve ser corrompido em algum
"agora". [Aqui então começa a surgir uma dificuldade, que é
a de se tentar estabelecer quando foi que aquele "agora" que
passou se corrompeu]. Aquele "agora" não pode ter se
corrompido naquele mesmo "agora". Porque aquele "agora" era,
e nada pode ser corrompido enquanto ele existe. Por outro
lado, aquele "agora" não pode ter se corrompido num "agora"
posterior, porque entre quaisquer dois "agoras", existem uma
infinidade de "agoras". Se um "agora" se corrempe num
"agora" posterior, ele forçosamente terá que existir
simultaneamente com os "agoras" intermediários. Ora, isto é
impossível. Portanto, conclui-se que é impossível que o
"agora" seja diferente.
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