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[Primeira demonstração]: a opinião pode ser acerca
de todas as coisas, e não menos acerca das coisas eternas e
impossíveis do que acerca das coisas que estão em nosso
poder. Mas a eleição, conforme foi dito, é somente acerca das
coisas que estão em nós, como foi explicado. Portanto, a
eleição não é o mesmo que a opinião.
[Segunda demonstração]: as coisas que são
divididas por divisões diversas diferem e não são o mesmo.
Ora, a opinião se divide em falsa e verdadeira, que pertence
à força cognoscitiva, cujo objeto é o verdadeiro. Já a
eleição é dividida pelo bom e mau, pelos quais a opinião não
é dividida, pertencendo a eleição à força apetitiva, cujo
objeto é o bem [bonum].
Destas coisas se conclui que a eleição não é o
mesmo que a opinião, tomada esta última de modo universal.
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