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A eleição está contida no gênero do voluntário,
porque o voluntário se predica universalmente da eleição e de
outros. Assim, toda eleição é um certo voluntário, mas o
voluntário e a eleição não são inteiramente o mesmo, antes, o
voluntário é a mais. O que se demonstrará por duas razões.
[A primeira razão consiste em que] as crianças e
os outros animais têm em comum [com o homem] o voluntário, na
medida em que espontaneamente pelo movimento próprio operam.
Por voluntário, de fato, aqui se quer dizer que alguém
espontaneamente e por movimento próprio opere, não todavia
que opere pela vontade. Porém, as crianças e os outros
animais não têm em comum [com o homem] a eleição, porque não
operam por deliberação, que se requer à eleição; portanto, o
voluntário é a mais do que a eleição.
[A segunda razão consiste em que] as coisas que
fazemos repentinamente dizemos serem voluntárias, porque o
princípio delas está em nós. Todavia, não dizemos que sejam
segundo a eleição, porque não são feitas por deliberação.
Portanto, o voluntário é mais do que a eleição.
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