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O Filósofo mostra a seguir que não é justo também
que um só homem virtuoso domine a cidade. Ele afirma,
primeiramente, que não convém que um só homem, imensamente
virtuoso, governe; porque se um só homem imensamente virtuoso
dominar, muitos serão desonrados pela honra do principado, o
que seria inconveniente. Disto se seguiriam dissensões e
perturbações na cidade, conforme foi dito. Ademais, isto
parece ser pior do que uma oligarquia, na qual pelo governo
de poucos se impede o governo de muitos, pois [no caso
presente o mesmo sucederá mas] pelo governo de um só. Isto
seria pior porque o mal, quanto mais é dividido, tanto menos
existe e se torna mais tolerável. De onde se torna manifesto
que não convém que um só homem virtuoso governe.
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