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Os antigos filósofos colocaram que o semelhante é
conhecido pelo semelhante e é sentido pelo semelhante. Assim,
Empédocles afirmou que a terra conhece a terra e o fogo, o
fogo, e assim por diante.
Por causa disso os antigos filósofos afirmaram que
a alma sensitiva era composta de um certo modo por todos os
[elementos] sensíveis. Desta posição seguiam-se duas
conseqüências.
[A primeira conseqüência é que] o sentido são os
próprios sensíveis em ato, na medida em que são deles
compostos.
[A segunda conseqüência é que] se os sensíveis em
ato estão no sentido, seguir-se-ia que o sentido pode sentir
sem os [objetos] sensíveis exteriores.
Estas duas conseqüências são ambas [evidentemente]
falsas. Entretanto, pela teoria dos antigos não é possível
explicar essa contradição. [Em oposição à teoria dos antigos
filósofos, Aristóteles irá em seguida demonstrar que a alma
sensitiva está em potência, que algumas vezes está em ato e
de que modo o sentido se reduz da potência ao ato].
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