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A virtude é própria à consideração da ciência
moral. Ora, a virtude moral diz respeito às paixões e às
operações, de tal maneira que se nas coisas que são
voluntárias acerca das operações e paixões alguém opera
segundo a virtude, torna-se merecedor de louvor, ou de
vitupério, se opera segundo o vício. Mas, se alguém opera
involuntariamente, se se trata do que é segundo a virtude,
não se torna merecedor de louvor, se se trata do que é contra
virtude, merecerá por causa disso perdão ou às vezes
misericórdia. Ora, o louvor e o vitupério são devidos de
maneira própria à virtude e ao vício. Portanto, se o
voluntário e o involuntário [modificam] a razão do louvor e
do vitupério, devem ser determinados por quem pretende tratar
da virtude.
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