|
[A razão pela qual a cidade pertence às coisas da
natureza é que] a finalidade das coisas naturais é a sua
natureza. Mas a cidade é o fim das comunidades já
mencionadas, sobre as quais já se mostrou serem naturais.
Portanto, a cidade pertence às coisas da natureza.
Que a natureza seja o fim das coisas naturais
prova-se do seguinte modo: dizemos ser a natureza de cada
coisa aquilo que lhe convém quando sua geração é perfeita.
[Por exemplo], a natureza do homem é aquilo que ele possui
depois de sua perfeita geração, e assim ocorre também com o
cavalo e a casa, desde que como natureza da casa entendamos a
sua forma. Mas a disposição possuída por alguma coisa pela
sua perfeita geração é o fim de tudo aquilo que houve antes
de sua geração. Portanto, aquilo que é o fim dos princípios
naturais a partir dos quais algo foi gerado é a sua natureza.
|
|