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[Devemos supor, em primeiro, que] uma potência
maior produz um efeito igual em um tempo menor do que uma
potência menor. Portanto, se uma magnitude finita apresenta
potência infinita, segue-se que em um mesmo tempo um mesmo
paciente sofrerá uma mutação maior de um tal agente do que de
um agente de potência finita.
[Em segundo, devemos supor que], já que tudo o que
é movido é movido no tempo, é impossível para um paciente ser
mudado por um agente infinitamente potente em nenhum tempo.
Portanto, [este paciente] deve ser mudado no tempo.
[Feitas estas suposições, pode-se demonstrar que
uma potência infinita não pode situar-se numa magnitude
finita].
Seja A o tempo no qual uma potência infinita
aquece ou movimenta localmente. O tempo no qual uma potência
finita move é AB, que é maior do que A. Tomemos agora uma
potência finita maior. Esta potência finita moverá em menos
tempo.
E uma terceira ainda maior potência finita moverá
em ainda menos tempo. Assim, tomando sempre uma potência
finita maior, chegaremos a alguma potência finita que moverá
no tempo A. Portanto, daí seguirá que uma potência finita
completa um movimento em um tempo igual à potência infinita
que move no tempo A. Isto, entretanto, é impossível.
Portanto, nenhuma magnitude finita tem uma potência infinita.
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