|
A justiça dirige o homem suficientemente nas
coisas que são para o outro. Mas por tudo o que é desta vida
o homem pode ordenar-se ao outro. Logo, a matéria da justiça
[particular] deveria ser geral, [abarcando toda a matéria da
virtude moral], e não uma matéria especial, [ como foi
colocado ao se afirmar que a matéria da justiça particular
são as ações e as coisas exteriores, excluindo as paixões da
alma].
[A esta dificuldade respondemos que] as paixões
interiores, que são parte da matéria moral, não se ordenam
per se ao outro, o que pertence à razão especial da justiça.
São os efeitos da paixões interiores da alma que são
ordenáveis ao outro, a saber, as operações exteriores. De
onde que não se segue que a matéria da justiça [particular]
seja geral.
|
|