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O que foi precedentemente dito deve ser
entendido conforme segue. Tu não és branco, porque nós
verdadeiramente te consideramos ser branco, mas
inversamente, nós te consideramos branco porque tu és
branco. Daqui fica manifesto que a disposição da coisa é a
causa da verdade na opinião e na oração [acerca das
substâncias compostas].
[Isto pode ser explicado mais extensamente do
seguinte modo]. A verdade e a falsidade que está na opinião
[acerca das substâncias compostas] é necessariamente
reduzida à disposição da coisa assim como a [uma] causa. O
intelecto, ao formar uma composição, toma duas coisas, das
quais uma se acha como formal em relação à outra. Portanto,
se tal operação do intelecto deve ser reduzida à coisa como
à sua causa, deverá responder como fundamento e causa da
verdade da composição que o intelecto interiormente forma e
pela voz exprime, a composição da forma para com a matéria,
ou daquilo que se acha pelo modo de forma para com a
matéria, ou também a composição do acidente para com o
sujeito. Por exemplo, quando digo Sócrates é homem, a
verdade deste enunciado é causada pela composição da forma
homem à matéria individual pela qual Sócrates é este homem.
Outro exemplo: quando digo o homem é branco, a causa da
verdade é a composição da brancura com o sujeito. A mesma
coisa pode ser dita acerca da divisão.
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