|
Vamos distinguir a vida em voluptuosa, civil e
contemplativa.
Qualquer pessoa reputa ser a sua vida aquilo a que
maximamente se aficciona, assim como o filósofo o filosofar e
o caçador o caçar. E porque o homem maximamente se aficciona
ao último fim, será necessário que a vida se diversifique
segundo a diversidade do último fim.
Portanto, é dita vida voluptuosa aquela cujo fim
consiste no prazer sensível. É dita vida civil aquela cujo
fim consiste no bem da razão prática, como por exemplo, os
exercícios das obras virtuosas. A vida é dita contemplativa
quando seu fim consiste no bem da razão especulativa, [isto
é], na contemplação da verdade.
|
|