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[A oposição dos vícios entre si é maior do que a
oposição do vício à virtude]. Quanto mais [duas coisas]
distam entre si, tanto mais serão contrárias, porque a
contrariedade é uma certa distância. Ora, os extremos distam
mais entre si do que do termo médio. Portanto, os vícios mais
se opõem entre si do que à virtude.
Deve-se considerar que Aristóteles não fala aqui
da oposição da virtude ao vício segundo a razão do bem e o
mal, porque segundo [a razão do bem e do mal] ambos os vícios
estão contidos debaixo do mesmo extremo. [Ao contrário,
Aristóteles fala da virtude] na medida em que a virtude,
segundo sua espécie própria, está no termo médio entre dois
vícios.
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