7. Como se pode dar o injusto e a injustificação, e apesar disso, o operante não ser injusto.

Quando alguém provoca algum dano ou prejuízo, sabendo-o, mas não se pré-aconselhando, isto é, sem deliberação, então haverá uma certa injustiça, como quando alguém agride a outro pela ira ou outras paixões, não sendo naturais e necessárias ao homem, assim como a concupiscência da bebida e comida em extrema necessidade, que desculpam do roubo da coisa alheia. Aqueles que, portanto, por causa das sobreditas paixões causam dano e prejudica aos outros, pecam e fazem algo injusto, e os seus atos são injustificações. Todavia, não por causa disso são eles próprios injustos e maus, porque não provocam o dano e a injúria por causa da malícia, mas por causa das paixões. Tais são aqueles que são ditos pecar por enfermidade.