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[Antigos filósofos afirmaram] que nada se gera,
nem se corrompe, [admitindo, porém, a possibilidade de
alterações].
Essa posição foi colocada por coação da
insegurança do intelecto, que não sabia como resolver a
argumentação abaixo.
[Para demonstrarem a posição citada, estes
filósofos usaram a seguinte argumentação]: se o ente se
torna, se torna ou a partir do ente, ou a partir do não ente;
ora, o ente não pode provir do ente, porque o que já é não se
pode tornar; [por outro lado], do não ente nada pode provir.
[Baseados neste raciocínio, colocavam os antigos
que também o ser é uno] porque, como era colocado apenas um
princípio material, não havendo corrupção nem geração, mas
apenas alteração, o ser permanecia sempre uno segundo a
substância.
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