VII. AS PARTES DA REPÚBLICA. II. O PRINCIPADO.


1. Introdução.

Depois que o Filósofo determinou sobre o consultivo, seus modos e a quem ele compete em cada república, determina a seguir sobre o principado.

O Filósofo inicia dizendo que não é fácil determinar quais devem ser os principados, e quantos, porque a república bem ordenada necessita de muitos principados e príncipes.

Há principados que distribuem os bens comuns a quem estes deve, ser distribuídos; há também aqueles pelos quais são anunciados os avisos gerais que devem ser anunciados. Há outros que são escolhidos para serem enviados a cidades estrangeiras e outros principados. Há também outros príncipes que cuidam de todas as cidades quanto a alguma operação, como é o condutor de um exército dos que estão em guerra, ao qual cabe dirigir os cidadãos em guerra. Outros são príncipes, que não detém o cuidado de todos quanto a alguma operação, mas cabe-lhes cuidarem de alguma parte da cidade, como são os curadores das mulheres e das crianças. Outros ainda são principados econômicos como os mensuradores de trigo e os ministeriais, que possuem ministérios diversos na cidade.