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[Segundo um primeiro argumento] forma e matéria
não são separáveis daquilo do qual elas são. Mas o lugar é
separável, porque a água está agora presente no lugar aonde
previamente havia ar. De onde fica claro que o lugar não pode
ser parte formal ou material de uma coisa. Também não pode
ser hábito, hem acidente, porque as partes e o acidente não
são separáveis da coisa, mas o lugar é separável. Pelo fato
do lugar ser separável, segue-se que não é forma. Mas segue-
se também que não é matéria não apenas por isso, mas pelo que
é colocado no segundo argumento adiante.
[Segundo um segundo argumento] segue-se que também
não é matéria não só pelo fato de que o lugar é separável da
coisa, mas pelo fato de que o lugar contém, enquanto que a
matéria não contém, mas é contida.
[Segundo um primeiro argumento] tudo o que se diz
estar em algo parece ser algo em si e também ser algo
diferente daquilo no qual está. De onde quando algo está dito
estar no lugar, segue-se que o lugar está fora do que aquilo
que está no lugar. Mas a matéria e a forma não estão fora da
coisa.
Portanto, nem a matéria, nem a forma são lugar.
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