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Do tudo o que foi dito deve-se concluir que a
principal intenção da arte econômica é sobre estas duas
relações, [a saber, a paterna e a conjugal], que são as
principais, do que acerca de todas as demais. A arte
econômica, de fato, mais diz respeito ao [próprios] homens do
que às posses inanimadas, como o trigo, o vinho e outras
semelhantes, e mais deve pretender a virtude pela qual os
homens vivem bem do que as virtudes relacionadas à posse
pelas quais as posses são corretamente buscadas e
multiplicadas, as quais são conhecidas pelo nome de riquezas.
Do mesmo modo, a arte econômica mais deve se preocupar com as
virtudes dos livres do que com as dos servos.
Pode-se assinalar como razão disto tudo que a
principal intenção de cada coisa é para com o fim. Ora,
buscamos as coisas inanimadas por causa dos homens, assim
como ao seu fim, e os servos por causa dos livres, para que
os sirvam.
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