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Não está bem afirmado que os homens devessem
falazmente enunciar que as deleitações fossem más, para que
os homens fossem afastados das mesmas, porque acerca das
paixões e das ações humanas menos se dá crédito ao discurso
do que às obras. Se, de fato, alguém operasse aquilo que ele
afirma ser mau, mais [induziria] pelo exemplo do que
afastaria pela palavra. A multidão do vulgo não pode
determinar distinguindo isto ser bom e aquilo ser mau. Se,
[então], alguém vituperando toda deleitação é visto inclinar-
se a alguma deleitação, daria com isto a entender que toda
deleitação é para ser elegida. Os sermões verdadeiros não
somente parecem ser úteis à ciência, mas também à boa vida.
De fato, acreditamos neles na medida em que concordam com as
obras.
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