13. Das coisas em que há conselho, consideradas segundo suas condições.

Aristóteles coloca três condições para as coisas acerca das quais há conselho.

[A primeira: que aconteça com freqüência, mas não sempre]. Para que haja conselho de uma coisa, é necessário que esta coisa aconteça com mais freqüência, mas que, porque apesar disso pode suceder de modo diferente, é incerto como acontecerá. [E isto é assim porque], se alguém quisesse deduzir por conselho acerca das coisas que rarissimamente acontecem, como por exemplo, se uma ponte de pedra pela qual transita irá cair, nunca então o homem algo operaria.

[A segunda condição de algo para que acerca dela haja conselho é que acerca dela] não deve estar determinado como se deva agir. De fato, o juiz não toma conselho acerca de como deve sentenciar nos casos que são estatuídos por lei, mas somente nos casos nos quais não há nenhuma lei determinada.

[A terceira condição: que seja uma coisa grande]. Tomamos para nós, para nos aconselharmos, outras pessoas, nas coisas grandes, como que não acreditando que nós mesmos sejamos suficientes a discernir o que é necessário fazer. Assim se torna patente que o conselho não deve ser de qualquer coisa pequena, mas de coisas grandes.