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Ao resolver as dúvidas precedentemente levantadas,
Aristóteles distinguiu entre as partes da espécie e as partes
do indivíduo, que é composto de espécie e matéria. Por isso
devemos inquirir quais são as partes da espécie e quais não.
Tendo sido dito que as partes da espécie se colocam nas
definições, não todavia as partes do composto de espécie e
matéria, torna-se importante inquirir quais são as partes da
espécie, e quais não são partes da espécie, mas do
indivíduo, no qual simultaneamente é tomada a natureza da
espécie com a matéria própria individuante. Se isto não se
fizer manifesto, não poderemos algo corretamente definir,
porque a definição nunca o é da coisa singular, mas somente
do universal, conforme acima foi dito. E entre os universais
estão propriamente as espécies, que se constituem de gênero e
diferença, de que se compõe toda definição. O gênero, de
fato, não se define, a não ser que também sejam espécies. De
onde fica patente que, a não ser que se saiba qual parte é
como matéria, e qual não é como matéria, mas como pertencendo
à própria espécie, não será manifesto qual deverá ser a
definição a ser assinalada da coisa.
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