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[O argumento aduzido por Zenão consiste em que]
tudo o que é mudado, enquanto está "sendo mudado", não está
em nenhum dos términos. Porque se estiver no término "a
partir do qual", ainda não está "sendo mudado". E se
estiver no término "para o qual", já foi mudado. Portanto,
se uma coisa está "sendo mudado" de um contraditório a
outro, enquanto está sendo mudado, por exemplo, de não branco
ao branco, não é nem branco nem não branco. Ora, isso é
impossível.
[A isto pode responder-se que] esta
impossibilidade se segue para aqueles que sustentam que o
indivisível pode ser movido. Mas para aqueles que sustentam
que tudo o que é movido é divisível, não ocorre nenhuma
impossibilidade, porque enquanto o móvel estiver sendo
mudado, uma parte será branca e outra será não branca.
Essa resposta não é completa, porque não leva em
conta que às vezes uma parte não é alterada antes de outra e
que um corpo pode ser gerado ou corrompido de uma só vez.
[Isso é em parte aqui omitido, e em parte] tratado no livro
VIII, onde a responsta completa ao argumento de Zenão será
dada.
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