3. Que a felicidade é operação elegível segundo se, e não por causa de outra.

Acerca das operações, existem algumas que são necessárias para [ que por ela seja possível] uma outra, sendo, [portanto], elegíveis por causa de outra, não sendo apetecível senão por causa de um fim. Existem também outras que são elegíveis segundo si mesma, porque se nenhuma outra coisa delas proviesse, todavia em si mesmo teriam por onde ser apetecidas.

A felicidade está contida debaixo daquelas operações que são elegíveis segundo si mesmas, e não daquelas que são elegíveis por causa de outra. De fato, pertente à natureza da felicidade que seja suficiente per se e não necessite de nenhum outro, como ficou evidente no livro primeiro. Ora, são ditas operações elegíveis segundo se aquelas em que nada mais é buscado além da própria operação, como que de nada mais necessitando para que sejam elegíveis. E assim é evidente que a felicidade é operação elegível segundo se.