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A verdade, nas [substâncias] simples, [consiste]
em que a mente atinja a própria [substância] simples,
apreendendo [sua essência], e dizendo, isto é, significante
pela voz o próprio simples. Este "dizer" aqui deve ser
entendido não como uma predicação afirmativa feita mediante
composição. [De fato], uma afirmação e um dito não são a
mesma coisa. A afirmação é feita mediante algo que é dito
de algo, a qual é, [portanto], com composição. [Um] dito é
uma simples extensão [prolatio] de algo.
Assim, portanto, atingir o dizer é a verdade.
Mas a mente não atingir o simples, isto é ignorá-lo
completamente. Quem que quer não atinja a essência da coisa
simples, a ignora completamente. De fato, não havendo a
composição nela, não pode saber algo dela e ignorar outra
coisa da mesma. [Deve-se compreender, porém], que atingir e
dizer a coisa simples é a verdade [acerca] delas. Não
atingí-las, entretanto, não é falsidade ou enganar-se, mas
apenas ignorá-las.
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