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Conforme já foi visto, a obra própria do homem é a
operação da alma que é [ou a própria razão], ou o apetetite
regulado pela razão. Se, portanto, a obra própria do homem
consiste numa certa vida, [pela qual] o homem opera segundo a
razão, segue-se que a obra do homem bom seja bem operar
segundo a razão, e a obra própria do ótimo homem, que é o
homem feliz, seja fazer isto de modo ótimo. Porém isto
pertence à razão da virtude, porque quem quer que tenha a
virtude segundo ela bem opera. Se, portanto, a operação do
homem ótimo, isto é, do homem feliz, é bem e otimamente
operar segundo a razão, seguir-se-á que o bem dos homens será
a operação segundo a virtude.
Assim, se houver somente uma virtude do homem, a
operação que é segundo aquela virtude, será a felicidade. Se
existirem muitas virtudes do homem, a felicidade será a
operação que é segundo a virtude ótima dentre elas.
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