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O Filósofo passa, pois, a mostrar qual é a vida
ótima e a república possível para muitas cidades.
Ele afirma, primeiro, que assim como foi dito no
Livro da Ética, a vida ótima do homem é a operação segundo a
virtude não impedida. De fato, ela não consiste no ato
primeiro, porque aquilo que está em ato primeiro está em
potência ao ato segundo e, portanto, não é perfeito
simplesmente considerado. O homem feliz, porém, é perfeito
simplesmente considerado. Ele não o é, também, em hábito,
porque o hábito é potência para o ato segundo. De modo que
deve-se concluir que [a vida ótima do homem] consiste na
operação última, porque esta não está mais em potência a
outro. Mas a virtude é um termo médio, sendo um ato eletivo
existente e, um termo médio determinado pela razão, conforme
pode ser determinado por um sábio. Pelo que a vida ótima do
homem é uma vida média e, ao dizer isto, nos referimos a um
termo médio tal como é possível a um homem.
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