2. Levanta-se uma questão.

Toda definição é uma certa razão. Isto é, é uma certa composição de nomes ordenada pela razão. Um único nome não pode ser definição, porque a definição implica em que distintamente se notifica os princípios das coisas que concorrem a constituir a essência da coisa. De outra maneira, a definição não manifestaria suficientemente a essência da coisa. Assim, uma palavra não pode ser definição, mas pode ser manifestativa do seguinte modo, pelo que o nome menos conhecido seja manifestado pelo mais conhecido. Mas toda razão tem que ter parte, porque é alguma oração composta e não um simples nome. Por causa disso, coloca-se a dúvida, se se deve colocar na definição do todo a razão das partes.

Esta dúvida provém também do fato de que em algumas razões do todo parece que se colocam as razões das partes, e em outras não. Por exemplo, na definição do círculo não se colocam as definições das partes separadas do círculo, como o semi círculo e a quarta parte do círculo. Já a definição das sílabas contém em si a definição dos elementos, isto é, das letras. De fato, ao definir uma sílaba se diz que se trata de uma voz composta de letras. Desta maneira, na definição da sílaba se coloca a letra, e por conseqüência a sua definição, porque sempre podemos usar [a definição em lugar do nome]. Entretanto, isso não ocorre com o círculo, não obstante ele seja dividido em partes, assim como a sílaba em letras.