2. Os modos pelo qual o uno é dito. I.

O primeiro modo pelo qual o uno é dito é aquele segundo o qual o contínuo é dito uno. Isto pode acontecer de duas maneiras. Universalmente, de maneira que qualquer que seja o modo da continuidade, este contínuo é dito uno. Ou então somente aquilo que é contínuo por natureza, o qual é maximamente contínuo, não sendo contínuo pela violência, pela arte, nem por outros modos de contato, e nem por alguma continuidade do tipo das coisas que são ligadas por algum vínculo.

O segundo modo é aquele segundo o qual é dito uno não somente aquilo que é contínuo, mas aquilo que além disto é um todo apresentando alguma forma ou espécie. Como por exemplo o animal é uno, ou a superfície triangular é una. Este segundo modo de uno adiciona sobre a unidade pela continuidade a unidade que é pela forma, segundo a qual algo é um todo e possuidor de uma espécie.

E porque algumas coisas são um todo pela natureza, enquanto outras são um todo pela arte, deve-se acrescentar que será maximamente uno o uno pela natureza, e não pela violência. Porque aquilo que é conjunto pela natureza é mais uno, porque é de si mesmo a causa de sua continuidade, porque pela sua natureza é tal.

[A razão, ou ratio, da unidade nos dois primeiros modos é a seguinte]. Algo é contínuo e uno segundo estes dois primeiros modos, pelo fato de que o seu movimento é uno e indivisível, segundo o tempo e o lugar. Segundo o lugar, porque para qualquer lugar que uma parte do [contínuo e do uno] seja movida, a outra parte também [será movida]. Segundo o tempo, porque quando uma parte do [contínuo e do uno] é movida, a outra parte [também será movida].