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Aqueles que afirmaram a felicidade ser virtude em
tudo ou em algo concordaram com a razão da felicidade acima
colocada, a saber, que a felicidade é uma operação segundo a
virtude. É evidente que operação segundo a virtude é algo da
virtude.
[Mas, segundo S. Tomás, a definição de Aristóteles
é melhor]. É muito diferente que, nas coisas exteriores, se
coloque o ótimo na possessão de alguma coisa ou no seu uso,
porque o uso é manifestamente melhor que a possessão. Assim
sucede acerca do hábito da virtude e a operação, que é o uso
[deste hábito]. De fato, o hábito pode existir naquele que
não faz nenhum bem, como no ocioso ou no que dorme, enquanto
que isto na operação não é possível. A operação somente
existe naquele que está operando, e a operação segundo a
virtude somente existe naquele que está bem operando. De onde
que se conclui que a operação segundo a virtude é mais
perfeita do que a própria virtude.
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