|
Aristóteles coloca três condições para as coisas
acerca das quais há conselho.
[A primeira: que aconteça com freqüência, mas não
sempre].
Para que haja conselho de uma coisa, é necessário
que esta coisa aconteça com mais freqüência, mas que, porque
apesar disso pode suceder de modo diferente, é incerto como
acontecerá. [E isto é assim porque], se alguém quisesse
deduzir por conselho acerca das coisas que rarissimamente
acontecem, como por exemplo, se uma ponte de pedra pela qual
transita irá cair, nunca então o homem algo operaria.
[A segunda condição de algo para que acerca dela
haja conselho é que acerca dela] não deve estar determinado
como se deva agir. De fato, o juiz não toma conselho acerca
de como deve sentenciar nos casos que são estatuídos por lei,
mas somente nos casos nos quais não há nenhuma lei
determinada.
[A terceira condição: que seja uma coisa grande].
Tomamos para nós, para nos aconselharmos, outras pessoas, nas
coisas grandes, como que não acreditando que nós mesmos
sejamos suficientes a discernir o que é necessário fazer.
Assim se torna patente que o conselho não deve ser de
qualquer coisa pequena, mas de coisas grandes.
|
|