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É manifesto que se temos quais são as causas e os
princípios pelos quais se corrompem as repúblicas, temos
também quais são as causas e os princípios pelos quais se
salvam. A razão disto é que dos contrários os princípios são
contrários. Ora, a corrupção e a salvação são contrários,
portanto, devem ter princípios contrários. Se, portanto,
temos quais são os princípios de transmutação e da corrupção
das repúblicas, temos também quais são os princípios de sua
salvação, já que são contrários.
Deve-se saber também que a república pode
corromper-se ou destruir-se por uma corrupção próxima ou
remota.
O Filósofo, portanto, apresenta primeiro os
elementos que preservam a república da corrupção mais remota.
Depois apresenta os elementos que a preservam da corrupção
mais próxima.
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