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Em seguida o Filósofo mostra que o judiciário é
uma parte da cidade. E afirma que é necessário haver uma
parte na cidade que determine e defina as aquisições e as
disputas que haja nela e que faça justiça. O Filósofo prova
esta afirmação dizendo que assim como a alma está para o
corpo, assim o juiz está para a cidade. Porque assim como a
alma ou a inteligência busca, se aconselha e julga sobre o
que encontra, assim também o juiz investiga, se aconselha
sobre as coisas que dizem respeito ao fim da política e
julga. Mas a alma é uma parte necessária do animal e do homem
mais do que o corpo. Portanto, semelhantemente, o juiz é uma
parte necessária na cidade mais do que a propugnativa e mais
do que aquela que se ordena ao uso do corpo.
O Filósofo se propõe a provar que estas são partes
da cidade, mais do que o faz com outras, porque quanto a
estas pareceu a alguns que fossem menos necessárias e
principalmente menos pareceria se a cidade fosse instituída
por causa do próprio viver absolutamente.
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