|
A primeira coisa que se deve dizer da essência das
substâncias sensíveis é que é necessário que seja algo que se
predique [da substância] per se. As coisas que são predicadas
de outra por acidente não pertencem à essência desta outra
coisa.
Se perguntarmos quem tu és, não poderíamos
responder dizendo que tu és músico. Isto porque tu não és
músico segundo ti mesmo, isto é, porque o músico não se
predica de ti per se, mas por acidente. E daí se segue que o
ser do músico não é o teu ser, porque aquelas coisas que
pertencem à qüididade do músico não são a tua qüididade.
Pertencem à tua essência aquelas coisas que de ti se predicam
per se e não por acidente, assim como de ti se predicam
homem, animal, substância, racional, sensível, e outras tais.
|
|