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Depois que o Filósofo determinou qual é a
república ótima, e quais convém a quais cidades, passa a
determinar sobre algumas partes da república, isto é, sobre
os conselheiros, os governantes e os juízes.
Depois que foi determinado sobre cada república em
comum e separadamente, em seguida deve-se dizer que há três
partes das coisas públicas sobre as quais o legislador deve
considerar e comparar segundo a natureza de cada uma. Estas
partes, estando corretamente dispostas, necessariamente a
república estará bem ordenada e, vice versa, mal ordenada e
segundo a diferença destas partes será necessário que as
repúblicas difiram, porque através destas partes distribui-se
a república que é a ordem dos que governam.
A primeira destas partes é aquela à qual cabe o
conselho das coisas comuns à cidade. A segunda é a que diz
respeito aos principados, a quem convém o principado, a quem
convém governar e como devem ser tomados, se pela sorte ou
pela escolha. A terceira parte é aquela que diz respeito aos
[juízes e ao poder de] julgar.
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