3. A república é a vida da cidade, e a república ótima é um termo médio.

O Filósofo declara, a seguir, que o mesmo é o termo médio e a mesma é a razão da cidade e da república, e de [sua] virtude e malícia. Ele afirma que a mesma é a razão da cidade boa e da república boa, [assim como a mesma é a razão] da cidade má e da república má. O motivo é que a república se compara à cidade assim como a vida [se compara ao homem]. A república, de fato, é a ordem da cidade. Ora, a ordem é uma certa vida daquilo do qual é ordem. Por isso a república é a vida da cidade. E assim como cessando a vida cessa [também] aquilo do qual ela é [vida], assim também, cessando a república, cessa a cidade. Assim, portanto, como a mesma é a razão da vida e daquilo do qual ela é [vida], e a mesma é a razão da,perfeição e daquilo do qual ela é [perfeição], assim também a mesma é a razão da república boa e da cidade boa.