12. A divisão da parte intermediária da cidade. Os conselheiros.

Em seguida mostra que a consiliativa [ou os conselheiros] são uma parte da cidade. A razão é que aconselhar-se é uma obra política. O político tem que se aconselhar sobre o que diz respeito ao fim da cidade. É manifesto, portanto, que pertence ao político aconselhar-se. Mas o que pertence ao político, enquanto tal, é necessário à cidade, de modo que a consultiva é parte da cidade. Se esta parte consultiva e judiciária existem separadamente, de maneira que outro seja quem julga e outro quem aconselha, ou se não existem separadamente, de tal modo que um só e o mesmo é aquele que julga e que aconselha, isto em nada altera o propósito do Filósofo. Isto, de fato, é possível, pois vemos que uma mesma pessoa pode ser soldado e agricultor; assim também uma mesma pessoa pode ser juiz e conselheiro. Se, portanto, o soldado e o agricultor são partes da cidade, é manifesto que esta e aquela são também partes da mesma.