13. O modo conveniente do que ensina tratar a ciência moral.

O modo conveniente de manifestar se a verdade numa dada ciência por parte daquele que ensina deve ser coerente com a matéria daquela ciência.

Ora, a matéria da ciência moral é tal que não lhe é conveniente a certeza perfeita. [Isto fará com que aqueles que ensinam a ciência moral devam proceder da seguinte forma]: já que, segundo a arte da ciência demonstrativa, os princípios devem ser semelhantes às conclusões, e na ciência moral as conclusões são tão variáveis, não poderemos proceder como fazemos nas ciências [puramente] especulativas, nas quais partimos dos singulares e compostos e, por modo resolutório, chegamos aos princípios universais e simples.

[Aqui deveremos fazer o oposto, isto é], partindo dos princípios universais e simples, aplicá-los aos singulares e compostos]. Como a ciência moral tratará dos atos da vontade, e a vontade é motiva não só ao bem, mas ao que parece bem, a verdade na ciência moral deverá ser mostrada figurativamente, isto é, verossimilmente. Como os atos voluntários, de que trata a ciência moral, não são produzidos pela vontade por necessidade, na ciência moral deveremos partir de princípios que sejam conformes a estas conclusões.