2. Pertence à ciência moral a consideração do voluntário e do involuntário.

A virtude é própria à consideração da ciência moral. Ora, a virtude moral diz respeito às paixões e às operações, de tal maneira que se nas coisas que são voluntárias acerca das operações e paixões alguém opera segundo a virtude, torna-se merecedor de louvor, ou de vitupério, se opera segundo o vício. Mas, se alguém opera involuntariamente, se se trata do que é segundo a virtude, não se torna merecedor de louvor, se se trata do que é contra virtude, merecerá por causa disso perdão ou às vezes misericórdia. Ora, o louvor e o vitupério são devidos de maneira própria à virtude e ao vício. Portanto, se o voluntário e o involuntário [modificam] a razão do louvor e do vitupério, devem ser determinados por quem pretende tratar da virtude.