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[Primeira comparação: atos e hábitos diversos se
ordenam a fins diversos]. O que é manifesto pelo fato de que
o fim da arte medicinal é a saúde, o fim da arte que faz
navios é a navegação, da arte militar a vitória, etc.
[Segunda comparação: a ordem dos hábitos entre
si]. Pode acontecer que um hábito operativo esteja situado
abaixo de outro, [ subordinado a este]. Assim acontece que a
arte que faz os freios se subordina à arte da equitação,
porque aqueles que devem equitar são que ordenam ao artífice
o modo em que devem fazer o freio.
[Terceira comparação: o fato de um fim ser uma
obra ou operação não tem relação com a ordenação dos fins].
Os fins da [arte] principal são mais desejáveis do que os
fins da arte que se subordinam a este principal. O que é
manifesto pelo fato de que os homens procuram os fins das
artes inferiores, por causa dos fins das superiores.
[Quarta comparação: o fato de um fim ser uma obra
ou operação não tem relação com a ordenação dos fins]. O que
se manifesta por dois exemplos: o fim da arte de fazer freios
é a obra. A arte de fazer freios, porém, se subordina à
equitação, cujo fim é uma operação. Contrariamente a isto, o
fim da exercitação da medicina é uma operação, isto é, um
exercício. Mas a exercitação da Medicina se subordina à
Medicina, cujo fim é algo operado, isto é, a saúde.
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