2. As duas coisas que se requerem do fim último.

Do fim último se requerem duas coisas. A primeira, que seja perfeito. A segunda, que seja per se suficiente.

O fim último é, de fato, o término do movimento natural do desejo. Ora, para que algo seja o último término de um movimento natural, duas coisas se requerem. Primeiro, que seja algo que possua forma, e não em via de possuir forma. Ora, o que tem forma é perfeito, e aquilo que está disposto para a forma é algo imperfeito. Portanto, em primeiro lugar, o bem que seja o último fim terá que ser perfeito.

Em segundo lugar, requer-se que aquilo que é o término de um movimento natural seja algo íntegro, porque a natureza não falta no necessário. Assim, o fim último, que é o término do desejo, será necessariamente suficiente per se, [por ser] um bem íntegro.