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Toda definição é uma certa razão. Isto é, é uma
certa composição de nomes ordenada pela razão. Um único nome
não pode ser definição, porque a definição implica em que
distintamente se notifica os princípios das coisas que
concorrem a constituir a essência da coisa. De outra
maneira, a definição não manifestaria suficientemente a
essência da coisa. Assim, uma palavra não pode ser definição,
mas pode ser manifestativa do seguinte modo, pelo que o nome
menos conhecido seja manifestado pelo mais conhecido. Mas
toda razão tem que ter parte, porque é alguma oração composta
e não um simples nome. Por causa disso, coloca-se a dúvida,
se se deve colocar na definição do todo a razão das partes.
Esta dúvida provém também do fato de que em
algumas razões do todo parece que se colocam as razões das
partes, e em outras não. Por exemplo, na definição do círculo
não se colocam as definições das partes separadas do círculo,
como o semi círculo e a quarta parte do círculo. Já a
definição das sílabas contém em si a definição dos elementos,
isto é, das letras. De fato, ao definir uma sílaba se diz que
se trata de uma voz composta de letras. Desta maneira, na
definição da sílaba se coloca a letra, e por conseqüência a
sua definição, porque sempre podemos usar [a definição em
lugar do nome]. Entretanto, isso não ocorre com o círculo,
não obstante ele seja dividido em partes, assim como a sílaba
em letras.
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