|
[Algo pode estar em alguma coisa de oito maneiras
diferentes. Estas maneiras assim se enumeram.]
|
A. Como uma parte em seu todo.
Isto é, como um dedo em uma mão.
B. Como um todo em suas partes.
[Isto se explica porque] o todo não
está fora das partes, e assim deve
ser entendido como estando nas
partes.
C. Como a espécie em seu gênero.
Isto é, como um homem é dito estar no
animal.
D. Como o gênero na espécie.
[Isto se explica porque] na definição
da espécie se encontram tanto o
gênero como a diferença. De onde,
tanto o gênero como a diferença são
ditos pertencerem às espécies como
partes em seu todo.
E. Como a forma na matéria ou no sujeito.
F. Como o que é movido está em um primeiro motor.
Desta maneira eu posso dizer que algo
está em mim porque está no meu poder
fazer este algo.
G. Como algo em seu fim.
Como algo está dito estar em alguma
coisa na medida em que esta coisa é
imóvel e desejável. Desta maneira, o
meu coração é dito estar em algo que
eu amo e desejo.
H. Como algo em seu lugar.
Isto é, como algo contido em um vaso.
|
|
Omitiu-se o modo pelo qual uma coisa está em outra como no
tempo, porque isso se reduz ao oitavo modo. Assim como o
lugar é medida do ser móvel, o tempo é a medida do movimento.
Propriamente falando, algo está contido em outra
coisa segundo a última maneira.
De fato, na Metafísica é até possível provar que
todas os modos, de uma certa maneira, podem ser reduzidos à
oitava maneira.
|
|