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Conforme diz o Filósofo no IIº Livro do De Anima,
as operações do intelecto são duas.
A primeira operação do intelecto é chamada de
inteligência dos indivisíveis. Por meio dela o intelecto
apreende a essência de cada coisa em si mesma.
A segunda é a operação do intelecto ao compor e
dividir.
A estas duas pode-se acrescentar ainda uma
terceira divisão, que é a do raciocínio, segundo a qual a
razão, partindo do que lhe é conhecido, investiga coisas que
lhe são desconhecidas.
A primeira destas operações, que é a inteligência
dos indivisíveis, se ordena à segunda, que é a de compor e
dividir. Isto ocorre porque não pode existir composição ou
divisão a não ser da simples apreensão.
A segunda operação, ademais, que é a composição e
a divisão, se ordena à terceira, que é o raciocínio, porque
só se pode alcançar a certeza das coisas que nos são
desconhecidas partindo do que já nos é conhecido, [ponto este
de partida a que, por já ser conhecido], o intelecto assente.
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