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[A opinião menos racional de todas é aquela que
coloca a felicidade no dinheiro]. [As opiniões precedentes,
embora errôneas, algo tinham de racional, como já explicado].
Mas as opiniões daqueles que colocaram a felicidade em algo
que apresenta a razão de bem atual, como o dinheiro, é muito
menos racional [do que todas as precedentes]. Esta, de fato,
repugna a própria razão de fim último, porque nós procuramos
a felicidade como algum bem, e não por causa de outra coisa.
Mas o dinheiro é procurado por causa de outra coisa, já que
apresenta razão de bem útil, como já foi dito. Portanto, a
felicidade não pode consistir no dinheiro.
Além disso, o dinheiro se adquire pela violência e
se perde pela violência. Mas isto não convém à felicidade,
que é o fim das operações voluntárias [no homem], por onde
[fica evidente] que a felicidade não pode consistir no
dinheiro.
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