9. A relação conjugal e paterna.

Nas coisas que devemos tratar sobre as cidades, será necessário tratar antes sobre as virtudes da mulher e do homem, e do pai e dos filhos, e de sua mútua conversação, isto é, o que é bom nesta conversação, como deve ser buscado este bem e evitado o mal [que se lhe opõe].

A razão da importância desta determinação consiste, primeiramente, em que é conveniente considerar a disposição da parte em relação ao todo, e [estas são] a disposição dos fundamentos da casa. Ora, a casa, à qual pertencem por primeiro as duas relações de marido e esposa e de pai e filho, é parte da cidade, de onde que, por comparação à política, é necessário considerar como devem ser ensinadas as crianças e as esposas.

A segunda razão da importância desta determinação consiste em que tudo aquilo cuja disposição produz uma diferença na bondade da cidade deverá ser considerada na política. Ora, entre estas coisas está o ensino das mulheres e das crianças e como ambos se tornam bons. As mulheres são meia parte dos homens livres que há nas cidades e das crianças se formam os homens, que são os dispensadores da cidade. Portanto, compete à política a determinação da instrução das esposas e dos filhos.

[Já em parte] determinamos algo a este respeito no que foi exposto. O restante deverá ser exposto ao longo dos livros seguintes, junto com aquilo que pertence a cada política. No momento suspenderemos estes discursos pertencentes à dispensação da casa como se já os tivéssemos completado e reiniciaremos com outro princípio, passando a considerar sobre o que os [diversos sábios] afirmaram sobre qual [seja entre todas a] política excelente.