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Aquilo pelo qual algo é necessariamente definido é
anterior a este algo pela razão. Por exemplo, o animal é
anterior ao homem e o sujeito ao acidente. Ora, a potência
não pode ser definida a não ser pelo ato, porque a primeira
razão da [potência] consiste em que lhe convém agir ou ser em
ato. Portanto, é necessário que a razão do ato preceda a
razão da potência, e a notícia do ato preceda a notícia da
potência. E é por causa disso que Aristóteles, ao manifestar
a potência, a definiu pelo ato. O ato, porém, não o pôde
definir por algo, mas somente o pôde mostrar indutivamente.
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