11. Sobre uma opinião errônea dos estóicos.

Os estóicos diziam que as virtudes são certas impassibilidades e quietudes. De fato, porque eles viam que os homens se tornam maus pelos desejos e pelas tristezas, conseqüentemente acharam que a virtude consiste em que [os movimentos] das paixões cessem por completo. Mas nisto [se enganaram], ao querer excluir totalmente do homem virtuoso as paixões da alma. Pertence ao bem da razão que o apetite sensitivo, cujos movimentos são as paixões, seja por ele regulado. De onde se segue que não pertence à virtude que exclua todas as paixões, mas somente as desordenadas.