9. Porque os jovens podem se tornar matemáticos, mas não metafísicos ou físicos.

[Os jovens não se tornam físicos] porque as coisas matemáticas são conhecidas por abstração dos sentidos, dos quais é a experiência. Portanto, para o conhecimento destas coisas não se requer uma multidão de tempo. Mas os princípios naturais, que não se abstraem dos sentidos, são considerados por experiência, para a qual se requer [uma] multidão de tempo.

[Os jovens não se tornam metafísicos porque], quanto à sabedoria, deve-se acrescentar [também] que os jovens não acreditam nas [coisas] metafísicas, isto é, não as atingem pela mente, ainda que o digam pela boca. Não lhes é imanifesto o que sejam as coisas matemáticas, porque as razões das coisas matemáticas são coisas imagináveis, enquanto que as metafísicas são puramente inteligíveis. Ora, os jovens podem facilmente alcançar as coisas que caem debaixo da imaginação, mas aquelas que excedem o sentido e a imaginação a mente [deles] não as atinge, porque ainda não possuem o intelecto exercitado a tais considerações, quer por causa da brevidade do tempo, quer por causa de grandes mutações da natureza.