2. Como instituir a melhor espécie do estado de poucos.

[O Filósofo passa a tratar sobre como deve ser instituída a] espécie do estado de poucos que é considerada maximamente temperada. Trata-se da espécie de estado de poucos que é próxima à que é chamada pelo nome comum de república, na qual governam os que possuem armas e alguma dignidade de riquezas e na qual as honorabilidades que são consideradas devidas às riquezas se distingüem em maiores e menores. Semelhantemente, entre os principados alguns são mais necessários e menores, enquanto outros são mais principais e maiores. Entre [os cidadãos] os que têm menores riquezas participam dos principados mais necessários, e os [que possuem] maiores [riquezas] participam doa mais principais, sendo lícito nesta república que todos os que possuem alguma dignidade de riqueza alcancem [e participem] da república.

Para instituir esta república é necessário [introduzir nela] uma multidão [suficientemente grande] de cidadãos que tenham uma honorabilidade de riquezas determinada, de tal modo que estes, junto com a república, sejam mais poderosos do que todos os que não participam da república. Universalmente convém que esta multidão seja tomada entre os melhores do povo.