8. O fim da fortaleza, ou por causa do que ela opera.

O fim último do agente natural operante é o bem do universo, que é o bem perfeito. Mas o fim próximo é que imprime sua semelhança em outro. Por exemplo, o fim do que é quente é que por sua ação esquente.

De modo semelhante, o fim último da virtude operante é a felicidade, que é o bem perfeito, conforme explicado no livro primeiro. Mas o seu fim próximo e próprio é que a semelhança do hábito exista em ato.

[Por isso é correto dizer que] o fim que o forte pretende [e por causa do que ele opera] é a fortaleza. Não se trata do hábito da fortaleza que já existe, mas da semelhança da mesma em ato. Por isso, o fim da fortaleza é algo pertencente à razão da fortaleza. Assim, portanto, o forte enfrenta e opera por causa do bem, e este bem [é aquele que se dá] na medida em que [o forte] pretende operar as coisas que são segundo a fortaleza.