|
Há cinco coisas que devem ser observadas na
definição do nome dada por Aristóteles.
Em primeiro lugar, o Filósofo coloca em sua
definição a voz por modo de gênero. Pela voz, de fato, o nome
se distingue de todos os sons que não são vozes. A voz,
conforme está explicado no IIº Livro do De Anima, é
|
"um som pronunciado
pela boca de um animal
com alguma imaginação".
|
|
Em segundo lugar, Aristóteles acrescenta a primeira diferença
[específica] do nome, que é ser significativo. Com isto
diferencia o nome de quaisquer vozes não significativas, seja
esta voz escrita e articulada, seja não escrita e não
articulada.
Em terceiro lugar, Aristóteles coloca uma segunda
diferença [específica], ao dizer "segundo o agrado", isto
é, segundo a instituição humana procedente do beneplácito [ou
agrado] do homem. Por esta diferença o nome difere das vozes
naturalmente significativas, como são os gritos dos enfermos
e as vozes dos animais brutos.
Em quarto lugar, o Filósofo coloca uma terceira
diferença, que é a de ser "sem tempo". Por meio desta
diferença o nome difere do verbo.
Em quinto lugar Aristóteles coloca uma quarta
diferença ao acrescentar "do qual nenhuma parte, quando
separada, é significativa". Nenhuma parte do nome, de fato,
é significativa quando separada de todo o nome. Por meio
desta diferença o nome distingue-se da oração, cujas partes,
quando separadas, ainda significam, como quando se diz: "O
homem é justo". Isto ocorre porque a significação é como que
a forma do nome; nenhuma parte separada, porém, possui a
forma do todo, assim como a mão, separada do homem, não
possui forma humana.
|
|