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Os jovens não são ouvintes convenientes de
Política e de toda a ciência moral que está compreendida
dentro da Política. Isto acontece porque ninguém pode bem
julgar a não ser das coisas que conhece.
Ora, é necessário a todo ouvinte que bem julgue
acerca das coisas que ouve, para que fique com as coisas que
forem bem ditas, mas não com aquelas que não forem bem ditas.
Portanto, é necessário que o ouvinte conveniente tenha alguma
notícia das coisas que deve ouvir. Mas os jovens não têm
notícia das coisas que pertencem à ciência moral, as quais
são maximamente conhecidas por experiência.
Os jovens são inexperientes das operações da vida
humana por causa da brevidade do tempo, e justamente quando
as razões da ciência moral procedem das coisas que pertencem
aos atos da vida humana, e ainda mais, dizem respeito a eles.
De onde se conclui que é manifesto que os jovens
não são ouvintes convenientes de Política.
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