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Três [coisas] caem debaixo da eleição humana: o
bem honesto, o útil e o deleitável. A deleitação é encontrada
em todos os animais, porque não somente é segundo a parte
intelectiva, mas também segundo a sensitiva. Já o útil e o
honesto pertencem somente à parte intelectiva, porque o
honesto é o que é feito segundo a razão [e é o bem de modo
simples, simpliciter, em latim, que é apetecido segundo se
pelo apetite racional], enquanto que o útil importa uma
ordenação de algo em outro, e ordenar é próprio da razão. A
deleitação se segue a todas as coisas que caem debaixo da
eleição: o honesto é deleitável ao homem na medida em que é
conveniente à razão, o útil é deleitável por causa da
esperança do fim. Não ocorre, porém, o inverso, que todo
deleitável seja útil ou honesto, como é manifesto nas
deleitações sensíveis.
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