30. Levanta-se uma questão sobre a argumentação precedente.

Alguém poderia perguntar porque, ao explicar que toda potência racional, quando [assim] o deseja, necessariamente age se o passivo estiver presente, [Aristóteles] não acrescentou "se nada de externo o proíbe".

Não é necessário acrescentar [à argumentação precedente] "se nada de externo o proíbe", porque [em] tudo aquilo que está em potência, [a razão de potência inclui o tempo, o modo e as demais circunstâncias que determinam esta potência e, ao se ter incluído estas coisas], [teremos] excluído todos os impedimentos externos [da cláusula "se nada de externo o proíbe"]. Isto porque as coisas que seriam impedimentos externos são removentes das coisas que foram colocadas na determinação [da razão de uma dada] potência comum [a dois contrários].