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A. Definição de intermediário.
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Quando algo é movido continuamente pela
natureza, aquilo que não é o último termo do
movimento para o qual o movimento está sendo
movido, é o intermediário. Intermediário é
aquilo que chegou naturalmente em primeiro
quando algo é movido continuamente pela
natureza. [Temos, como exemplo, que] se algo
se move naturalmente de A para C através de
B, então, se o movimento é contínuo, ele
alcança primeiro B do que C.
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B. Definição de sucessão.
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Duas coisas se requerem para que uma coisa
esteja em sucessão com a outra:
[Primeiro], que ela esteja depois do início
em alguma ordem. [Em alguma ordem significa]:
ou em relação à posição, como em coisas que
apresentam ordenação por lugar, ou em relação
às espécies, como a dualidade está depois da
unidade, ou em relação a qualquer tipo de
ordem, como dignidade, conhecimento, poder, e
outros.
[Segundo], que entre a coisa que sucede e a
que é sucedida não haja intermediário de
mesmo gênero. Por exemplo: que uma unidade
suceda outra unidade, que uma casa suceda
outra casa. Mas nada impede que, em uma mesma
sucessão, entre o que sucede e o sucedido
exista algo de gênero diferente, como quando
um animal está entre duas casas.
[Deve-se observar que] tudo o que está em
sucessão está em relação a algo, não como
anterior, mas como posterior. Porque se diz
que o dois sucede o um, mas não vice versa.
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C. Definição de contiguidade.
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Contiguidade é uma espécie de sucessão.
Contiguidade é uma sucessão tal que, entre
duas coisas em sucessão, não existe nenhum
intermediário, tanto do mesmo gênero, como de
gêneros diferentes. [Assim], as duas coisas
em sucessão se tocam, [para haver]
contiguidade. [Tocar-se significa que estão
em contato, que é a definição a seguir].
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