20. Que a convivência é o ato próprio da amizade.

[No ítem precedente, Aristóteles] colocou duas coisas como pertencentes ao ato da amizade, que são a convivência e o repartir mutuamente os bens. [Destes, porém], nada é mais próprio dos amigos [do que] a convivência.

[Explicação esta afirmação do seguinte modo]. A repartição dos bens é uma utilidade que nem todos buscam na amizade, mas somente os necessitados. Mas a longa convivência com os amigos é apetecida também pelos homens que abundam em bens, por não lhes ser conveniente que vivam solitariamente. Assim, portanto, fica patente que o principal ato da amizade é a convivência com o amigo.