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[Aquele que se ama segundo a virtude é louvável].
Os homens virtuosos se esforçam para sobresair-se nas obras
da virtude. Porém, é manifesto que todos aceitam e louvam
àqueles que se esforçam às boas ações de modo diferente dos
demais, isto é, mais superabundante do que os outros. De onde
que assim é patente que aquele que se ama segundo a virtude é
louvável.
Aquele que ama a si mesmo segundo a virtude se
esforça superexcelentemente em bem agir. Se, porém, todos
trabalhassem para o bem, de tal maneira que cada um
procurasse sobresair-se ao outro na bondade, otimamente
agindo, seguir-se-ia que todos [em comum] possuiriam as
coisas das quais necessitam, porque um viria em auxílio do
outro, e se tornariam próprios de cada um aqueles que são os
bens máximos, isto é, as virtudes.
Conclui-se de tudo isto que é necessário amar a si
mesmo como foi dito do homem virtuoso, não porém, assim como
muitos homens, que não são virtuosos, amam a si mesmo.
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