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Depois que o filósofo determinou acerca das
virtudes morais e intelectuais, assim como da continência e
da amizade que apresentam certa afinidade com a virtude,
neste décimo livro pretende tratar do fim da virtude.
[Como o fim da virtude pode ser tomado no homem em
si mesmo ou em relação ao bem comum], primeiro trataremos do
fim da virtude que está no homem em si mesmo, e segundo do
fim da virtude em relação ao bem comum, que é o bem de toda a
cidade.
[Tomado no homem em si mesmo, temos duas coisas a
tratar relacionadas com o fim da virtude]. Primeiro, acerca
da deleitação, que alguns colocaram como fim da virtude.
Segundo, acerca da felicidade, que é, segundo todos, o fim da
virtude.
Deve-se observar que a deleitação já foi tratada
no livro VII, na medida em que era matéria da continência. De
onde que ali as considerações do filósofo versavam
principalmente acerca das deleitações sensíveis e corporais.
Aqui, porém, no livro X, o filósofo pretende determinar
acerca da deleitação na medida em que é adjunta à felicidade,
de onde que principalmente se determinará acerca da
deleitação inteligível e espiritual.
Assim, tratar-se-á, no livro X, acerca
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A. Da deleitação.
B. Da felicidade.
C. Do fim da virtude
em relação ao bem comum.
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