|
A razão do universal é ser algo apto a estar em
muitos e ser predicado de muitos.
É correto dizer que os universais são a própria
natureza das coisas que se predicam, à qual o intelecto
atribui a intenção de universalidade.
Não é correto dizer que o universal pode ser
tomado enquanto universal de maneira que a natureza que ele
significa se subordine à intenção de universalidade, como
se o animal ou o homem fosse uma substância una existente
em muitos sujeitos simultaneamente.
O universal não é uma substância existente nas
coisas naturais.
O universal tem uma dada forma, como homem ou
animal, apenas na medida em que está no intelecto.
O universal também não é uma substância separada
dos singulares dos quais se predica.
O ente e o uno que se converte com o ente são
universais.
O ente é dito de alguma coisa por causa de sua
substância.
O uno que se converte com o ente também é dito
de alguma coisa por causa de sua substância, porque é dito
uno aquilo que é uma substância una.
Nem o uno e nem o ente são a substância das
coisas, mas universais que se predicam da substância como
de um sujeito.
Da mesma maneira, o uno e o ente não podem ter
existência separada dos singulares dos quais se predicam.
|
|