|
Avicenna afirmou que o uno e o ente não significam a
substância da coisa, mas algo adicionado à substância.
[Sua objeção, quanto ao ente, era a seguinte]. Em
qualquer coisa que apresenta seu ente por um outro, o ente da
coisa é diferente da essência ou substância da mesma. O ente
significaria, assim, algo adicionado à essência.
[Sua objeção, quanto ao ente, era a seguinte].
Avicenna pensava que o uno que se converte com o ente fosse o
mesmo que o uno que é princípio do número. Ora, o uno que é
princípio do número necessariamente significa uma natureza
adicionada à substância. Se assim não o fosse, o número,
sendo constituído de unidades, não seria uma espécie da
quantidade, que é um acidente adicionado à substância.
Avicenna assim conclui que este uno se converte
com o ente não porque significa a mesma substância ou ente,
mas porque significa um acidente que inere a todo ente, assim
como "capaz de rir" se converte com todo homem.
|
|