7. A união da matéria e forma nas [coisas] matemáticas.

A matéria é de duas maneiras: sensível e inteligível. A matéria sensível é aquela que diz respeito às qualidades sensíveis, como o quente e o frio, o raro e o denso, e outras assim. As coisas naturais ocorrem com matéria sensível, mas as matemáticas são delas abstraídas. A matéria inteligível é dita aquela que é tomada sem as qualidades sensíveis ou diferenças, assim como o próprio contínuo. E esta matéria não é abstraída das coisas matemáticas.

Daqui se segue que tanto nas coisas sensíveis, como nas matemáticas, sempre se faz necessário que haja nas definições algo como matéria e algo como forma. Assim como na definição do círculo matemático, o círculo é definido como uma figura superficial, sendo a superfície como matéria, e a figura como forma. Portanto, a mesma será a razão pela qual a definição matemática é una, e pela qual a definição natural é una. [E isto porque], posto que nas coisas matemáticas não há agente, assim como nas coisas naturais, todavia em ambas algo é como matéria, e outro como forma.