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A vergonha não pertence ao [homem] virtuoso. De
fato, a vergonha diz respeito às coisas más. Ora, o virtuoso
não opera coisas más. Portanto, a vergonha não compete ao
virtuoso.
Do que foi dito fica também claro que a vergonha
não é virtude. De fato, alguns pensam que como a falta de
vergonha ou o não envergonhar-se das operações torpes é algo
mau, por causa disso envergonhar-se seria algo de virtuoso.
[Mas isto não é verdadeiro], porque tanto a vergonha como a
não vergonha supõem a operação torpe, coisa que não compete
ao homem virtuoso. De onde fica claro que a vergonha não é
virtude, porque se fosse, estaria no [homem] virtuoso.
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