13. Definição das coisas que pertencem à sucessão.

A. Definição de intermediário.

Quando algo é movido continuamente pela natureza, aquilo que não é o último termo do movimento para o qual o movimento está sendo movido, é o intermediário. Intermediário é aquilo que chegou naturalmente em primeiro quando algo é movido continuamente pela natureza. [Temos, como exemplo, que] se algo se move naturalmente de A para C através de B, então, se o movimento é contínuo, ele alcança primeiro B do que C.

B. Definição de sucessão.

Duas coisas se requerem para que uma coisa esteja em sucessão com a outra:

[Primeiro], que ela esteja depois do início em alguma ordem. [Em alguma ordem significa]: ou em relação à posição, como em coisas que apresentam ordenação por lugar, ou em relação às espécies, como a dualidade está depois da unidade, ou em relação a qualquer tipo de ordem, como dignidade, conhecimento, poder, e outros.

[Segundo], que entre a coisa que sucede e a que é sucedida não haja intermediário de mesmo gênero. Por exemplo: que uma unidade suceda outra unidade, que uma casa suceda outra casa. Mas nada impede que, em uma mesma sucessão, entre o que sucede e o sucedido exista algo de gênero diferente, como quando um animal está entre duas casas.

[Deve-se observar que] tudo o que está em sucessão está em relação a algo, não como anterior, mas como posterior. Porque se diz que o dois sucede o um, mas não vice versa.

C. Definição de contiguidade.

Contiguidade é uma espécie de sucessão. Contiguidade é uma sucessão tal que, entre duas coisas em sucessão, não existe nenhum intermediário, tanto do mesmo gênero, como de gêneros diferentes. [Assim], as duas coisas em sucessão se tocam, [para haver] contiguidade. [Tocar-se significa que estão em contato, que é a definição a seguir].