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Diz o Filósofo que quando se afirma ou nega algo
de sujeitos universais, mas não universalmente, não se dão
enunciações contrárias.
Deve-se considerar, [comenta Santo Tomás de
Aquino], que o Filósofo não diz
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"quando se afirma ou nega
algo de sujeitos universais
de modo particular",
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mas sim, "de modo não universal". De fato, quando ele diz
isto não está se referindo a enunciações particulares, mas
apenas a enunciações indefinidas. Isto é evidente pelos
exemplos que ele mesmo coloca, dizendo que [a oposição de]
enunciações não universais de sujeitos universais [a que ele
se refere é a que se dá entre enunciações tais como]
e
[O sujeito destas enunciações], homem, de fato, é universal,
mas o predicado não lhes é atribuído de modo universal,
porque falta a expressão "todo" [antes do sujeito homem].
[Esta expressão `todo'] não significa o próprio universal,
mas o modo da universalidade, isto é, que o predicado é
atribuído universalmente a um sujeito. Tal expressão,
efetivamente, acrescentada a um sujeito universal, sempre
significa que dele algo se predica universalmente.
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