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Vamos investigar se a primeira substância
intelige sempre o mesmo, ou isto e aquilo.
Segundo o que foi dito, se difere quanto à
nobreza de um intelecto inteligir o bem [bonum] ou qualquer
objeto contingente, fica manifesto que, sendo o primeiro
intelecto nobilíssimo, deverá inteligir algo divinissimo e
honorabilissimo. E assim fica também patente que não pode
mudar de uma intelecção a outra, porque inteligindo algo
divinissimo, se mudasse para outro inteligível, esta
mudança seria para algo menos digno, o que não compete
senão às coisas tendentes à corrupção. Além disso,
transitar de uma intelecção a outra é um certo movimento,
por onde que não pode competir ao primeiro movente, sendo
completamente imóvel.
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