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As expressões que designam uma determinação
universal negativa ou uma determinação particular afirmativa
de um termo universal, ainda que sejam mais convenientemente
postas por parte do sujeito, não repugnam, todavia, à
verdade, se colocadas por parte do predicado [universal].
Ocorre, de fato, que em algumas matérias tais
enunciações sejam verdadeiras. É verdade, de fato, que
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"Todo homem é nenhuma pedra".
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Semelhantemente, é também verdade que
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"Todo homem é algum animal".
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Dizer, porém, que
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"Todo homem é todo animal",
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em qualquer matéria que seja proferida, é [sempre] falsa.
Há também outras enunciações semelhantes [que são]
sempre falsas, como por exemplo
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"Algum homem é todo animal",
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que tem como causa de sua falsidade a mesma que a de "todo
homem é todo animal". E, se há outras semelhantes, serão
sempre falsas, em todas a razão sendo a mesma.
Quando, de fato, o Filósofo condenou a sentença
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"Todo homem é todo animal".
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deu a entender com isto que deveriam ser condenadas todas as
demais que se lhe assemelham.
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