2. Demonstra-se a posição precedente.

Demonstra-se [a seguir] que o "agora" é o mesmo no sujeito, mas diferente pela razão.

Em relação à continuidade e ao antes e depois, o movimento é consequente à magnitude, e o tempo é consequente ao movimento.

Vamos imaginar que em geometria um ponto que se move produz uma linha. Este próprio ponto que se move é aquele pelo qual nós conhecemos o movimento e o antes e depois no movimento.

Isto porque o movimento é percebido somente porque o objeto móvel é diferente.

Este objeto móvel, embora seja o mesmo no sujeito, é diferente pela razão, pelo fato de que agora ele está aqui e depois ali.

Mas da mesma maneira como o tempo é consequente do movimento, o "agora" é consequente daquilo que é movido.

Isto deveria ser claro, porque nós conhecemos o antes e o depois no movimento através do objeto móvel. Ora, da mesma maneira, nós conhecemos o antes e o depois no tempo através do "agora".

Assim, o "agora" está para o tempo assim como o objeto móvel está para com o movimento.

Rearranjamos a proporção, o tempo se relaciona com o movimento como o "agora" se relaciona com o objeto móvel.

Portanto, se ao longo do movimento, o objeto móvel é o mesmo, no sujeito, mas diferente pela razão, assim também o "agora" é o mesmo no sujeito, mas diferente pela razão.