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[A demonstração, tal como se encontra em
Aristóteles, é a seguinte].
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A. Toda mutação é a partir de
algo, em direção a algo.
B. Mas quando uma coisa está no
término "para o qual", ele não
está "sendo mudado", mas "tendo
sido mudado".
C. Quando uma coisa em relação ao
seu todo e a todas as suas partes
está no término "a partir do
qual", ele ainda não está "sendo
mudado", mas em repouso.
D. Também não se pode dizer que
enquanto uma coisa está "sendo
mudada", está em ambos os
términos em relação tanto ao seu
todo como às suas partes, porque
então estaria em dois lugares ao
mesmo tempo.
E. Da mesma forma, não se pode
dizer que ela não esteja em nenhum
dos términos.
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[Segundo o texto comentado de São Tomás, entende-se que
Aristóteles aqui está falando dos términos próximos do
movimento, e não dos términos últimos].
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F. Segue-se, então, que tudo o que
é mudado, enquanto está mudando,
está em um dos términos em relação
a parte de si mesmo, e em outro
término em relação a parte de si
mesmo.
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[Pode-se dar o seguinte exemplo]. Quando uma coisa é mudada
de AB para BC, a parte que está deixando AB está entrando em
BC. Assim, é claro que tudo o que é mudado é divisível,
porque está parte em um término, e parte em outro.
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