4. Razões para a inexistência do infinito. Segunda Parte. Contra os que o colocaram do ponto de vista dos filósofos naturais. Argumentos lógico-dialéticos.

[Em primeiro lugar, não existe um corpo infinito,] porque a definição de um corpo é algo que está confinado por uma superfície. Ora, nenhum corpo confinado por uma superfície pode ser infinito. Portanto, nenhum corpo é infinito.

[Em segundo lugar], o infinito não pode ser uma multidão. [Multidão significa uma quantidade discreta, por diferenciação à quantidade contínua]. Todo número pode ser numerado, e daí pode ser transitado por numeração. Portanto, todo número é transitável. Logo, não existe número infinito, ou uma multidão infinita.

Estas argumentações são lógicas, mas também dialéticas, e portanto não provam por necessidade. Porque alguém pode não admitir que pertença à definição de corpo o confinamento entre superfícies, exceto talvez em potência. Da mesma maneira, aqueles que admitem existir uma multidão infinita, não admitem que essa multidão possa ter um número.