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Está dito o que é a essência, [e como a essência é
predicada de todas as coisas], e que é predicada segundo se.
Também está dito porque de algumas coisas a razão
significante da essência contém em si partes do definido,
assim como a definição das sílabas contém as letras, enquanto
de algumas outras coisas a razão significante da essência não
contém em si partes do definido, assim como a definição do
círculo não contém os semicírculos.
Também está dito que na razão das formas não se
colocam as partes que são partes da substância como matéria,
porque estas não são partes da forma, mas de todo o composto.
Também está dito que de alguma maneira existe
definição do composto, e de alguma outra maneira não. Se o
composto é tomado com a matéria individual, não haverá
definição para ele, porque os singulares não se definem. Mas
o composto tomado em espécie, não segundo o indivíduo, este é
definido.
Também ficou dito que o indivíduo é individuado
pela matéria, mas é colocado em sua espécie pela forma. O
homem não é homem porque tem carne e osso, mas porque tem uma
alma racional na carne e ossos. De onde é necessário que a
definição da espécie seja tomada a partir da forma, e que
somente sejam colocadas na definição da espécie aquelas
partes da matéria, nas quais por primeiro e principalmente
esteja a forma.
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