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O argumento de Zenão para demonstar que o lugar
não existe consistia em demonstrar que, se existisse, estaria
num lugar, e este lugar estaria em outro lugar, e assim
sucessivamente.
[Resposta.] Não existe nada que impeça que se diga
que o lugar está em alguma coisa. O problema está em que
existem oito modos de se dizer que algo está em alguma coisa,
e apenas um deles é como algo localizado num lugar. Na
verdade, desde que se diga que o lugar é o término do corpo
continente, é claro que o lugar está em algo, não como em um
lugar, mas como o término de algo finito. Assim, o lugar
estará em alguma coisa como a forma na matéria ou como o
acidente em um sujeito, na medida em que o lugar é o término
do corpo continente. Não é necessário que tudo que esteja em
algo esteja neste algo como num lugar. De fato, isto é apenas
necessário para os corpos móveis.
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