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O invisível se diz de três maneiras:
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A. O que não tem aptidão natural a
ser visto, assim como a voz.
B. O que não pode ser visto
corretamente, como algo escuro ou
remoto.
C. O que tem aptidão natural a ser
visto e não se vê porque está
completamente imerso nas trevas.
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Assim também é o infinito.
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A. Como a voz, que não tem aptidão
natural a ser visível, existe o
infinito por ser intransitável por
natureza.
Exemplo: o ponto.
B. Como algo que mal se observa,
existe o infinito no sentido de
algo que pode ser mal transitado,
como a profundidade do mar.
C. Como algo que tem aptidão
natural para ser visto, mas não se
pode ver por estar imerso na
escuridão, existe o infinito nos
entido de algo que pertence ao
gênero das coisas transitáveis,
mas que todavia não pose ser
transitado até ao fim. Por
exemplo, uma linha, que não pode
ser transitada até ao fim. Somente
esta terceira categoria de
infinito pode ser propriamente
denominada de infinito.
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[Pode-se fazer ainda uma segunda classificação do infinito.]
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A. Infinito por aposição, como nos
números.
B. Infinito por divisão, como na
magnitude.
C. Infinito por aposição e
divisão, como no tempo.
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