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O fim último do agente natural operante é o bem do
universo, que é o bem perfeito. Mas o fim próximo é que
imprime sua semelhança em outro. Por exemplo, o fim do que é
quente é que por sua ação esquente.
De modo semelhante, o fim último da virtude
operante é a felicidade, que é o bem perfeito, conforme
explicado no livro primeiro. Mas o seu fim próximo e próprio
é que a semelhança do hábito exista em ato.
[Por isso é correto dizer que] o fim que o forte
pretende [e por causa do que ele opera] é a fortaleza. Não se
trata do hábito da fortaleza que já existe, mas da semelhança
da mesma em ato. Por isso, o fim da fortaleza é algo
pertencente à razão da fortaleza. Assim, portanto, o forte
enfrenta e opera por causa do bem, e este bem [é aquele que
se dá] na medida em que [o forte] pretende operar as coisas
que são segundo a fortaleza.
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