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Em seguida mostra que a consiliativa [ou os
conselheiros] são uma parte da cidade. A razão é que
aconselhar-se é uma obra política. O político tem que se
aconselhar sobre o que diz respeito ao fim da cidade. É
manifesto, portanto, que pertence ao político aconselhar-se.
Mas o que pertence ao político, enquanto tal, é necessário à
cidade, de modo que a consultiva é parte da cidade. Se esta
parte consultiva e judiciária existem separadamente, de
maneira que outro seja quem julga e outro quem aconselha, ou
se não existem separadamente, de tal modo que um só e o mesmo
é aquele que julga e que aconselha, isto em nada altera o
propósito do Filósofo. Isto, de fato, é possível, pois vemos
que uma mesma pessoa pode ser soldado e agricultor; assim
também uma mesma pessoa pode ser juiz e conselheiro. Se,
portanto, o soldado e o agricultor são partes da cidade, é
manifesto que esta e aquela são também partes da mesma.
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