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[A deleitação é tão próxima da operação que,
conforme foi explicado precedentemente, parece ser dubitável
que a operação não seja o mesmo que a deleitação]. [De onde
que é preciso explicar se de fato é assim].
Não é [correto] dizer que a deleitação é o mesmo
que a operação. Primeiro porque não toda operação poderia ser
deleitação, porque não pode haver deleitação a não ser na
operação do sentido ou do intelecto. De fato, o que carece de
conhecimento não pode deleitar-se. Porém, a deleitação também
não é o mesmo que a operação do intelecto, nem o mesmo que a
operação do sentido, porque a deleitação mais pertence à
parte apetitiva. "A deleitação é um repouso da [força]
apetitiva em algum bem amado, que se segue a alguma operação"
[Ia/IIae q. 34 a.1]. Portanto, é inconveniente se parecer a
alguém que a deleitação seja o mesmo que a operação, pelo
fato de não se separar da operação.
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