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Do universal pode-se enunciar algo de [dois
modos]. [Cada um destes modos pode ser subdividido em outros
dois]. [Desta segunda subdivisão resulta que do universal
pode-se enunciar algo de] quatro modos.
A. De um primeiro modo, [algo pode ser
enunciado do universal] considerando-o
como separado dos singulares.
[Isto pode ocorrer tanto segundo a sentença de Platão], que
considerava os universais como subsistentes por si mesmo, ou
segundo a sentença de Aristóteles, que considerava os
universais segundo o ser que têm no intelecto.
[Considerado o universal enquanto separado dos
singulares], pode-se-lhe atribuir algo de dois modos:
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A.1. Atribuindo-lhe algo que pertença
somente à operação da inteligência,
como quando se diz:
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"o homem é predicável de muitos".
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A.2. Atribuindo-lhe algo que é apreendido
como uno, mas de modo que o que lhe é
atribuído não pertence ao ato do
intelecto, mas ao ser que a natureza
apreendida possui nas coisas que estão
fora da alma, como quando se diz que
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"o homem é a mais digna
entre as criaturas".
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Isto, de fato, convém à natureza humana também na medida em
que está nos singulares, pois qualquer homem singular é mais
digno do que todas as criaturas irracionais. Todavia, por
este modo lhe atribuímos um predicado como a uma só coisa.
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B. De um segundo modo, [algo pode ser
enunciado do universal] na medida em
que [ele está] nos singulares.
[Considerado o universal enquanto está nos singulares], pode-
se-lhe ainda atribuir algo de dois outros modos:
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B.1. Atribuindo-lhe algo em razão de sua
própria natureza universal, como quando
lhe atribuímos algo que pertence à sua
essência, ou que se segue aos seus
princípios essenciais, como quando se
diz
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B.2. Atribuindo-lhe algo em razão do
singular em que se encontra, como
quando se lhe atribui algo que pertence
à ação do indivíduo, como quando se
diz:
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