VII. OS UNIVERSAIS


1. Os propósitos de Aristóteles ao entrar na discussão dos universais.

[Numa exposição bastante longa, São Tomás comentando Aristóteles expõe diversas considerações sobre os universais, das quais nesta compilação se tomaram as menores partes, à exceção da parte onde se discute o uno e o ente como universais]. [O propósito desta parte] é investigar se os universais são substâncias. [Ao fazer isto, Aristóteles] mostrará primeiro que os universais em geral não são substâncias. Em segundo lugar, mostrará também que o uno e o ente, de modo especial, não são substâncias.

[O interesse de Aristóteles em mostrar que o uno e o ente em especial não são substâncias está em que], como a razão de um universal é ser algo apto a estar em muitos e ser predicado de muitos, [o uno e o ente são universais especialíssimos, porque são de uma certa forma os mais universais dentre todos, já que estão em todas as coisas e se predicam de todas as coisas, e por causa disso] muitos dos antigos filósofos os colocaram como sendo a própria substância das coisas. [Esta posição será negada por Aristóteles].