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Em seguida o Filósofo enumera as partes
intermediárias da cidade. São ditas médias porque se
encontram de modo intermediário entre o primeiro governante e
o povo que possui o grau inferior. A parte intermediária da
cidade, [segundo o Filósofo], divide-se em cinco partes.
A primeira é a parte propugnativa da cidade. A
quinta parte da cidade, computando as quatro primeiras
partes, a qual é a primeira entre as partes médias, é a
propugnativa. Esta parte não é menos necessária do que do que
qualquer uma das anteriores, se a cidade não deve ser
reduzida à servidão. Ora, é manifesto, é inconveniente e é
contra a razão da cidade que ela seja naturalmente serva. A
razão disto é que a cidade deve ser suficiente por si,
enquanto que aquele que é servo não é suficiente per se,
porque todas as suas operações se ordenam a um outro. Ora,
aquele cujas operações são por causa de outro não é
suficiente per se. Pelo que é manifesto que a cidade não deve
ser serva. Ora, se a cidade não tivesse lutadores contra seus
adversários, seria subjugada pelos outros e se tornaria
serva.
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