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[Depois de ter demonstrado que o tempo não é
movimento, Aristóteles] demonstra que não existe tempo sem
movimento.
[Considera-se um único argumento a respeito].
Quando os homens não mudam em suas apreensões, ou, se
mudados, não se apercebem disso, parece que o tempo não
passa. Isto é evidente pelas histórias de homens que sofreram
um encantamento e dormiram durante muito tempo no reino dos
deuses. Quando eles acordaram, afirmaram terem visto coisas
maravilhosas e predisseram eventos futuros, mas não
perceberam que o tempo havia passado. Portanto, quando não se
percebem as mutações, o homem tem a impressão que vive
durante um mesmo "agora". Daí segue-se que, não existe o
tempo sem existir o movimento ou a mutação.
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