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[Em primeiro], ninguém é dito bom ou mau, nem é
louvado ou desprezado pelo fato de que possa padecer segundo
alguma paixão, por exemplo, por poder enraivecer-se ou temer.
Mas somos ditos bons ou maus, e somos louvados ou desprezados
segundo as virtudes e as malícias. Portanto, as virtudes e as
malícias não são potências.
[Em segundo], as potências existem em nós pela
natureza, porque são propriedades naturais da alma. Mas as
virtudes e as malícias, segundo as quais somos ditos bons e
maus, não estão em nós pela natureza, como já foi
anteriormente explicado. Portanto, as virtudes e as malícias
não são potências.
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