13. Conclusão da Física.

[Aristóteles] afirma que a partir do que foi dito acima, é claro que é impossível para o primeiro motor imóvel ter qualquer magnitude, tanto no sentido de que ele seja um corpo como no sentido de que ele seja uma potência em um corpo. Porque, se ele tem magnitude, esta magnitude deverá ser finita ou infinita. Mas foi mostrado no Livro III, discutindo as propriedades gerais da natureza, que uma magnitude infinita é impossível. Segue-se, então, que se [o primeiro motor] apresenta magnitude, esta magnitude é finita. Pode ser provado que [o primeiro motor] não tem magnitude finita porque é impossível para uma magnitude finita ter potência infinita. O primeiro motor imóvel, entretanto, deve ter potência infinita. Portanto, ele não pode ter uma magnitude finita.

[Aristóteles] demonstra que o primeiro motor imóvel deve ter potência infinita a partir do que ele demonstrou acima, isto é, que é impossível para uma coisa ser movida em um tempo infinito por uma potência finita. Mas o primeiro motor causa movimento eterno e contínuo e existe como um e o mesmo durante um tempo infinito. [Se assim não fosse], aquele movimento não seria contínuo. Portanto, ele apresenta potência infinita. E assim, ele não apresenta magnitude finita.

E como uma magnitude infinita não existe, fica claro que o primeiro motor é indivisível, tanto porque ele não apresenta partes, como também porque ele não apresenta absolutamente nenhuma magnitude, como que existindo fora do gênero da magnitude.

E assim Aristóteles termina sua discussão geral das coisas naturais com o primeiro princípio de toda a natureza, que é sobre todas as coisas, Deus, bendito seja para sempre.

Amén.