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As causas se dizem de quatro maneiras. A primeira
é a causa formal, que é a própria substância da coisa, pela
qual sabe-se o que é cada coisa. A segunda é a causa
material. A terceira é a causa eficiente, que é por onde
[vem] o princípio do movimento. A quarta é a causa final, que
se opõe à causa eficiente segundo uma oposição de princípio e
fim.
A causa final se opõe à causa eficiente segundo
uma oposição de princípio e fim, porque o movimento começa
pela causa eficiente, e termina na causa final. A causa final
é também a causa pela qual alguma coisa é feita, e o bem de
qualquer natureza. Portanto, a causa final é [conhecida] por
três [características]:
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A. É término do movimento, e por
isso se opõe ao princípio do
movimento, que é a causa
eficiente.
B. Por ser a primeira na intenção,
por esta razão é dita a causa da
coisa;
C. Por ser apetecível por si, esta
é a razão pela qual é dita bem.
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Por estas coisas, percebe-se que Aristóteles pretende colocar
dois fins:
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A. O fim da geração é a própria
forma, que é parte da coisa.
B. O fim do movimento é algo
pretendido além da coisa que é
movida.
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