5. Resumo sobre os universais.

A razão do universal é ser algo apto a estar em muitos e ser predicado de muitos.

É correto dizer que os universais são a própria natureza das coisas que se predicam, à qual o intelecto atribui a intenção de universalidade.

Não é correto dizer que o universal pode ser tomado enquanto universal de maneira que a natureza que ele significa se subordine à intenção de universalidade, como se o animal ou o homem fosse uma substância una existente em muitos sujeitos simultaneamente.

O universal não é uma substância existente nas coisas naturais.

O universal tem uma dada forma, como homem ou animal, apenas na medida em que está no intelecto.

O universal também não é uma substância separada dos singulares dos quais se predica.

O ente e o uno que se converte com o ente são universais.

O ente é dito de alguma coisa por causa de sua substância.

O uno que se converte com o ente também é dito de alguma coisa por causa de sua substância, porque é dito uno aquilo que é uma substância una.

Nem o uno e nem o ente são a substância das coisas, mas universais que se predicam da substância como de um sujeito.

Da mesma maneira, o uno e o ente não podem ter existência separada dos singulares dos quais se predicam.