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A necessidade nas ciências demonstrativas é um
necessário a priori.
Daquilo que se assume como princípio provém por
necessidade a conclusão.
Mas não se segue o contrário, isto é, se a
conclusão é verdadeira, o princípio também o é.
Isto porque de proposições falsas pode-se
silogizar uma conclusão correta.
Mas nas coisas que se fazem tendo em vista algo,
ou pela arte ou pela natureza, ocorre o contrário: se o fim é
ou será, é necessário que aquilo que é anterior ao fim tenha
sido ou seja.
Portanto, nas coisas que se fazem por causa de um
fim, o fim apresenta a mesma ordenação que têm os princípios
na demonstração.
E isto ocorre porque o fim é princípio, não da
ação, mas do raciocínio, porque dado o fim, principiamos a
pensar as coisas que são voltadas para aquele fim.
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