|
Demonstra-se [a seguir] que o "agora" é o mesmo no
sujeito, mas diferente pela razão.
Em relação à continuidade e ao antes e depois, o
movimento é consequente à magnitude, e o tempo é consequente
ao movimento.
Vamos imaginar que em geometria um ponto que se
move produz uma linha. Este próprio ponto que se move é
aquele pelo qual nós conhecemos o movimento e o antes e
depois no movimento.
Isto porque o movimento é percebido somente porque
o objeto móvel é diferente.
Este objeto móvel, embora seja o mesmo no sujeito,
é diferente pela razão, pelo fato de que agora ele está aqui
e depois ali.
Mas da mesma maneira como o tempo é consequente do
movimento, o "agora" é consequente daquilo que é movido.
Isto deveria ser claro, porque nós conhecemos o
antes e o depois no movimento através do objeto móvel. Ora,
da mesma maneira, nós conhecemos o antes e o depois no tempo
através do "agora".
Assim, o "agora" está para o tempo assim como o
objeto móvel está para com o movimento.
Rearranjamos a proporção, o tempo se relaciona com
o movimento como o "agora" se relaciona com o objeto móvel.
Portanto, se ao longo do movimento, o objeto móvel
é o mesmo, no sujeito, mas diferente pela razão, assim também
o "agora" é o mesmo no sujeito, mas diferente pela razão.
|
|