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No que diz respeito ao ato, ou a ação, a
experiência não difere da arte, porque desaparece a diferença
entre a arte e a experiência, isto é, que uma pertence ao
universal e outra ao singular. E isto é claro, porque a
experiência e a arte operam nos singulares, e a diferença
acima reside apenas no conhecimento.
Já quanto à eficácia da ação, a experiência e a
arte diferem entre si, porque aqueles que têm experiência
operam com maior eficácia do que aqueles que têm a razão
universal da arte sem a experiência. Como a arte é dos
universais, e a experiência dos singulares, se alguém tem a
razão da arte sem a experiência, será perfeito no
conhecimento universal. Mas, carecendo de experiência, ignora
o singular, e freqüentemente erra ao operar.
A preeminência da arte e da ciência sobre a
experiência [é evidenciada] no que diz respeito a três
coisas:
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A. Quanto ao conhecimento, porque
mais o supomos ser pela arte do
que pela experiência.
B. Quanto ao disputar, porque
aquele que tem a arte pode
disputar com aqueles que vão
contra a arte, mas não aqueles que
têm experiência.
C. Quanto ao fato de que os que
têm a arte mais se aproximam à
finalidade da sabedoria do que
aqueles que têm a experiência,
porque os primeiros seguem os
universais. De fato, o artífice é
considerado mais sábio que o
experiente, porque considera os
universais.
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