13. Da necessidade de distinguir entre as partes da espécie e do indivíduo.

Ao resolver as dúvidas precedentemente levantadas, Aristóteles distinguiu entre as partes da espécie e as partes do indivíduo, que é composto de espécie e matéria. Por isso devemos inquirir quais são as partes da espécie e quais não. Tendo sido dito que as partes da espécie se colocam nas definições, não todavia as partes do composto de espécie e matéria, torna-se importante inquirir quais são as partes da espécie, e quais não são partes da espécie, mas do indivíduo, no qual simultaneamente é tomada a natureza da espécie com a matéria própria individuante. Se isto não se fizer manifesto, não poderemos algo corretamente definir, porque a definição nunca o é da coisa singular, mas somente do universal, conforme acima foi dito. E entre os universais estão propriamente as espécies, que se constituem de gênero e diferença, de que se compõe toda definição. O gênero, de fato, não se define, a não ser que também sejam espécies. De onde fica patente que, a não ser que se saiba qual parte é como matéria, e qual não é como matéria, mas como pertencendo à própria espécie, não será manifesto qual deverá ser a definição a ser assinalada da coisa.