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Vamos demonstrar que a [primeira] substância não
pode ter magnitude, mas é indivisível e não tem partes.
O primeiro movimento é eterno, conforme já
demonstrado. Assim, tal substância deverá mover num tempo
infinito. Daqui se segue que sua virtude será infinita. De
fato, observamos que nos moventes inferiores quanto maior a
sua virtude, tanto mais esta virtude se estende a uma
operação de mais longa duração. Ora, nada finito pode ter
uma potência infinita. De onde se segue que a predita
substância não pode ter uma magnitude finita. Mas também
não pode ter uma magnitude infinita, porque já foi provado
que nenhuma magnitude é infinita. De onde se conclui que,
pelo fato de toda magnitude somente poder ser finita ou
infinita, a predita substância terá que ser completamente
sem magnitude.
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