4. Argumentos a respeito de que o lugar não pode ser nem forma, nem matéria.

[Segundo um primeiro argumento] forma e matéria não são separáveis daquilo do qual elas são. Mas o lugar é separável, porque a água está agora presente no lugar aonde previamente havia ar. De onde fica claro que o lugar não pode ser parte formal ou material de uma coisa. Também não pode ser hábito, hem acidente, porque as partes e o acidente não são separáveis da coisa, mas o lugar é separável. Pelo fato do lugar ser separável, segue-se que não é forma. Mas segue- se também que não é matéria não apenas por isso, mas pelo que é colocado no segundo argumento adiante.

[Segundo um segundo argumento] segue-se que também não é matéria não só pelo fato de que o lugar é separável da coisa, mas pelo fato de que o lugar contém, enquanto que a matéria não contém, mas é contida.

[Segundo um primeiro argumento] tudo o que se diz estar em algo parece ser algo em si e também ser algo diferente daquilo no qual está. De onde quando algo está dito estar no lugar, segue-se que o lugar está fora do que aquilo que está no lugar. Mas a matéria e a forma não estão fora da coisa. Portanto, nem a matéria, nem a forma são lugar.