3. Que a vergonha não compete ao homem virtuoso.

A vergonha não pertence ao [homem] virtuoso. De fato, a vergonha diz respeito às coisas más. Ora, o virtuoso não opera coisas más. Portanto, a vergonha não compete ao virtuoso.

Do que foi dito fica também claro que a vergonha não é virtude. De fato, alguns pensam que como a falta de vergonha ou o não envergonhar-se das operações torpes é algo mau, por causa disso envergonhar-se seria algo de virtuoso. [Mas isto não é verdadeiro], porque tanto a vergonha como a não vergonha supõem a operação torpe, coisa que não compete ao homem virtuoso. De onde fica claro que a vergonha não é virtude, porque se fosse, estaria no [homem] virtuoso.