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[É melhor artista quem peca voluntariamente do que
quem peca involuntariamente]. Se alguém peca na arte por
vontade própria, é considerado melhor artífice do que se o
fizesse não espontaneamente, porque então isto pareceria
proceder da imperícia da arte.
[Na prudência ocorre o contrário]. Acerca da
prudência é menos louvado quem peca querendo do que o que
peca não o querendo, assim como acontece acerca das virtudes
morais. Isto se dá porque requer-se para a prudência a
retidão do apetite acerca dos fins, para que com isto se
salvem os princípios [da prudência].
Destas diferenças fica evidente que a prudência
não é arte, a qual é como que consistindo somente na verdade
da razão. A prudência, [ao contrário], é virtude ao modo das
virtudes morais, requerendo a retidão do apetite.
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