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Do fim último se requerem duas coisas. A primeira,
que seja perfeito. A segunda, que seja per se suficiente.
O fim último é, de fato, o término do movimento
natural do desejo. Ora, para que algo seja o último término
de um movimento natural, duas coisas se requerem. Primeiro,
que seja algo que possua forma, e não em via de possuir
forma. Ora, o que tem forma é perfeito, e aquilo que está
disposto para a forma é algo imperfeito. Portanto, em
primeiro lugar, o bem que seja o último fim terá que ser
perfeito.
Em segundo lugar, requer-se que aquilo que é o
término de um movimento natural seja algo íntegro, porque a
natureza não falta no necessário. Assim, o fim último, que é
o término do desejo, será necessariamente suficiente per se,
[por ser] um bem íntegro.
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