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Dentre aqueles que se dedicaram à vida ativa,
alguns colocaram a felicidade consistir na honra. E isto
porque ordinariamente todo o fim da vida civil parece ser a
honra, que é atribuída aos que bem operam na vida civil como
prêmio. Por isso, para [alguns] dos que cultivam a vida civil
a felicidade parece consistir na honra. A felicidade não pode
consistir na honra que provém da vida civil.
A felicidade é um certo bem que é próprio daquele
que é feliz, como algo maximamente pertencente a ele, e que
dificilmente dele é tirada. Ora, isto não convém à honra,
porque a honra parece mais consistir em um certo ato do
honorante e em poder do honorante, do que do que é honrado.
Por isso, a honra é algo mais extrínseco e superficial do que
o bem que aqui buscamos, que é a felicidade. [Logo, a
felicidade não pode consistir na honra].
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