5. Que o amor de si mesmo do homem virtuoso é louvável.

[Aquele que se ama segundo a virtude é louvável]. Os homens virtuosos se esforçam para sobresair-se nas obras da virtude. Porém, é manifesto que todos aceitam e louvam àqueles que se esforçam às boas ações de modo diferente dos demais, isto é, mais superabundante do que os outros. De onde que assim é patente que aquele que se ama segundo a virtude é louvável.

Aquele que ama a si mesmo segundo a virtude se esforça superexcelentemente em bem agir. Se, porém, todos trabalhassem para o bem, de tal maneira que cada um procurasse sobresair-se ao outro na bondade, otimamente agindo, seguir-se-ia que todos [em comum] possuiriam as coisas das quais necessitam, porque um viria em auxílio do outro, e se tornariam próprios de cada um aqueles que são os bens máximos, isto é, as virtudes.

Conclui-se de tudo isto que é necessário amar a si mesmo como foi dito do homem virtuoso, não porém, assim como muitos homens, que não são virtuosos, amam a si mesmo.