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Quando nós pretendemos investigar acerca da
virtude, entendemos por esta a virtude humana. A virtude que
é propriamente humana não é aquela que é do corpo, que é
comum [ao homem] e às outras coisas, mas aquela que é da
alma, que é própria do homem. Portanto, aquele que cultiva a
ciência moral deve considerar sobre a alma, cuja virtude
investiga, assim como o médico considera acerca do corpo cuja
saúde investiga. De fato, nós observamos que muitos médicos
excelentes tratam acerca do conhecimento do corpo, e não
somente acerca das operações medicinais. De onde que, em
Política [e Ciência Moral] devemos ter alguma consideração
acerca da alma.
Na ciência moral devemos tratar da alma por causa
das virtudes e dos atos humanos. Portanto, devemos considerar
da alma tanto quanto for suficiente àquilo que principalmente
investigamos.
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