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Conforme diz o Filósofo no Sétimo da Metafísica, o
universal não é alguma coisa existente como coisa [ou
realidade] exterior. De mesmo modo, no Livro das Categorias
Aristóteles diz que as substâncias segundas não estão senão
nas primeiras, que são singulares:
[diz o Filósofo no Livro das Categorias],
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"é aquilo que nunca se predica
de outra coisa,
nem pode achar-se em um sujeito".
"Como exemplo,
podemos colocar um homem concreto,
ou um cavalo concreto".
"Entretanto, podemos falar
de substâncias segundas,
entre as quais, se são espécies,
estão incluídas as substâncias primeiras
e nas quais, se são gêneros,
estão incluídas as próprias espécies".
"Por exemplo, incluímos um homem individual
na espécie chamada `homem'
e, por sua vez,
incluímos a mesma espécie `homem'
no gênero chamado `animal'"].
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[O indivíduo, então, é o que é chamado de substância
primeira; o gênero e a espécie são chamados de substâncias
segundas].
[Diante destas considerações, portanto], a divisão
feita por Aristóteles das coisas entre universais e
singulares não parece ser uma divisão conveniente, pois
nenhuma coisa [subsistente na realidade] parece ser
universal; [ao contrário], todas são singulares.
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