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[Os jovens não se tornam físicos] porque as coisas
matemáticas são conhecidas por abstração dos sentidos, dos
quais é a experiência. Portanto, para o conhecimento destas
coisas não se requer uma multidão de tempo. Mas os princípios
naturais, que não se abstraem dos sentidos, são considerados
por experiência, para a qual se requer [uma] multidão de
tempo.
[Os jovens não se tornam metafísicos porque],
quanto à sabedoria, deve-se acrescentar [também] que os
jovens não acreditam nas [coisas] metafísicas, isto é, não as
atingem pela mente, ainda que o digam pela boca. Não lhes é
imanifesto o que sejam as coisas matemáticas, porque as
razões das coisas matemáticas são coisas imagináveis,
enquanto que as metafísicas são puramente inteligíveis. Ora,
os jovens podem facilmente alcançar as coisas que caem
debaixo da imaginação, mas aquelas que excedem o sentido e a
imaginação a mente [deles] não as atinge, porque ainda não
possuem o intelecto exercitado a tais considerações, quer por
causa da brevidade do tempo, quer por causa de grandes
mutações da natureza.
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