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O intelecto agente torna os inteligíveis, que
antes estavam em potência, em ato, abstraindo-os da matéria.
Assim como a operação do intelecto possível é receber os
inteligíveis, assim a operação do intelecto agente é abstrair
os inteligíveis.
O intelecto possível está em potência em relação
aos inteligíveis assim como o indeterminado está em potência
em relação ao determinado. O intelecto possível se compara ao
inteligível assim como uma tábua se compara com uma pintura.
Já o intelecto agente, quanto a isto, não está em ato [em
relação ao inteligível]. [O intelecto agente está realmente
em ato em relação ao inteligível, mas numa relação
diferente]. [De fato], o intelecto agente se compara ao
inteligível como o fazedor em relação ao que é feito. O
intelecto agente se compara ao inteligível como um ato, na
medida em que é uma certa virtude imaterial ativa, capaz de
tornar outros semelhantes a si, isto é, imateriais. Desta
maneira, os que são inteligíveis em potência se tornam
inteligíveis em ato.
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