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Nas coisas que devemos tratar sobre as cidades,
será necessário tratar antes sobre as virtudes da mulher e do
homem, e do pai e dos filhos, e de sua mútua conversação,
isto é, o que é bom nesta conversação, como deve ser buscado
este bem e evitado o mal [que se lhe opõe].
A razão da importância desta determinação
consiste, primeiramente, em que é conveniente considerar a
disposição da parte em relação ao todo, e [estas são] a
disposição dos fundamentos da casa. Ora, a casa, à qual
pertencem por primeiro as duas relações de marido e esposa e
de pai e filho, é parte da cidade, de onde que, por
comparação à política, é necessário considerar como devem ser
ensinadas as crianças e as esposas.
A segunda razão da importância desta determinação
consiste em que tudo aquilo cuja disposição produz uma
diferença na bondade da cidade deverá ser considerada na
política. Ora, entre estas coisas está o ensino das mulheres
e das crianças e como ambos se tornam bons. As mulheres são
meia parte dos homens livres que há nas cidades e das
crianças se formam os homens, que são os dispensadores da
cidade. Portanto, compete à política a determinação da
instrução das esposas e dos filhos.
[Já em parte] determinamos algo a este respeito no
que foi exposto. O restante deverá ser exposto ao longo dos
livros seguintes, junto com aquilo que pertence a cada
política. No momento suspenderemos estes discursos
pertencentes à dispensação da casa como se já os tivéssemos
completado e reiniciaremos com outro princípio, passando a
considerar sobre o que os [diversos sábios] afirmaram sobre
qual [seja entre todas a] política excelente.
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