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Alguns afirmam que ninguém pode querer o mal,
porque o bem é aquilo que todos apetecem, e por conseqüência
a vontade [fugiria] per se do mal. Esta colocação é errônea,
[porque já tendo sido demonstrado que] a malícia é algo
voluntário, não pode ser que ninguém queira o mal.
Vamos considerar em seguida as raízes deste erro
segundo o qual alguns afirmam que ninguém pode ser
voluntariamente mau. Primeiro, quanto à disposição interior
pela qual pode alguém inclinar-se ao mal [com exclusão] de
sua vontade. Segundo, quanto à força apreensiva pela qual
alguém julga o bem e o mal.
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