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[Por animais imperfeitos queremos aqui dizer]
aqueles nos quais existe apenas tato. É manifesto que neles
existe concupiscência, porque neles existe alegria e
tristeza. Eles se retraem quando tocados por algo nocivo, e
se abrem e estendem naquilo que lhes é conveniente, o que não
fariam, a menos que neles houvesse dor e deleitação. Mas,
como a deleitação se faz pela concupiscência [proveniente] do
sentido, segue-se que esta concupiscência não existe sem a
fantasia. [Portanto, é a fantasia o princípio do movimento
nestes animais imperfeitos].
Trata-se de uma fantasia e concupiiscência
indeterminada, na medida em que [estes animais] imaginam e
concupiscem algo como conveniente, e não como "este algo" ou
"este aqui". Assim, trata-se de uma concupiscência e
imaginação confusa.
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