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Quando duas coisas são adicionadas a uma terceira
sem que tragam nenhuma diferença, elas são inteiramente
idênticas. Ora, o uno e o ente, quando adicionados ao homem
ou a qualquer outra coisa, nenhuma diversidade trazem. Logo,
são [coisas] inteiramente idênticas.
O argumento precedente mostra que não somente são
uma única coisa, mas que também diferem pela razão. Porque,
se não diferissem pela razão, seriam inteiramente sinônimos.
Ora, deve-se saber que o nome homem é imposto pela qüididade,
ou pela natureza de homem. O nome coisa é imposto apenas pela
qüididade. O nome ente é imposto pelo ato de ser. O nome uno,
pela ordem ou indivisão. Trata-se, de fato, de um ente
indiviso. Mas é o mesmo aquele que tem essência e a qüididade
pela mesma essência, e o que é em si individido. Portanto,
estes três, a coisa, o ente e o uno, significam inteiramente
o mesmo, mas segundo diversas razões.
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