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[Coloca-se a questão se] há substâncias
separadas que sejam princípios, é necessário agora
investigar se uma delas é princípio de todas as coisas,
isto é, das coisas corruptíveis e incorruptíveis, ou se o
princípio das coisas corruptíveis é diferente do das
incorruptíveis.
[A primeira dificuldade quanto a isto consiste
em que] se há um único princípio para todas as coisas,
permanece a dúvida do porque, a partir de um mesmo
princípio, algumas coisas são perpétuas enquanto outras
não.
[A segunda dificuldade consiste em que] se o
princípio das coisas corruptíveis é diverso do princípio
das incorruptíveis, ainda permanece a dúvida do porque,
sendo este princípio perpétuo, as coisas que [provém] deste
princípio não são perpétuas.
[A terceira dificuldade xonsiste em que] se por
outro lado este princípio for corruptível, como todo
corruptível é gerável, e todo gerável tem um princípio,
segue-se que este princípio corruptível deverá ter [por sua
vez] um outro princípio, e este outro e mais outro até o
infinito.
A verdade [sobre esta questão] é que o primeiro
princípio de [todas as coisas] é incorruptível. Algumas
coisas , por estarem muito distantes dele são corruptíveis,
nos quais a geração e corrupção é causada por uma causa
média que é incorruptível segundo a substância, variável,
porém, segundo o lugar.
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