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[Em primeiro lugar, não existe um corpo infinito,]
porque a definição de um corpo é algo que está confinado por
uma superfície. Ora, nenhum corpo confinado por uma
superfície pode ser infinito. Portanto, nenhum corpo é
infinito.
[Em segundo lugar], o infinito não pode ser uma
multidão. [Multidão significa uma quantidade discreta, por
diferenciação à quantidade contínua]. Todo número pode ser
numerado, e daí pode ser transitado por numeração. Portanto,
todo número é transitável. Logo, não existe número infinito,
ou uma multidão infinita.
Estas argumentações são lógicas, mas também
dialéticas, e portanto não provam por necessidade. Porque
alguém pode não admitir que pertença à definição de corpo o
confinamento entre superfícies, exceto talvez em potência. Da
mesma maneira, aqueles que admitem existir uma multidão
infinita, não admitem que essa multidão possa ter um número.
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