13. Conclusão.

Sobre a questão levantada, se é a mesma a virtude do homem bom e do bom cidadão, foi mostrado que em alguma cidade, isto é, na dos ótimos, o homem bom e o bom cidadão são o mesmo. Nesta cidade o principado é atribuído segundo a virtude que é a do homem bom. Em outras [cidades] o bom cidadão não coincide com o homem bom; estas são as cidades em que há políticas corrompidas ou nas quais o principado não é conferido segundo a virtude. E aquele que é o homem bom não é qualquer cidadão, mas o reitor ou senhor da cidade ou quem pode ser senhor das coisas que pertencem ao cuidado da cidade, tanto sozinho como com outros. De fato, dissemos acima que a mesma é a virtude do príncipe e do homem bom.

De onde que se tomarmos como cidadão aquele que é príncipe ou que pode sê-lo, a mesma será a sua virtude e a do homem bom. Se, porém, tomarmos como cidadão o homem imperfeito que não pode ser príncipe, não será a mesma a virtude do bom cidadão e a do homem bom, conforme é evidente pelo que foi dito.