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Por causa da afinidade entre a virtude moral e a
prudência, Sócrates afirmou que todas as virtudes morais eram
prudências.
Outros filósofos definiram a virtude colocando-a
no gênero dos hábitos, e dizendo que [estes hábitos] seriam
segundo a razão reta.
O dito de Sócrates estava em algo correto e em
algo pecava. Na medida em que afirmava que todas as virtudes
morais eram prudência, errava, já que as virtudes morais e a
prudência estão em partes diferentes da alma. Mas acertava,
na medida em que dizia que a virtude moral não pode existir
sem a prudência.
Quanto aos filósofos que afirmaram que as virtudes
morais seriam hábitos segundo a razão reta, estes filósofos
de alguma maneira adivinharam que a virtude é um hábito tal
que é segundo a prudência. Todavia, a [definição] deles é
ainda deficiente.
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