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“Não longe do mosteiro havia um povoado onde não pequeno número de
homens fora convertido do culto dos ídolos à fé de Deus, graças
às exortações de Bento; ali viviam também algumas monjas. A tal
lugar o servo de Deus enviava freqüentemente alguns dos irmãos para
exortarem aquelas almas. Certo dia, como de costume, mandou um
monge, o qual depois da alocução aceitou, a instâncias das monjas,
uns lenços, que escondeu debaixo do hábito. Apenas chegado ao
mosteiro, começou o homem de Deus a repreendê-lo com a mais viva
amargura, dizendo: “Como entrou a iniqüidade no teu coração?”
O monge ficou atônito, pois, esquecido do que havia feito, ignorava
o motivo da repreensão. Bento então lhe disse: “Não estava eu
presente quando aceitaste os lenços das servas de Deus e os guardaste
debaixo do hábito?” Prostrando-se logo a seus pés, o monge se
arrependeu da estulta ação e deitou fora as peças que escondera.”
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