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“Um dia o nosso Exilarato, que conheceste já feito monge, foi por
seu senhor encarregado de levar ao homem de Deus no mosteiro dois
desses recipientes de madeira, vulgarmente conhecidos pelo nome de
barris, cheios de vinho. O servo levou um e escondeu o outro no
caminho. O homem de Deus, porém, a quem não ficavam ocultos os
fatos distantes, recebeu o barril com palavras de agradecimento,
acrescentando ao moço que se despedia: “Cuidado, filho, não bebas
do barril que escondeste, mas inclina-o com cautela e verás o que há
dentro:” Muito envergonhado, o jovem afastou-se do homem de Deus;
e, uma vez de volta, querendo submeter à prova o que ouvira, virou o
barril, e logo saiu de dentro uma serpente. Então. o servo
Exilarato, por aquilo que encontrou no vinho, sentiu pavor do mal que
praticara.”
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